A cabeleireira Inês Pereira, o ex-marido e os dois filhos foram esta quarta-feira condenados, no Porto, a sete anos de prisão por branqueamento e fraude fiscal de 1,04 milhões de euros, segundo o acórdão a que a Lusa teve acesso.

O Tribunal de São João Novo condenou ainda estes e três das suas empresas a pagar, solidariamente ao Estado, 1,04 milhões de euros.

No âmbito deste processo, foram ainda condenadas quatro empresas do grupo Inês Pereira a multas entre os 7.000 e 24.000 euros e a dissolução.

Inês Pereira abriu o primeiro salão em 1982, tendo vários salões no Porto (Foz, Boavista, Rua da Firmeza, Arrábida Shopping, Norte Shopping, Parque Nascente e El Corte Inglês) e ainda em Guimarães.

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Também foram condenados outros dois arguidos a penas de dois a três anos de prisão, suspensas na sua execução e subordinada a regime de prova assente num plano de reinserção social, a definir e a executar com vigilância e apoio pelos serviços de reinserção social, refere o acórdão.

O acórdão salienta que a cabeleireira Inês Pereira, o ex-marido e dois filhos admitiram parcialmente alguns factos, mas procuraram minimizar a sua conduta.

“Assim, não tendo a admissão parcial dos factos por parte dos referidos arguidos ocorrido com a plenitude que seria exigível para se poder afirmar que houve interiorização do desvalor da conduta, não se vislumbra qualquer facto concreto e objetivo demonstrativo de um qualquer arrependimento”, sublinha.

Ao longo dos anos de atividade, estes quatro arguidos concretizaram “esquemas para a não declaração de rendimentos, que visaram unicamente a omissão contabilística e fiscal de parte substancial dos rendimentos obtidos nas diferentes lojas do grupo”, conclui.