O presidente do Chega considerou esta segunda-feira que já estava no momento de o Presidente norte-americano e recandidato, Joe Biden, sair de cena mas disse ter “algumas dúvidas” de que o adversário, Donald Trump, sairá beneficiado.

“Eu acho que Joe Biden já estava claramente no seu momento de saída de cena, até porque imagino que do ponto de vista até de saúde lhe fosse impossível fazer mais quatro anos de presidência”, afirmou André Ventura.

O líder do Chega falava aos jornalistas à margem de uma visita a Liga dos Bombeiros Portugueses, em Lisboa.

“A saída do atual Presidente norte-americano era mais ou menos expectável”, defendeu, considerando que, no que toca “à questão humana, nem tanto à questão política”, era “um pouco constrangedor de ver”.

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André Ventura considerou que todos têm de “saber sair de cena” e “não enganar as pessoas”, nomeadamente concorrendo a um mandato de quatro anos para depois “sair ao fim de um ano ou de um ano e meio”.

“Agora, se Donald Trump fica com a vida facilitada ou não? Tenho algumas dúvidas, acho que a vice-presidente é uma candidata mais desconhecida, obviamente, das pessoas, mas também tem as suas potencialidades e sabemos que o eleitorado norte-americano está muito dividido e pode ser um adversário mais difícil”, apontou.

O presidente do Chega disse que o partido tem “participado em vários fóruns em que estão presentes membros do Partido Republicano próximos do candidato republicano” e que tem “todas as garantias de que quer no apoio à Ucrânia, quer na relação com a Europa, uma eventual vitória do antigo presidente Donald Trump vai manter a mesma linha de atuação em relação às excelentes relações que existem entre os Estados Unidos e a Europa”.

“No caso português, a questão nem se põe, é sabido que quer o Reino Unido, quer os Estados Unidos são dos nossos maiores aliados, até pela questão atlântica, e eu acho que quer ganhe Donald Trump, quer ganhe Kamala Harris, nós vamos ter e manter uma boa relação com os Estados Unidos, como deve ser. Se há aliados a que Portugal não pode virar as costas são os seus aliados históricos e naturais do ponto de vista diplomático e económico, para além de Espanha, que é a nossa vizinha, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha”, sustentou.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou no domingo a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.

O líder dos Estados Unidos disse ter “a maior honra” da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.

Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu “apoio total” à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.

Kamala Harris afirmou pretender “merecer e ganhar” a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais e derrotar o republicano Donald Trump.

FM (PDF) // ACL

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