A eurodeputada do CDS-PP Ana Pedro pediu esta segunda-feira a libertação imediata de todos os prisioneiros políticos na Venezuela, nomeadamente candidatos da oposição ao regime de Nicolás Maduro.

De acordo com um comunicado, a eurodeputada centrista enviou uma carta ao alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, a expressar “profunda preocupação” com as acusações de violações dos direitos humanos, imputadas ao governo venezuelano.

A eurodeputada, que faz parte da Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu, apelou à comunidade internacional para agir “de forma urgente e clara” e pediu a Josep Borrell para intensificar os “esforços diplomáticos necessários para pressionar o governo venezuelano a proceder à libertação imediata de todos os presos políticos”.

Ana Pedro também quer o fim da “repressão violenta contra cidadãos que exercem pacificamente os seus direitos”.

“O caso de Williams Dávila Barrios, um cidadão lusodescendente que foi recentemente libertado após uma detenção injusta e que se encontra atualmente hospitalizado em Caracas, num estado de saúde delicado. A detenção de Dávila e as condições a que ele e outros presos políticos estão sujeitos são absolutamente inaceitáveis, constituindo uma clara violação dos mais básicos direitos humanos”, advogou.

A eurodeputada fez o apelo na sequência da crise político-social desencadeada pelos resultados das eleições na Venezuela, realizadas no final de julho, que consagraram um terceiro mandato para Nicolás Maduro, mas cujos resultados são contestados pela oposição e por parte da comunidade internacional, que condenam a omissão das atas com os resultados e a falta de transparência no processo eleitoral, incluindo a exclusão de observadores internacionais independentes.

Depois das eleições, a população venezuelana começou a manifestar-se nas ruas de Caracas e de outras cidades do país, exigindo transparência, respeito pelas decisões dos cidadãos e uma renovação política, encerrando um ciclo de Maduro, que é acusado pela oposição de utilizar o aparelho do Estado para benefício próprio, silenciando vozes críticas com detenções.

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