Três feridos, um deles em estado grave, é o resultado de um ataque com recurso a uma faca e um martelo, que teve lugar na manhã deste sábado na Gare de Lyon, uma das maiores estações ferroviárias de Paris. Segundo avança a Sky News, o suspeito do ataque já foi detido.

Segundo um relatório da polícia, citado pela imprensa internacional, o ataque teve lugar pelas 07:00, não sendo claras as motivações do atacante. Uma pessoa ficou com ferimentos graves e as outras duas com ferimentos ligeiros.

Segundo o jornal Le Monde, o suspeito tinha consigo uma carta de condução italiana. Já o canal francês BFM TV refere que o atacante é um homem de 32 anos originário do Mali.

Na rede social X, o ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, lamentou o ataque, que classificou como um ato “inadmissível”.

A empresa ferroviária nacional, a SNFC, informou também nas redes sociais que a circulação de comboios está a decorrer com atrasos.

Já ao final da manhã, a polícia adiantou que as conclusões preliminares da investigação sobre o ataque não “sugerem que se trate de um ato de terrorismo”.

Segundo a mesma fonte, o suspeito “sofre claramente de problemas psiquiátricos”.

O agressor, de nacionalidade maliana, que “reside legalmente em Itália desde 2016, com uma autorização perfeitamente válida emitida em 2019”, como atestam os documentos na sua posse, declarou “espontaneamente” que sofria de “problemas psiquiátricos” e foram encontrados “medicamentos” com ele, acrescentou o responsável da polícia Laurent Nunez durante uma conferência de imprensa na Gare de Lyon, uma das principais estações da capital francesa.

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Um dos feridos está em estado grave, entretanto em situação estável, mas com prognóstico ainda reservado quanto ao risco de vida, disse Laurent Nunez. Duas outras pessoas sofreram ferimentos ligeiros e uma quarta encontra-se em estado de choque.

“As investigações sobre o seu número de telefone, o seu percurso em Itália e as suas declarações na audiência” permitirão confirmar se “o motivo terrorista pode ser excluído”, concluiu o comissário da polícia, apelando à “prudência” quanto às motivações do agressor.

De acordo com o Ministério Público de Paris, foi aberto um inquérito por tentativa de homicídio. A Procuradoria Nacional Anti-Terrorismo declarou estar a acompanhar o caso.