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Um atraso no checkpoint quando, esta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tentou fazer chegar um carregamento de apoio humanitário ao hospital de Nasser, na Faixa de Gaza, levou a que a multidão esfomeada acabasse por tirar os alimentos que se destinavam aos pacientes. “Isto sublinha o desespero absoluto das pessoas em Gaza, que vivem em condições infernais, incluindo fome severa”, escreve na rede social X (antigo Twitter) Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS.

No dia anterior, segunda-feira, cercada pelas operações militares nas proximidades do mesmo hospital, a OMS conseguiu fazer chegar um carregamento com medicamentos essenciais, destinados a cerca de mil pacientes, mas, devido a “atrasos”, já não tinha podido concretizar a entrega de alimentos.

“Atrasos como este aumentam os riscos de saúde de pacientes vulneráveis e prejudicam os profissionais de saúde”, escreveu o líder da OMS na publicação.

Ghebreyesus explica que o hospital de Nasser está a cuidar atualmente de cerca de 400 pacientes, tendo sido, em tempos, o mais importante hospital de Gaza. “No espaço de uma semana, Nasser passou de parcialmente a minimamente funcional, refletindo o desmantelamento injustificado e contínuo do sistema de saúde.

Devido a atrasos nas proximidades do checkpoint, a multidão levou a comida que estava a ser entregue e, mais uma vez, não chegou a Nasser. Isto sublinha o desespero absoluto das pessoas em Gaza, que vivem em condições infernais, incluindo fome severa. Continuamos a aguardar permissão para entregar combustíveis no hospital.

A infraestrutura, diz ainda, tem falta de profissionais de saúde, voluntários, medicamentos, oxigénio, comida, combustíveis e saneamento. “O estado de espírito do staff declinou significativamente devido a estas circunstâncias severas.”

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