O secretário de Estado da Mobilidade Urbana disse segunda-feira que a futura linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, que irá ligar à superfície, os concelhos de Loures e Odivelas, vai sofrer uma alteração de traçado devido à topografia do terreno.

De acordo com Jorge Delgado, que falava aos deputados na Assembleia da República, no âmbito do debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024, a construção desta linha tinha um “valor previsto no Plano Recuperação e Resiliência de 250 milhões”, estando idealizada uma solução de metro de superfície, “feito à superfície”.

“A realidade veio demonstrar que não é possível pela topografia do terreno, portanto, o metro passa a ter do Infantado, passando por Odivelas, até ao [Hospital] Beatriz Ângelo, uma extensão significativa de túnel, o que encareceu bastante a obra, para lá dos 30%”, reconheceu.

Segundo o secretário de Estado, a obra passou agora para “390 milhões de euros”, tendo o Governo conseguido “há cerca de mês e meio quando a reprogramação do PRR foi aproada, aumentar esse valor de 250 para 390 milhões passando de fundos para empréstimos”.

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Jorge Delgado lembrou também a questão de que os municípios, no projeto inicial, tinham previsto estar responsáveis pelas obras de inserção urbana complementares ao metro, mas vieram a manifestar a sua dificuldade e procuram agora uma solução.

“Estávamos, neste momento, a avaliar todos uma forma alternativa de resolver o problema, mas neste momento, temos de ver se estamos em condições de tomar ou não porque se trata de um grande investimento”, adiantou.

A linha Violeta vai ter um total de 19 estações e cerca de 13 quilómetros de extensão. Vai servir no concelho de Loures com 11 estações nas freguesias de Loures, Santo Antonio dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 7,4 quilómetros, no concelho de Odivelas ficarão oito estações, nas freguesias de Povoa de Santo Adrião e Olival Basto, Odivelas, Ramada e Caneças no total de 5,1 quilómetros.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro esteve segunda-feira no parlamento, com os secretários de Estado do seu ministério, numa audição conjunta nas Comissões de Orçamento e Finanças e do Ambiente e Energia no âmbito do Orçamento do Estado 2024 (especialidade).