Os 24 refugiados que chegam na quinta-feira a Portugal são sobretudo casais, alguns dos quais acompanhados por filhos menores, disse hoje a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.
Após a sessão de abertura da Conferência Portugal e os compromissos da Agenda Europeia para as Migrações, organizada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Constança Urbano de Sousa avançou aos jornalistas que o primeiro grupo de refugiados, composto por 24 pessoas, vem dos centros de acolhimento da Grécia e Itália, existindo seis famílias com filhos menores e um bebé.
Os 24 refugiados são provenientes da Eritreia, Sudão, Iraque, Síria e Tunísia e, após chegarem ao aeroporto de Lisboa, na quinta-feira, vão ser acolhidos em Lisboa, Cacém, Torres Vedras (Lisboa), Marinha Grande (Leiria), Penafiel (Porto) e Vinhais (Bragança).
“Vão ser encaminhadas através das instituições da sociedade civil, das Misericórdias, da Cruz Vermelha Portuguesa, plataforma de apoio aos refugiados e outras instituições de acordo com o plano que já foi delineado e aquilo que foi acordado com o grupo de trabalho da agenda das migrações”, afirmou a ministra.
Este primeiro grupo de refugiados faz parte dos cerca de 4.500 que Portugal deverá receber nos próximos dois anos ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia.
Questionada sobre se Portugal vai ou não receber este número de refugiados nos próximos dois anos, a ministra afirmou que é “possível que Portugal venha a receber esse número de refugiados”, tendo sido o compromisso assumido pelo Governo português em Bruxelas.
“Esse compromisso não é um compromisso imediato, tem que ser executado no prazo de dois anos”, disse, realçando que a Itália e Grécia receberam um fluxo muito grande de pessoas, que têm de gerir com cautela.
A ministra disse que Portugal não tem ainda prazo previsto para a chegada de mais refugiados, uma vez que a recolocação “depende muito da seleção e de todo um procedimento que ocorre nos centros de acolhimento que é da responsabilidade das autoridades italianos e gregas”.
Estão envolvidas no processo de acolhimento destes 24 refugiados a Câmara Municipal de Lisboa, Conselho Português para os Refugiados, Alto Comissariado para as Migrações, Plataforma de Apoio aos Refugiados, Cruz Vermelha Portuguesa, União das Misericórdias Portuguesas, Serviço Jesuíta aos Refugiados e Fundação Islâmica de Lisboa.
Este grupo de refugiados chega a Portugal via aeroportos de Roma e Atenas.