O chefe dos serviços secretos militares de Isarel demitiu-se, anunciou o exército israelita esta segunda-feira, avança a imprensa internacional. Em outubro, Aharon Haliwa já tinha assumido que a culpa era sua por não ter evitado o ataque do Hamas a 7 de outubro. Em dezembro, o jornal The New York Times reportou que as autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar.

Haliwa é a primeira figura de topo israelita a demitir-se por causa do ataque do Hamas, que fez 1.200 mortos, na maioria civis, sendo que 250 pessoas foram levadas em cativeiro para Gaza onde a campanha militar israelita se prolonga há seis meses. O Ministério da Saúde em Gaza, que é controlado pelo Hamas, contabilizou esta segunda-feira a morte de pelo menos 34.151 palestinianos à conta da ofensiva israelita em Gaza desde 7 de outubro.

Em comunicado, as Forças Armadas israelitas (IDF, na sigla em inglês) informaram que o chefe do Estado-Maior aceitou o pedido de demissão de Haliwa agradecendo os serviços prestados. A demissão pode abrir caminho para que outros responsáveis máximos da segurança israelita venham a assumir responsabilidades por não terem impedido o ataque do Hamas e se demitam.

Yair Lapid, líder da oposição israelita, considera que a demissão do chefe dos serviços secretos militares de Israel é “justificada e honrosa”. O líder da oposição de Benjamin Netanyahu apela ao primeiro-ministro que faça o mesmo. “A autoridade vem acompanhada de grande responsabilidade”, escreveu Lapid na rede social X. “A demissão do chefe das secretas é justificada e honrosa. Seria apropriado que o primeiro-ministro Netanyahu fizesse o mesmo”, rematou.

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