A Avenida Marechal Gomes da Costa, no Porto, tem novas alterações ao trânsito devido às obras do metrobus, tendo sido alterada a secção em que a via da esquerda está cortada, consultou a Lusa esta sexta-feira.

Segundo informação da Metro do Porto, “já foram desobstruídas as vias da esquerda da Avenida Marechal Gomes da Costa, entre a Rua João de Barros e a Praça do Império, nos dois sentidos”. “A circulação no espaço encontrava-se interdita devido às obras do metrobus”, explica a transportadora responsável pela obra, que na secção atualmente em construção compreende o troço Casa da Música — Império (haverá também uma extensão à Anémona).

Por outro lado, foi necessário ocupar, desde quinta-feira, “a faixa esquerda da mesma avenida, agora entre João de Barros e a Rua de Serralves e entre João de Barros e a Rua de Tânger”. Esta intervenção tinha sido anunciada pela Metro do Porto no dia 20 de outubro, com início previsto para dia 23, e tem a duração prevista de dois meses.

De acordo com um anúncio publicado à data pela transportadora, entre Serralves (junto ao cruzamento com as ruas Jorge Reinel, Tânger e Serralves) e Cristo Rei (após as ruas João de Barros e António Galvão), “entra em obra a via esquerda, em ambos os sentidos”.

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O corte de cerca de 800 metros acontece para se “proceder à materialização do canal do ‘metrobus'”, que nesta avenida não será em via dedicada, e tem a duração prevista de 60 dias. Assim, os veículos passam a “circular apenas pela via da direita, quer seja na direção da Praça do Império, quer para quem siga para a Avenida da Boavista”. Os trabalhos envolvem a “compatibilização com o separador [central] e arruamentos existentes dotando-o de infraestruturas necessárias à operação” do metrobus.

“Por razões de segurança, o estacionamento será proibido ao longo da extensão do constrangimento”, refere ainda o anúncio da transportadora. Já a inversão de sentidos na avenida poderá ser feita junto ao cruzamento com a Rua Prof. Augusto Nobre e em João de Barros/António Galvão.

Em 31 de outubro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, contestou as obras naquela ‘artéria’ da cidade, criticando as “sucessivas derrapagens” nas frentes de obra do metro.

“Foi-nos dito, no final de junho, que precisavam de reduzir a Marechal Gomes da Costa durante um mês (…) A obra continua. Preocupa-nos fazerem promessas que não são cumpridas”, disse, adiantando que a obra do metrobus “está com quatro meses de atraso”, considerando a situação “absolutamente catastrófica”.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões remanescentes poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

As obras arrancaram no final de janeiro, estando previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).