O Presidente da República felicitou esta segunda-feira Liz Braz, a candidata lusodescendente eleita nas eleições de domingo para o Parlamento do Luxemburgo.

Liz Braz, de 27 anos, que concorreu pelo Partido Socialista Operário Luxemburguês (LSAP, na sigla original), “é filha do português Félix Braz, antigo ministro da Justiça e vice-primeiro-ministro do Grão-Ducado, afastado da política por razões de saúde”, recorda Marcelo Rebelo de Sousa, na mensagem publicada no portal da Presidência da República na internet. “Esta eleição vem confirmar a crescente importância da Comunidade Portuguesa e lusodescendente no Luxemburgo”, conclui Marcelo Rebelo de Sousa.

Em junho de 2020, o ex-ministro Félix Braz, com origens em Castro Marim, no Algarve, e nascido na localidade luxemburguesa de Differdange, manifestou a vontade de regressar à vida pública após um ataque cardíaco que o deixou em coma e obrigou a oito meses de hospitalização.

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Segundo informação oficial, Félix Braz, 55 anos, foi vítima de um ataque cardíaco em 22 de agosto, tendo sido hospitalizado na Bélgica, onde, segundo a imprensa local, se encontrava a passar férias. Em setembro de 2019, e tendo em conta o estado de saúde de Félix Braz, o governo luxemburguês acabou por substituí-lo.

O Partido Popular Social Cristão (CSV, na sigla original) venceu no domingo as eleições gerais no Luxemburgo, conquistando 21 dos 60 deputados no parlamento, bem à frente dos liberais (14), socialistas (11) e Verdes (quatro), forças da coligação governamental cessante.

O CVS liderado por Luc Frieden repete-se como o mais votado, tal como nas eleições de 2014 e 2018, embora os seus resultados no escrutínio de domingo o coloquem agora em condições de poder formar governo.

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Além dos democratas-cristãos do CSV, os populistas de direita da ADR são os outros grandes vencedores da noite eleitoral, com cinco eleitos, quase o dobro das eleições anteriores e com a vantagem de poderem formar o seu grupo parlamentar.

Os restantes assentos no parlamento serão distribuídos pelo Partido Pirata, que se afirma “nem de esquerda, nem de direita”, com três deputados, e dois para a força política de esquerda Déi Lénk.

Pelo menos 30 lusodescendentes estiveram entre os candidatos nas várias listas partidárias concorrentes às legislativas no Luxemburgo, segundo a emissora Rádio Latina.

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Segundo os resultados das eleições, a coligação que junta liberais, socialistas e ecologistas conseguiu obter 29 deputados, ou seja, perdeu dois dos 31 alcançados em 2018. De acordo com a Rádio Latina, Liz Braz, que foi eleita pelo círculo eleitoral do sul, obteve 24.284 votos.

Ainda segundo a Rádio Latina, em 1 de janeiro deste ano, estavam registados 18.055 luxemburgueses que também têm a nacionalidade portuguesa. O Luxemburgo tem cerca de 640 mil habitantes e cerca de 15% é de origem portuguesa.