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A ONU advertiu esta terça-feira que evacuações em “escala tão maciça” como a que o exército israelita ordenou na segunda-feira em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, apenas aumentam “o sofrimento dos civis e as necessidades humanitárias”.

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As pessoas são confrontadas com a escolha impossível de terem de se deslocar, muitas delas pela segunda ou terceira vez, para zonas que quase não têm espaço nem serviços, ou de permanecerem em zonas onde sabem que haverá combates pesados”, lamentou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, numa conferência de imprensa.

O representante da ONU referia-se à ordem anunciada na segunda-feira pelo exército israelita, que exigia a evacuação de uma grande parte do setor oriental da cidade de Khan Yunis. Esta terça-feira, as Forças de Defesa de Israel (FDI) dispararam cerca de 20 projéteis na zona.

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Segundo o porta-voz do secretário-geral, esta ordem foi a que afetou o maior número de habitantes da Faixa de Gaza desde o início das hostilidades, no princípio de outubro, quando o exército israelita ordenou a evacuação de grande parte da cidade de Gaza, no norte do enclave.

As Nações Unidas estimam que até 250 mil pessoas sejam afetadas pela ordem dada pelas forças israelitas aos civis para saírem de Al-Qarara, Bani Souhaila e outras cidades perto de Khan Yunis.

De acordo com a ONU, cerca de 80% dos residentes da Faixa de Gaza estão deslocados, de acordo com a ONU, cujos responsáveis disseram hoje estar preocupados com as novas ordens de evacuação emitidas pelo Exército israelita.

Cerca de 2,4 milhões de pessoas vivem no pequeno enclave palestiniano sitiado e bombardeado por Israel desde 7 de outubro de 2023, em retaliação ao ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, ocorrido no mesmo dia.

A ofensiva do Exército israelita na Faixa de Gaza já fez 37.925 mortos, a maioria civis, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas.

O ataque do Hamas em solo israelita resultou na morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque de 7 de outubro, 116 ainda estão mantidas como reféns em Gaza, entre as quais 42 estão mortas, segundo o Exército.