O Senado francês aprovou, esta quarta-feira, a inclusão do aborto na Constituição, eliminando as últimas dúvidas em torno da histórica adoção final da medida durante um Congresso que se reunirá na segunda-feira em Versalhes.
Apesar da relutância de alguns senadores de direita e do centro, que têm a maioria na câmara alta, 267 membros votaram a favor e 50 contra a medida que tornará a França no primeiro país do mundo a inscrever o direito à interrupção voluntária da gravidez na Constituição.
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“Depois da Assembleia Nacional, o Senado dá um passo decisivo que saúdo. Para a votação final, convocarei o parlamento no Congresso [senadores e deputados] no dia 4 de março”, escreveu na rede X o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Je me suis engagé à rendre irréversible la liberté des femmes de recourir à l'IVG en l’inscrivant dans la Constitution.
Après l'Assemblée nationale, le Sénat fait un pas décisif dont je me félicite. Pour le vote final, je convoquerai le Parlement en Congrès le 4 mars.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 28, 2024
O ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, abriu o debate no Senado, falando de “um dia histórico” para tornar a França “no primeiro país do mundo a proteger na sua Constituição a liberdade das mulheres de disporem dos seus corpos”.