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O presidente do Chega justificou esta sexta-feira a viabilização do programa do Governo da Madeira para que a região não tenha novamente eleições, mas alertou que o partido apresentará uma moção de censura se não forem cumpridas as suas exigências.

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Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, André Ventura referiu que o partido colocou quatro exigências ao Governo Regional: a criação de um gabinete autónomo de prevenção e combate à corrupção, uma auditoria externa das contas regionais dos últimos cinco anos, a criação de uma comissão parlamentar de inquérito regional aos apoios concedidos nos últimos anos pelo Governo Regional a empresas e, ainda, a renúncia do presidente do executivo do arquipélago, Miguel Albuquerque, caso seja formalmente acusado no processo sobre alegada corrupção.

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O líder do Chega disse que o Governo Regional aceitou estas exigências e, por isso, o partido absteve-se, viabilizando o Programa do Governo.

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Questionado se o Chega recuou, uma vez que André Ventura defendeu sempre que o seu partido só viabilizaria se não fosse Miguel Albuquerque o presidente do Governo Regional, respondeu: “O Chega negociou e achou que era melhor do que mandar a região novamente para eleições”.

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E deixou um aviso, de que se estas exigências não forem cumpridas, “o Chega apresentará imediatamente uma moção de censura ao Governo Regional”.

André Ventura prometeu que o seu partido fará um “escrutínio diário e permanente”.

O parlamento madeirense aprovou na quinta-feira o Programa do XV Governo Regional, com 22 votos favoráveis do PSD, do CDS-PP e do PAN, 21 votos contra do PS, do JPP e de uma deputada do Chega, e quatro abstenções do Chega e da IL.