Vários talk-shows noturnos produzidos nos Estados Unidos anunciaram as datas de regresso às transmissões televisivas após a greve dos argumentistas de Hollywood ter esta quinta-feira terminado, ao fim de 148 dias.

O apresentador Bill Maher anunciou esta quinta-feira que o programa Real Time with Bill Maher, transmitido na HBO, vai regressar ao ar na sexta-feira, enquanto o programa Last Week Tonight, apresentado por John Oliver, deve voltar a ser transmitido no domingo, no mesmo canal.

Já os protagonistas dos talk-shows Jimmy Kimmel Live, da ABC, The Tonight Show Starring Jimmy Fallon e Late Night with Seth Meyers, da NBC, e The Late Show With Stephen Colbert, da CBS, anunciaram o seu regresso até segunda-feira.

O The Daily Show, no Comedy Central, que dispunha de apresentadores convidados quando a greve começou, em 2 de maio, prometeu regressar em 16 de outubro, “com um grupo de estrelas como apresentadores convidados para o restante de 2023”, enquanto a data de regresso do Saturday Night Live, da NBC, é ainda incerta.

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Face à ausência de novos conteúdos em vários desses programas televisivos noturnos, as audiências nesses horários chegaram a descer entre 40 e 50%, estima a empresa de pesquisa Samba TV.

Na fase mais tardia da greve, os apresentadores Jimmy Fallon, Seth Meyers, Jimmy Kimmel, Stephen Colbert e John Oliver criaram um podcast designado Strike Force Five, com receitas a favor de argumentistas desempregados, antes de considerarem a “missão concluída” na quarta-feira, através da rede social Instagram.

A greve dos argumentistas de Hollywood terminou à meia-noite de quarta-feira, no horário de Los Angeles, nos Estados Unidos (08h00 de Lisboa), por decisão unânime do sindicato Writers Guild of América (WGA), depois de um princípio de acordo entre o WGA com a AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers), grupo que representa Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner Bros. Discovery, NBC Universal, Paramount e Sony, anunciado no domingo.

EUA. O que acontece agora que a greve dos argumentistas de Hollywood chegou ao fim?

O compromisso aceite pelos estúdios com os argumentistas inclui um aumento do salário mínimo, bónus suplementares para os que escrevem as séries com maior audiência e formas de assegurar que a inteligência artificial seja utilizada sem afetar a sua remuneração.

A greve de argumentistas e atores em Hollywood já custou à Califórnia cerca de cinco mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros), de acordo com o Milken Institute.

Greve em Hollywood já custou 5 mil milhões à Califórnia mas atores e escritores recusam-se a ceder