Já vai longo o Open da Austrália para Dayana Yastremska. Ao contrário do que aconteceu com os principais nomes do quadro principal, a ucraniana teve que passar por três rondas de qualificação antes de entrar na fase decisiva do torneio, tornando-se na primeira qualifier desde 1978 a chegar às meias-finais deste Grand Slam. Apenas Emma Raducanu (2021, US Open), Nadia Podoroska (2020, Roland Garros), Alexandra Stevenson (1999, Wimbledon) e Christine Matison (1978, Austrália) o conseguiram fazer anteriormente.

Para segurar o direito de discutir um lugar na final, Yastremska derrotou a checa Linda Nosková (que afastara antes a número 1 do mundo, Iga Swiatek) por 6-3 e 6-4 e vai agora ter pela frente a chinesa Qinwen Zheng, que luta também para a ser a próxima Na Li num Major. Coco Gauff e Aryna Sabalenka discutem entre si a outra vaga no jogo decisivo o Open da Austrália, na partida que é vista como uma final antecipada. Yastremska é a tenista com o ranking mais baixo em 40 anos a disputar uma meia-final de um Grand Slam numa altura em que, depois de alguns percalços, parece estar a confirmar o potencial que lhe era reconhecido.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Cheguei no dia 3 de janeiro [ao Open da Austrália]”, disse Yastremska no final do encontro com Nosková. “Nos dias em que tenho jogo, os dias passam muito rápido, mas nos meus dias de folga, parece que estou aqui há seis meses. Prefiro jogar do que treinar”, continuou. “Acho engraçado fazer história, porque nessa altura eu ainda não tinha nascido. Nasci em 2000. É a próxima geração. Estou super feliz. Estou cansada, mas muito feliz”.

Aos 23 anos, a jogadora que chegou a atingir a posição número 21 do ranking, em janeiro de 2020, tem subido de nível após ter sido suspensa provisoriamente durante seis meses devido a um teste anti-doping positivo. A investigação não detetou sinais de negligência por parte da tenista no uso de esteróides anabolizantes, substância que serve para aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda, situação que lhe podia ter levado a um afastamento de dois anos.