Cerca de metade da amostra de uma sondagem da Intercampus entendem que a investigação da Operação Influencer está mal fundamenta. De acordo com os resultados publicados nos jornais Correio da Manhã e Jornal de Negócios, 49% dos inquiridos ‘chumba’ os resultados apresentados pelo Ministério Público após as detenções de Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo de António Costa, de Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, e de mais três arguidos no passado dia 7 de novembro.

Os mesmos resultados da sondagem que tem uma amostra de 604 inquiridos indicam que 30,1% dos inquiridos entendem que o trabalho dos procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal tem qualidade e um número significativo (20,9%) não sabe ou não responde.

Operação Influencer. As provas que não estão fortemente indiciadas e todas as que foram validadas

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Recorde-se que o juiz de instrução criminal Nuno Dias Costa ordenou, após seis dias de interrogatórios, a libertação dos cinco arguidos detidos. Apenas Diogo Lacerda Machado (proibido de sair do país, entrega de passaporte e depósito de caução de 150 mil euros), Vítor Escária (proibido de sair do país) e a empresa Start Campus (depósito de caução de 600 mil euros) ficaram com medidas de coação mais gravosas do que o termo de identidade e residência.

No caso de Lacerda Machado e Vítor Escária, o juiz de instrução considerou que o perigo de fuga estava suficientemente indiciado, assim como cerca de 180 artigos do despacho de apresentação do MP. Mas, por outro lado, não validou cerca de 200 artigos do despacho de indiciação.

Outra das perguntas da sondagem da Intercampus, prende-se com a avaliação do Governo de António Costa. A pergunta era: “O que fica para a história: o Governo de António Costa como um governo corrupto ou o Ministério Público que precipitou a queda de um governo sem ter razões suficientemente fortes para o fazer?”. 52% dos inquiridos considerou que para a história fica a imagem de um Executivo corrupto, enquanto que 36% concordam que o MP não tinha indícios suficientemente fortes para ter avançado com a operação de buscas e detenções e uma investigação ao primeiro-ministro.