O chanceler alemão, Olaf Scholz, fez o seu primeiro post no TikTok esta segunda-feira, juntando-se à crescente lista de políticos ocidentais que deixa de lado as preocupações com a segurança e utiliza a rede social de propriedade chinesa.
“Não vou dançar. Prometo. #TikTok”, publicou na conta oficial da chancelaria alemã na rede social X.
No entanto, na sua conta pessoal, Olaf comentou a própria publicação com um “Vamos ver”, seguido de um “piscar de olho”. Uma forma divertida e ligeira de apresentar a sua nova plataforma de divulgação de informação.
Mal sehen ;) https://t.co/D7BuiFwq8g
— Olaf Scholz (@OlafScholz) April 8, 2024
A primeira publicação do chanceler na nova conta TeamBundeskanzler (Equipa do Chanceler, em português) é um vídeo humorístico com um propósito político. O objetivo é informar os cidadãos, principalmente os mais novos, que “utilizam cada vez mais o Tik Tok, para se informarem e discutirem sobre política”, declarou o porta-voz do Governo, Steffen Hebestreit.
@teambundeskanzler Wir sind genauso überrascht wie ihr! (Und ja, der Bundeskanzler ist jetzt wirklich auf TikTok) #Bundeskanzler #Kanzler #OlafScholz
Nesta segunda-feira à tarde, a nova conta do chanceler já contava com 17.200 mil seguidores, mas está ainda muito longe dos mais de 411.000 seguidores do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), muito ativo na plataforma.
Scholz é o mais recente líder ocidental a aderir à rede social chinesa, apesar das preocupações generalizadas com a segurança e desinformação por parte do Partido Comunista Chinês.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, garante que foi “por acaso” que a abertura da conta ocorreu dias antes da visita de Scholz à China, neste fim de semana, afirmando que o gabinete de Scholz teve tempo para avaliar a plataforma antes de se registar.
A campanha de Biden chegou ao TikTok em fevereiro, também numa tentativa de chegar aos eleitores mais jovens nas eleições presidenciais, deste ano nos EUA.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei que, caso entre em vigor, obriga a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok, a vender os seus ativos nos EUA, com o risco de a rede social poder ser banida do país em caso de incumprimento. Segue-se agora uma votação no Senado, antes de o documento chegar às mãos de Joe Biden, que já deixou uma garantia: “Se a passarem, vou assiná-la”.