“Este incidente não devia ter acontecido e não pode acontecer outra vez.” A autoridade federal de aviação norte-americana assumiu, num comunicado publicado esta quinta-feira, uma posição crítica relativamente ao acidente que ocorreu com um avião Boeing 737 Max 9 da companhia aérea Alaska Airlines que, na passada sexta-feira, fez uma aterragem de emergência, depois de uma janela e de um pedaço da fuselagem terem caído.

Voo da Alaska Airlines aterra de emergência após perder uma janela. Todos os voos de Boeing 737 MAX 9 foram suspensos

Assim, a autoridade de aviação norte-americana anunciou a abertura de uma investigação para “determinar” se a fabricante de aviões Boeing “falhou em assegurar que os produtos estão conforme o design aprovado e se estavam em condições”. E também quer saber se estão de “acordo com” as regulações impostas pelo organismo.

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A Boeing já foi informada da abertura da investigação, sendo que a autoridade de aviação reitera que as práticas usadas durante a construção de aviões devem “cumprir com todos os standards de segurança”. “A segurança de voar vai determinar o calendário para que o Boeing 737-9 Max volte ao serviço.”

Na terça-feira, o presidente executivo da Boeing, Dave Calhoun, admitiu que a fabricante norte-americana de aviões cometeu um erro, após o incidente. O líder da fabricante prometeu tratar do caso “de forma transparente, em cada etapa do processo”, embora não tenha especificado a que tipo de erro se referia.

Desde que o Boeing 737 Max 9 foi forçado a parar de voar, no sábado, a Alaska Airlines e a United Airlines cancelaram cerca de 1.800 voos. A United tem 79 aeronaves deste tipo na sua frota, ao passo que na Alaska estes aviões representam cerca de um quarto da frota. A empresa já cancelou cerca de um quinto dos voos desde sábado.