A norte-americana Iris Apfel, celebridade da moda e especialista em têxteis, morreu na sexta-feira aos 102 anos.

A morte foi confirmada pela agente comercial de Apfel, Lori Sale, que apelidou a designer de interiores de “extraordinária”. Não foi revelada a causa da morte.

Nascida a 29 de agosto de 1921, em Nova Iorque, Apfel esteve à frente com o marido, Carl, de uma empresa de fabrico de têxteis, a Old World Weavers. Especializada em trabalhos de restauro, participou em projetos na Casa Branca sob seis presidentes norte-americanos. Entre os clientes famosos de Apfel encontravam-se ainda Estée Lauder e Greta Garbo.

A norte-americana era conhecida pela forma irreverente de vestir, misturando, por exemplo, alta costura com peças encontradas em feiras de rua. Com óculos grandes, redondos e de aros pretos, batom vermelho vivo e cabelo branco curto, destacava-se em todos os desfiles de moda que assistia, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP).

Iris Apfel motivou exposições em museus e a produção do documentário ‘Iris’, de Albert Maysles, revela uma biografia da AP.

“Não sou bonita e nunca serei bonita, mas isso não importa (…) tenho algo muito melhor, tenho estilo”, disse Apfel, de acordo com a agência de notícias.

Apfel ganhou fama tardia nas redes sociais, acumulando quase três milhões de seguidores no Instagram. No TikTok, onde falava de moda e promovia colaborações, a norte-americana atraiu 215 mil seguidores.

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“Trabalhar ao lado dela foi a honra de uma vida. Sentirei falta dos telefonemas diários, que começavam com a pergunta familiar: “O que é que tens para mim hoje?”, disse Sale numa declaração.

A fama de Apfel explodiu em 2005, quando o Metropolitan Museum of Art’s Costume Institute, em Nova Iorque, organizou a exposição “Rara Avis”, que em latim significa “ave rara”. O museu descreveu o estilo da designer como “simultaneamente espirituoso e exuberantemente idiossincrático”.

O Museu Peabody Essex em Salem, Massachusetts, foi um dos vários espaços museológicos do país que acolheu uma versão itinerante da exposição.

Mais tarde, Apfel decidiu doar centenas de peças ao Peabody, incluindo vestidos de alta-costura, para ajudar o espaço a construir aquilo a que chamou de “fabulosa coleção de moda”.