O chanceler alemão, Olaf Scholz, fez o seu primeiro post no TikTok esta segunda-feira, juntando-se à crescente lista de políticos ocidentais que deixa de lado as preocupações com a segurança e utiliza a rede social de propriedade chinesa.

“Não vou dançar. Prometo. #TikTok”, publicou na conta oficial da chancelaria alemã na rede social X.

No entanto, na sua conta pessoal, Olaf comentou a própria publicação com um “Vamos ver”, seguido de um “piscar de olho”. Uma forma divertida e ligeira de apresentar a sua nova plataforma de divulgação de informação.

A primeira publicação do chanceler na nova conta TeamBundeskanzler (Equipa do Chanceler, em português) é um vídeo humorístico com um propósito político. O objetivo é informar os cidadãos, principalmente os mais novos, que “utilizam cada vez mais o Tik Tok, para se informarem e discutirem sobre política”, declarou o porta-voz do Governo, Steffen Hebestreit.

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@teambundeskanzler

Wir sind genauso überrascht wie ihr! (Und ja, der Bundeskanzler ist jetzt wirklich auf TikTok) #Bundeskanzler #Kanzler #OlafScholz

♬ The Funny Bassoon – Eitan Epstein Music

Nesta segunda-feira à tarde, a nova conta do chanceler já contava com 17.200 mil seguidores, mas está ainda muito longe dos mais de 411.000 seguidores do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), muito ativo na plataforma.

Scholz é o mais recente líder ocidental a aderir à rede social chinesa, apesar das preocupações generalizadas com a segurança e desinformação por parte do Partido Comunista Chinês.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, garante que foi “por acaso” que a abertura da conta ocorreu dias antes da visita de Scholz à China, neste fim de semana, afirmando que o gabinete de Scholz teve tempo para avaliar a plataforma antes de se registar.

A campanha de Biden chegou ao TikTok em fevereiro, também numa tentativa de chegar aos eleitores mais jovens nas eleições presidenciais, deste ano nos EUA.

Biden faz campanha eleitoral no TikTok, mas apoia projeto de lei para proibi-lo. Há futuro para a rede social nos EUA?

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei que, caso entre em vigor, obriga a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok, a vender os seus ativos nos EUA, com o risco de a rede social poder ser banida do país em caso de incumprimento. Segue-se agora uma votação no Senado, antes de o documento chegar às mãos de Joe Biden, que já deixou uma garantia: “Se a passarem, vou assiná-la”.