O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou esta sexta-feira que a polícia deve permanecer em “alerta máximo” para responder a possíveis novos tumultos nos próximos dias, após os protestos violentos de extrema-direita e anti-imigração registados na última semana no Reino Unido.

“A minha mensagem à polícia e a todos os responsáveis pela resposta aos distúrbios é para permanecerem em alerta máximo”, disse o líder trabalhista aos meios de comunicação social, durante uma visita à sede da Polícia Metropolitana de Londres.

Starmer destacou que a forte presença policial nas ruas britânicas na noite de quarta-feira, quando estavam previstos vários protestos nomeadamente junto de escritórios de advogados especializados em imigração e centros de apoio a migrantes, e a rápida condenação de vários envolvidos nos tumultos registados anteriormente, com penas de prisão efetivas, evitaram novos surtos de violência por parte de grupos de extrema-direita.

“Mas temos de permanecer em alerta máximo durante o fim de semana porque temos absolutamente de garantir que as nossas comunidades se sintam seguras e protegidas”, acrescentou.

Mais de 400 pessoas foram detidas na última semana devido aos tumultos que começaram a 30 de julho após o assassinato à facada de três meninas (uma delas portuguesa) num centro recreativo em Southport, no noroeste de Inglaterra, por um jovem nascido no País de Gales, filho de pais ruandeses.

Grupos associados à extrema-direita reagiram e convocaram protestos anti-imigração depois de falsas informações circularem nas redes sociais de que o adolescente era um requerente de asilo.

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