A Associação Portuguesa de Imprensa não tem ainda uma “posição definida” sobre a eventual gratuitidade dos serviços da Lusa e defendeu que a transparência dos titulares de media “é essencial”.

“A transparência é essencial, defendemos que haja uma transparência nos órgãos de comunicação social, nomeadamente nos seus titulares (…), o que nos preocupa é o surgimento de novos meios de comunicação social que (…) não são transparentes, que não empregam verdadeiramente jornalistas”, afirmou Paulo Ribeiro, tesoureiro da Associação Portuguesa de Imprensa.

O responsável falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito de uma audiência da entidade para apresentação das suas propostas para o setor.

Questionado sobre a Lusa, Paulo Ribeiro afirmou: “Ainda não temos uma posição definida nesta matéria, mas o certo é que a gratuitidade não irá fazer o pluralismo da imprensa”.

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E “não é por aí, também do custo que tem, porque já é subsidiado pelo Estado que irá fazer com que haja mais emprego”, acrescentou.

Paulo Ribeiro referiu ainda que a Associação Portuguesa de Imprensa assinou um protocolo com a Lusa “com preços de serviços mais adequados” que “permitirá uma resposta nesse sentido”.

Tudo o que sejam apoios indiretos “é o melhor que pode haver em nome da independência dos órgãos”, até porque “não defendemos cheques” para os media, sublinhou.

Considerou que tem havido uma “boa colaboração” com o atual Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

“A ERC está muito recetiva e muito preocupada” com a sustentabilidade do setor, rematou.