A Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) informou Espanha, às 4h45 do dia 8 de dezembro, que o navio Toconao tinha perdido seis contentores junto à costa na zona de Viana do Castelo. A informação também chegou à Agência Europeia de Segurança Marítima.

Segundo o El Español, que cita a Europa Press, o documento foi emitido pela DGRM no mesmo dia em que o navio perdeu os contentores e após ter recebido a comunicação que dava conta dessa perda. O relatório acrescentava ainda que os contentores que caíram para o mar não transportavam qualquer mercadoria perigosa.

Toneladas de minúsculas bolas de plástico perdidas em águas portuguesas dão à costa na Galiza

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O governo espanhol disse que tomou conhecimento da primeira chegada de minúsculas bolas de plástico (designadas por pellets) à costa galega no dia 13 de dezembro, depois de uma pessoa ter contactado os serviços de emergência para relatar que tinha encontrado um saco destes plásticos numa praia.

Em Portugal, esta terça-feira, o Ministério do Ambiente revelou que “não há, para já, qualquer vestígio da dita carga de plásticos na costa portuguesa”. “O Governo está atento à situação e continuará a monitorizá-la”, garantiu o gabinete de Duarte Cordeiro à Lusa.

Governo ainda não detetou vestígios de minúsculas bolas de plástico na costa portuguesa

Segundo informações divulgadas pelo governo espanhol, o armador do barco que a 8 de dezembro perdeu contentores da carga que transportava, a 80 quilómetros de Viana do Castelo, disse que caíram ao mar mais de mil sacos com cerca de 26,2 toneladas destas bolas com cerca de cinco milímetros de diâmetro, usadas para fabricar plásticos e que estão agora a dar à costa no norte de Espanha.

Estudo recomenda uso de luvas e óculos

Um estudo elaborado pelo Centro Multissetorial de Investigação Tecnológica (Cetim), a que o El País teve acesso, indica que, em caso de “derramamento acidental, é indicado não inalar a poeira, evitar contacto com a pele, olhos e roupas na limpeza do derramamento, bem como evitar a formação de poeira”.

O Cetim acrescenta ainda que, em caso de toque e armazenamento, “recomenda-se não inalar o pó, evitar contacto com a pele e olhos e, portanto, o uso de óculos e luvas de proteção”. O relatório esclarece que ainda está a ser realizada uma análise de amostras recolhidas nas praias galegas. Ainda assim, com base na análise à rotulagem do produto, pode concluir-se que “não se trata de substância ou mistura perigosa”.