A revisão das carreiras dos técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) deverá começar a ser negociada com o Governo em setembro, disse esta segunda-feira o sindicato do setor.

“Ficou apalavrado que provavelmente em setembro já haveria a possibilidade de haver um calendário negocial, contudo, até à data continuamos a não ter nada de concreto”, realçou o presidente do sindicado (SinDGRSP), Miguel Gonçalves, em declarações à agência Lusa, após uma reunião com a ministra da Justiça.

Técnicos de serviços prisionais pressionam ministra para manter revisão das carreiras

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A reunião com Rita Alarcão Júdice decorreu em conjunto com os dirigentes do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap).

“Até setembro já não haverá mais nenhuma reunião. Temos de aguardar que seja agendada nova reunião para começarmos em setembro as negociações“, reforçou.

De acordo com o sindicalista, a reunião desta segunda-feira “foi transformada numa reunião preparatória”, indicando que a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, “não pôde estar presente”.

“Em concreto não saiu nada. Não há nada. […] Houve promessa do anterior Governo [PS] da revisão das carreiras em 2024 e estamos a aguardar. Já foi promovido um conjunto de reuniões. São sempre reuniões preparatórias e acabam por não trazer nada de objetivo para o futuro”, sustentou.

Em causa está a revisão das carreiras de técnicos superiores de reinserção social (TSRS), técnicos profissionais de reinserção social (TPRS) e técnicos superiores de reeducação (TSR).

Em janeiro, Miguel Gonçalves explicava que estava autorizado desde dezembro de 2023 pelas Finanças um concurso para a promoção de 211 técnicos de reinserção, cerca de um quarto destes profissionais, num calendário que previa promoções até 2027, ao ritmo de cerca de 200 técnicos por ano, garantindo que até esse momento todos os técnicos teriam tido pelo menos uma promoção.

Segundo o presidente do SinDGRSP, isso representaria uma valorização de cerca de 70 euros mensais para cada técnico, o que se traduziria, em termos líquidos, num aumento de 30 euros.