Siga aqui o nosso liveblog sobre as eleições francesas 

O antigo comissário europeu francês Pascal Lamy considerou esta segunda-feira que o crescimento dos populismos e dos extremismos são um perigo para a França e para a Europa.

Candidatos da União Nacional representam mais de metade dos deputados eleitos à primeira volta

Lamy falava à agência Lusa depois de intervir no painel “Pensando no Futuro da União Europeia à Luz do Legado de Jacques Delors”, integrado na conferência “Jacques Delors Agora — A Próxima Geração na Europa”, organizado pelo Instituto Jacques Delors, que reúne em Lisboa, até quinta-feira, 130 jovens de 30 países, além de membros da Comissão, eurodeputados e especialistas em política europeia.

União Nacional na frente com 33,15% e Renascença em queda. Os resultados de uma noite histórica com a maior afluência das últimas décadas

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A União Nacional (Rassemblement Nationale, no original francês) foi o partido mais votado na primeira volta das eleições legislativas francesas de domingo, com 33% dos votos, à frente da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP, 28,5%) e dos centristas Juntos pela República, que integra o partido do Presidente Emmanuel Macron (22%). A segunda volta das legislativas decorre no próximo domingo, 7 de julho.

Instado a pronunciar-se sobre os resultados da primeira volta da votação, o antigo comissário europeu do Comércio e também antigo presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC) frisou que os números registados domingo “não contam”.

Le Pen diz que “a democracia falou”, Attal diz que “extrema direita está às portas do poder”: as reações à vitória da União Nacional

Os resultados de ontem [domingo] não contam. O que interessa são os resultados do próximo domingo. E estes continuam a ser extraordinariamente incertos, mesmo que, do meu ponto de vista, a ameaça de um governo de extrema-direita seja real. Não é certo, é possível“, respondeu à margem do evento da Academia Nossa Europa.

Podem Macron e a esquerda evitar a vitória do partido de Le Pen? “Triangulações” complexas deixam tudo em aberto na 2.ª volta