Menos de uma semana depois de a Agência Europeia do Medicamento ter alertado para a circulação na União Europeia de embalagens falsificadas de Ozempic, medicamento injetável para a diabetes, o Serviço Federal austríaco para a Segurança nos Cuidados de Saúde (BASG) avançou que várias pessoas foram hospitalizadas na Áustria por suspeita de terem tomado versões falsas daquele medicamento.

Em comunicado, o BASG avançou que os doentes sofreram “efeitos secundários graves”, como convulsões e sinais de hipoglicemia, o que pode indicar que o produto continha insulina em vez do ingrediente ativo do Ozempic, semaglutido.

Ozempic falsificado em circulação na UE mas Portugal sem registo de casos

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Apesar de não estar aprovado para perda de peso, o Ozempic tem sido cada vez mais usado com esse objetivo, levando a que acabe por haver uma oferta limitada para os doentes diabéticos que procuram o medicamento.“Esta escassez está aparentemente a ser explorada por organizações criminosas para colocar no mercado contrafações de Ozempic”, pode ler-se no comunicado do BASG.

Os medicamentos contrafeitos podem ser perigosos para a saúde. Devido à qualidade não testada do medicamento contrafeito, às possíveis impurezas e aos ingredientes desconhecidos, estas contrafações podem também pôr a vida em risco”, acrescentam.

O BASG avançou ainda que as contrafações suspeitas são de embalagens de 1mg de Ozempic, apesar de poder haver embalagens com diferentes dosagens. “É difícil ou impossível detetar a contrafação na embalagem exterior. Por isso, é importante sublinhar que as contrafações em circulação não têm necessariamente de ter exclusivamente estas características óticas, mas podem eventualmente ter uma aparência diferente em alguns casos”, alertam.

Na semana passada, o Infarmed notou que em Portugal ainda não foram detetadas unidades falsificadas de Ozempic na cadeia de distribuição nacional.