Pelo menos quatro pessoas morreram devido a chuvas torrenciais sem precedentes que atingiram o sul da Coreia do Sul e causaram constrangimentos nos transportes, disseram esta quarta-feira as autoridades.

Na província de Jeolla do Norte, a chuva alcançou números históricos, atingindo 131,7 milímetros numa hora na cidade de Gunsan, 178 quilómetros a sul de Seul, a maior precipitação alguma vez registada no país.

A precipitação horária representa mais de 10% da média anual da cidade, que é de 1.246 milímetros.

“Foi um nível de gravidade visto uma vez em cada 200 anos”, afirmou um funcionário da administração meteorológica da Coreia (KMA), citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

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Na cidade vizinha de Hamna, foram registados 125,5 milímetros por hora, enquanto noutras cidades da região, a precipitação acumulada variou entre 104,5 milímetros e 255 milímetros entre a meia-noite (16h00 em Lisboa) e esta madrugada.

Na província de Chungcheong do Sul, as chuvas torrenciais provocaram a inundação de um edifício residencial na cidade de Nonsan, cerca de 180 quilómetros a sul da capital, causando um morto.

Na cidade de Seocheon, uma casa ruiu devido a um aluimento de terras, provocando a morte de um septuagenário.

Outro homem, na casa dos 70 anos, morreu no condado de Okcheon, na província de Chungcheong do Norte, depois do carro em que seguia ter caído num riacho.

A quarta vítima mortal foi um agricultor, com cerca de 60 anos, da cidade de Daegu, uma das cidades mais populosas do território, que se afogou depois de ter sido sugado por um sistema de drenagem.

As equipas de salvamento continuam à procura de pelo menos uma pessoa nesta província. As chuvas torrenciais também causaram perturbações e interrupções no sistema de transporte no sul do país.

Todos os serviços ferroviários na linha Janghang, que serve a província de Chungcheong do Sul, e na linha Gyeongbuk, na província de Gyeongsang do Norte, foram suspensos, assim como as ligações regulares que fazem a rota entre Seul e Daegu.

A chuva provocou ainda o cancelamento de 21 voos no aeroporto internacional de Gimhae, na cidade portuária de Busan, e o atraso de 16.