“Um homem absolutamente sem controlo das suas emoções.” É assim que a procuradora do caso sobre Alec Baldwin define o ator norte-americano acusado de homicídio involuntário por ter disparado uma arma carregada durante as filmagens do filme “Rust”, em outubro de 2021, matando Halyna Hutchins, a diretora de fotografia.

A procuradora Kari Morrissey considerou que, conforme foi possível apurar após as investigações, Baldwin (que além de ator, era também coprodutor do filme) pressionava a equipa no set a trabalhar mais rápido, “absolutamente sem preocupação de como o seu comportamento afeta os outros em redor”. Morrissey aponta nos relatórios, divulgados pela AFP na segunda-feira, que o ator “frequentemente gritava e insultava […] sem motivo em particular”.

Entre os membros da equipa sob pressão estaria Hannah Gutierrez, que tinha 24 anos quando foi contratada como armeira – e era responsável por supervisionar as armas da produção. Para além de afirmar que “a implacável pressa do senhor Baldwin com a equipa no set de filmagens comprometia de forma rotineira a segurança”, a procuradora questionou ainda a idade da armeira aquando da contratação. “Muitos dos membros da equipa notaram imediatamente que a senhora Gutierrez era inexperiente e estava sobrecarregada“, disse Morrissey.

A procuradora considerou que o sucedido foi um resultado mortal da “combinação da negligência e inexperiência de Hannah Gutierrez com a completa falta de zelo de Alec Baldwin pela segurança dos que estavam à sua volta”.

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“Acidente trágico.” Tiro de Alec Baldwin com arma de adereço mata diretora de fotografia e fere realizador

Alec Baldwin aguarda o julgamento agendado para julho, livre sob fiança. Em fevereiro deste ano, o ator voltou a declarar-se inocente, após uma análise ter concluído que Baldwin teria de ter disparado o tiro que matou Halyna Hutchins, contrariando que a arma se tivesse disparado sozinha.

Julgamento de Alec Baldwin por homicídio involuntário de diretora de fotografia marcado para julho