O Partido Popular Monárquico vai contestar a utilização da sigla AD pela coligação entre PSD e CDS, informou esta sexta-feira o partido, em comunicado.

Segundo a SIC Notícias, o porta-voz do partido, Valdemar Almeida, afirmou que o PPM se vai dirigir ao Tribunal Constitucional a propósito da utilização do nome e sigla da “Aliança Democrática”, que remete para a coligação entre PSD, CDS e PPM de 1979 a 1983, pelos partidos de Luís Montenegro e Nuno Melo.

Em declarações à Beira Baixa TV, o presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, afirmou que a AD não é posse exclusiva de PSD e CDS. “A Aliança Democrática tem uma cola, não é só o CDS e o PSD; tem uma cola que se chama de PPM”, diz. “A sigla não pode ser usada. (…) Está conotada com os três partidos, não é só os dois. Também temos direito a que a nossa sigla — que é tão deles como nossa — não seja usada”, explica o presidente do partido.

Questionado sobre se o PPM foi consultado ou convidado para a coligação, Câmara Pereira respondeu que foi dada “meia-tarde para resolvermos ir”. E quanto a condições? “Entregávamos só a sigla, não tínhamos nenhum lugar no Parlamento nem íamos influenciar qualquer tipo de programa”, indica.

Também o comunicado critica os termos oferecidos ao PPM. “Entre a notoriedade política que nos daria a integração na nova AD e a desonra de participar nas condições descritas, escolher a defesa da hora e da dignidade da nossa instituição”, indica, citado pela SIC Notícias. “Resolveram ir sozinhos — que sejam felizes e contentes”, remata o líder do PPM.

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O PSD e o CDS anunciaram na noite desta quinta-feira que iriam coligar-se para as eleições legislativas e europeias em 2024, e que a coligação tomaria a designação de “Aliança Democrática”.

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