O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou esta quarta-feira “muito séria a imposição de sanções contra cidadãos israelitas”, segundo um comunicado do seu gabinete, após o anúncio de novas medidas de Washington contra colonos judeus na Cisjordânia.

“O tema é objeto de intensas discussões com os Estados Unidos”, acrescenta o texto, sem mais detalhes.

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira novas sanções contra colonos israelitas na Cisjordânia, instando Telavive a lutar contra os grupos extremistas que são acusados de alimentar a violência nos territórios ocupados na Palestina.

O anúncio surge no mesmo dia em que o Exército israelita lançou uma operação militar em grande escala no norte da Cisjordânia, reclamando a morte de nove combatentes palestinianos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A violência extremista dos colonos na Cisjordânia causa intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e mina as perspetivas de paz e estabilidade na região“, justificou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado de imprensa.

“É essencial que o Governo israelita responsabilize os indivíduos e entidades responsáveis pela violência contra civis na Cisjordânia”, acrescentou.

Os Estados Unidos já impuseram várias sanções contra colonos israelitas e manifestaram a sua forte oposição a qualquer expansão dos colonatos na Cisjordânia, apoiada por membros da extrema-direita do Governo de Netanyahu.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, a violência intensificou-se na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.