Pela primeira vez, uma pessoa foi diagnosticada com a nova variante da gripe suína, nomeada A(H1N2)v. A descoberta aconteceu em North Yorkshire, no Reino Unido, quando o paciente em questão recorreu ao médico de família com problemas respiratórios.

Segundo a Sky News, o vírus, que geralmente afeta os suínos, foi detetado como parte da rotina de vigilância da gripe, sendo que ainda não há conhecimento sobre como a pessoa o contraiu e se trabalha com porcos.

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) assegurou que está a monitorizar a situação, tendo notificado a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os contactos próximos do paciente, que já está totalmente recuperado, estão a ser acompanhados e serão testados, para perceber se também apanharam o vírus.

Esta é a primeira vez que detetamos esta estirpe em humanos no Reino Unido, embora seja muito semelhante aos vírus que foram detetados em porcos”, assegurou Meera Chand, uma das responsáveis da agência, citado pela Reuters.

Desde 2005, já foram diagnosticadas 50 pessoas com gripe suína em vários países, mas nenhum dos casos foi semelhante ao vírus que circulava em porcos e aves, que causou a pandemia por Gripe A, em 2009.

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Antes de este vírus ter sido detetado no Reino Unido, um semelhante já tinha sido encontrado nos Estados Unidos. Em agosto, um jovem de 18 anos foi diagnosticado com gripe suína, após ter estado em contacto com porcos numa feira. No entanto, não houve mais casos desde então, sendo que também não houve transmissão humana.

“Sabemos que algumas doenças dos animais podem ser transferidas para os seres humanos. É por isso que são tão importantes os elevados padrões de saúde animal, bem-estar e biossegurança”, garantiu a veterinária-chefe Christine Middlemiss à BBC.

De forma a assegurar estes padrões de saúde, os proprietários de suínos devem comunicar aos veterinários locais qualquer tipo de gripe na sua vara.

O professor de virologia na Universidade de Reading Ian Jones descartou um cenário pandémico, dizendo que é “muito improvável” que este caso único represente “algo mais do que já se viu no passado” e sugerindo que esta infeção ligeira estivesse “também de acordo com a experiência anterior”.