O que começou por ser um trágico acidente transformou-se num caso policial. A polícia do Quénia anunciou esta quarta-feira que deteve três homens na sequência da investigação à morte de Kelvin Kiptum, recordista mundial da maratona que morreu no passado domingo num violento acidente de viação com apenas 24 anos.
Os três homens detidos para interrogatório, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, visitaram a casa da família de Kelvin Kiptum nos últimos dias à procura do atleta — acompanhados por um quarto elemento que não está sob custódia policial. As detenções surgem depois de o pai do maratonista ter apelado à existência de uma investigação às verdadeiras causas do acidente.
“Há uns dias chegaram pessoas à procura do Kelvin, mas recusaram identificar-se. Pedi-lhes que mostrassem alguma identificação, mas preferiram ir embora. Era o meu único filho, deixou-me sozinho com a mãe dele e com os seus filhos. Estou profundamente triste”, começou por dizer Samson Cheruiyot à imprensa queniana, acrescentando que o filho estava “bem” e a preparar-se para bater novamente o recorde mundial da maratona em Roterdão.
“Disse-me que iria aparecer alguém para nos ajudar a construir uma casa e que estava em forma, capaz de baixar o recorde das duas horas da maratona. Recebi a notícia da morte do meu filho pelas notícias. Fui ao local do acidente, mas a polícia já tinha levado o corpo”, atirou. Para além do pai do atleta, também o governador de Uasin Gishu, o condado onde aconteceu o acidente, tinha pedido às autoridades que “acelerassem as investigações”.
Recordista mundial da maratona morre aos 24 anos em acidente de viação
“Estamos tristes pela perda do Kelvin Kiptum e pedimos à polícia que acelere as investigações para que possamos saber o que causou o acidente”, disse Jonathan Bii. De recordar que o atleta queniano terá perdido o controlo do carro, chocando contra uma árvore e acabando por cair numa ravina, tendo tido morte imediata. O treinador, que o acompanhava, também morreu, enquanto que uma terceira passageira foi a única sobrevivente e está hospitalizada em estado grave.
