A hipótese avançada pelo ministro da Defesa Nacional sobre a possibilidade de os jovens institucionalizados por pequenos delitos poderiam optar por formação militar só abrangeria 136 jovens, revela o Expresso. Nuno Melo, que também é líder do CDS, mencionou a ideia na Universidade Europa da Aliança Democrática, na semana passada.

O jornal cita o relatório trimestral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em que é revelado que mais de metade destes 136 jovens estavam em regime semiaberto. Além disso, só 22 eram maiores de idade.

As declarações de Nuno Melo foram alvo de críticas. Em comunicado, o ministro da Defesa disse que estava apenas a lançar uma ideia “para uma via não explorada: a hipótese das Forças Armadas, em complemento das possibilidades que existem noutras entidades, poderem contribuir num contexto formativo de instrução, para a ressocialização de jovens e, por essa via, criarem melhores oportunidades ao longo da vida”.

“A reflexão feita no contexto da Universidade Europa, junto de jovens da AD, sublinhou as virtudes e potencialidades das Forças Armadas, ilustradas em exemplos académicos”, pode ler-se ainda na missiva divulgada pelo Ministério da Defesa Nacional.

Defesa: ministério nega medida para recrutar jovens delinquentes, diz que ministro avançou com hipótese e que Melo pode ir à AR

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