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As autoridades egípcias foram avisadas pelo Irão de que as suas companhias aéreas devem evitar sobrevoar o espaço aéreo iraniano na madrugada de quinta-feira, durante um período de três horas, devido a “manobras militares”.

O ministério da Aviação Civil egípcio anunciou que as autoridades iranianas advertiram todas as companhias aéreas civis que sobrevoam o espaço aéreo iraniano de que irão realizar “manobras militares” na quinta-feira, 8 de agosto, “em Teerão, das 4h30 às 7h30 locais (das 2h00 às 5h00 de Lisboa)”.

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Contudo, segundo o ministério egípcio, as autoridades iranianas já tinham emitido um aviso semelhante para esta quarta-feira, entre as 11h30 e as 14h30 (9h00 e 11h00 de Lisboa).

“Para garantir a segurança dos passageiros dos aviões egípcios e aplicar as normas internacionais em vigor, as autoridades da Aviação Civil egípcia emitiram um aviso a todas as companhias aéreas egípcias para não entrarem no espaço aéreo iraniano durante os horários mencionados, para evitar qualquer perigo que possa afetar a segurança dos voos”, refere o comunicado do ministério.

Anteriormente, uma fonte oficial do governo egípcio tinha transmitido a mesma informação, mas com menos pormenores, à estação de televisão oficial egípcia Al-Qahera News, próxima dos serviços secretos do país árabe.

Por outro lado, meios de comunicação especializados em aviação indicaram esta quarta-feira que o Egito emitiu um NOTAM — um alerta à navegação aeronáutica sobre qualquer perigo numa rota — para evitar o espaço aéreo iraniano entre a 1h00 e as 4h00 TMG (2h00 e 5h00 de Lisboa) de quinta-feira, sem fornecer mais pormenores.

O aviso surge num momento em que Israel aguarda uma retaliação do Irão, depois de um ataque atribuído ao Estado judaico ter matado o líder do gabinete político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, na semana passada.

Em abril passado, quando o Irão lançou o seu primeiro ataque contra Israel, em retaliação pela destruição, por um bombardeamento israelita, do consulado iraniano em Damasco, a Jordânia foi o primeiro país a fechar o seu espaço aéreo.

Até ao momento, a aviação civil jordana não reagiu a esta informação.