O Boavista vai instaurar um processo disciplinar ao futebolista Bruno Lourenço, que tenciona formalizar a rescisão unilateral com o clube da I Liga, por alegadas prestações retributivas em atraso, disseram à Lusa fontes ligadas ao processo.

“O jogador em questão tem a situação salarial regularizada e faltou, sem justificação, aos dois treinos de ontem [segunda-feira] e ao treino matinal desta terça-feira. Nesse sentido, vai ser instaurado um processo disciplinar”, garantiu fonte da SAD liderada pelo senegalês Fary.

Bruno Lourenço, de 26 anos, estava a iniciar a terceira época consecutiva ao serviço do Boavista e tinha contrato por mais um ano, até junho de 2025, mas estará decidido a não regressar aos trabalhos do clube “axadrezado”, de acordo com fonte próxima do extremo.

Autor de 11 golos e três assistências em 69 duelos, o jogador alega ter prémios em falta nos últimos dois anos e garante que enviou na segunda-feira uma carta registada com o pedido de desvinculação ao Boavista, cuja SAD nega ter sido já formalmente notificada.

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Essa missiva deu ainda entrada na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e no Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), tendo fonte próxima de Bruno Lourenço dito que Fary terá sido informado por chamada telefónica na segunda-feira da intenção de o jogador não se apresentar mais nos trabalhos de pré-época das “panteras”.

Com formação dividida entre Benfica e Sacavenense, o extremo chegou ao Boavista em 2022, proveniente do também primodivisionário Estoril Praia, após já ter representado o extinto Desportivo da Aves SAD, entre 2017 e 2020, sendo ainda cedido ao Montalegre.

O Boavista averbou salários em atraso nas últimas épocas e está impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores pela quarta janela de mercado consecutiva, devido a dívidas.