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O empresário de 56 anos encabeça a lista B, a candidatura do movimento "Servir o Benfica"
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O empresário de 56 anos encabeça a lista B, a candidatura do movimento "Servir o Benfica"

Filipe Amorim

O empresário de 56 anos encabeça a lista B, a candidatura do movimento "Servir o Benfica"

Filipe Amorim

A camisola de Fehér, as histórias dos "dias à Benfica" e as críticas a Rui Costa. Um dia na campanha dentro de portas de Francisco Benítez

Foi jogador de râguebi, fazia "dias à Benfica" com o pai, não conta com Domingos Soares de Oliveira e lembra a "conivência" de Rui Costa. Um dia com Francisco Benítez, candidato à liderança encarnada.

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O número 67 da Avenida João Crisóstomo, bem no centro de Lisboa, fica ainda antes do primeiro cruzamento que liga com a Avenida Marquês de Tomar. A Fundação Calouste Gulbenkian está ali mesmo ao lado e o prédio salta à vista por ser dos mais recentes das redondezas, com as varandas mais largas e sem flores a contrastarem com os curtos parapeitos floridos dos edifícios mais antigos. O número 67 da Avenida João Crisóstomo é o local da sede de campanha de Francisco Benítez — mas, à chegada, depressa se percebe que é muito mais do que isso.

Sobem-se os degraus da entrada do prédio, vira-se à direita, descem-se outros três pequenos degraus e estamos numa espécie de sala barra pista de dança barra bar com diversos panfletos e objetos alusivos a festas e outros eventos universitários. Somos encaminhados para a porta que dá entrada a uma ampla e colorida sala desta cave e, aí sim, chegamos à sede de campanha: os cachecóis, as camisolas e os livros do Benfica não escondem que este é o lugar onde a estratégia de Francisco Benítez é pensada, preparada e divulgada. A parede de ardósia que ocupa todo o lado direito do espaço, contudo, também revela o propósito real e original do sítio em que estamos.

Uma intenção que está confirmada: Francisco Benítez vai concorrer contra Rui Costa nas eleições do Benfica (mas com condições)

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A atual e provisória sede de campanha de Francisco Benítez é também a cave e a sala de convívio da Home2Students, uma rede de residências universitárias para estudantes que tem várias localizações em Lisboa e que conta com o candidato como gestor. No meio dos cachecóis, das camisolas e dos livros do Benfica, surgem avisos sobre chaves perdidas, uma mesa de snooker e outra de matraquilhos. Nada disso, contudo, apaga o facto de aquele ser agora um lugar completamente engolido pelo universo encarnado. Junto aos sofás, uma camisola ’10’ com o nome de Valdo está estendida na mesa de apoio, acompanhada por diversos jornais desportivos dos últimos dias. Às várias zonas de trabalho juntam-se programas de jogo, incluindo do mítico Arsenal-Benfica da Taça dos Campeões Europeus de 1991, e camisolas com o típico ’11’ de Simões ou o mais recente ’10’ de Jonas. Por cima da televisão, está a camisola de Fehér — a única cujo nome é visível nessa zona da sala, algo que claramente não acontece sem intenção.

“Mas esta é que é o nosso ex libris!”, atira o elemento da comitiva de Francisco Benítez que nos acompanha desde o início, apontando para uma camisola pendurada numa das cadeiras. As cores quase aleatórias em fundo preto acompanhadas pelo número ‘1’ não deixavam grandes dúvidas mas o nome, Preud’homme, recorda finalmente o equipamento mais memorável do guarda-redes belga que ganhou uma Taça de Portugal com o Benfica e que atualmente é o vice-presidente do Standard Liège.

O antigo jogador de râguebi é o único adversário de Rui Costa nas eleições do próximo sábado

Filipe Amorim / Global Imagens

Uma campanha dentro de portas: “Ou íamos às Casas ou íamos falar com os media”

A três dias das eleições para os órgãos sociais do Benfica, quando esta reportagem tem lugar, Francisco Benítez é um homem aparentemente calmo. Calmo mas claramente atarefado. Encontra-se com o Observador depois de já ter dado uma entrevista para a rádio durante a manhã, antes de dar outra ao final da tarde e na véspera do debate com Rui Costa, transmitido em direto e em sinal aberto pela BTV. Com apenas duas semanas para espalhar a mensagem pelos benfiquistas, o entorno de Benítez preferiu dar prioridade às conversas com a comunicação social do que à estrada e à visita de Casas do Benfica espalhadas pelo país. Algo que o outro candidato, Rui Costa, preferiu fazer.

Não foi o Vale-Vilarinho mas teve momentos de maior crispação: os 5 pontos quentes no debate dos candidatos ao Benfica

“Objetivamente, tínhamos de tomar uma decisão. Ou íamos às Casas ou íamos falar com os media. Considerámos que, ao ir às Casas, a nossa mensagem teria mais dificuldade em chegar a mais pessoas. Tentámos encontrar uma agenda que pudesse conciliar as duas coisas mas não conseguimos. Assim, a nossa mensagem está a chegar a muito mais gente. Também gostávamos muito de ir às Casas do Benfica, na campanha do ano passado acabámos por fazer um grande número de Casas, mas no ano passado foram três meses e agora são duas semanas”, começa por explicar-nos o challenger à presidência do Benfica, confirmando depois que os dias de campanha têm sido praticamente iguais a este em que nos recebe. “Pelo meio, percebemos se a mensagem está a passar, se não está a passar, o que é que podemos melhorar relativamente ao discurso, ver se a mensagem está a passar como queremos ou se está a ser entendida de outra maneira e aí alterar o discurso. Aquilo de que gostaríamos era percorrer Portugal de Norte a Sul de Este a Oeste e falar com todos os benfiquistas. Mas em duas semanas não é possível”, acrescenta.

Junto aos sofás, uma camisola '10' com o nome de Valdo está estendida na mesa de apoio, acompanhada por diversos jornais desportivos dos últimos dias. Às várias zonas de trabalho juntam-se programas de jogo, incluindo do mítico Arsenal-Benfica da Taça dos Campeões Europeus de 1991, e camisolas com o típico '11' de Simões ou o mais recente '10' de Jonas. Por cima da televisão, está a camisola de Fehér — a única cujo nome é visível nessa zona da sala, algo que claramente não acontece sem intenção.

Este é o segundo ato eleitoral encarnado a que Francisco Benítez se apresenta. Há um ano, quando Luís Filipe Vieira foi reeleito para o sexto mandato consecutivo enquanto presidente do Benfica, o empresário começou por apresentar-se também enquanto cabeça de lista da candidatura do movimento “Servir o Benfica” mas, a poucos dias das eleições, apoiou João Noronha Lopes e integrou os órgãos sociais daquele que acabaria por ser o segundo mais votado enquanto presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Um ano depois, com Vieira fora do cenário, Rui Costa enquanto presidente interino demissionário, Noronha Lopes também longe da corrida e tanto Rui Gomes da Silva como Bruno Costa Carvalho sem entrarem na corrida, Francisco Benítez assumiu a responsabilidade de ser o opositor à continuidade de Rui Costa no Benfica.

“Candidatei-me por três ordens de razões. A primeira, desde logo, é que nós não podemos andar aqui durante muito tempo a dizer que as coisas estão mal e depois no momento em que devemos efetivamente discutir o Benfica, refugiarmo-nos. Todos os adeptos que, durante este tempo, não têm estado de acordo com rumo que o Benfica tem tomado não poderiam chegar às eleições e não ter alternativa. Chegaram às eleições e votavam em branco? Porquê? Não há alternativas no Benfica, não há ninguém no Benfica que o possa servir melhor do que a lista A? Depois, há o ponto de termos de perceber exatamente quais são as ideias da lista A. A equipa, infelizmente, parece que é a mesma; as ideias começam a mudar alguma coisa mas eu tenho algumas dúvidas de que mudem muito. Mas era importante os benfiquistas perceberem se o candidato da lista A tem outras ideias relativamente ao passado, se quer fazer diferente ou não. Isso só poderia acontecer com uma outra candidatura que o confrontasse. Por fim, existem as nossas ideias. Há muito tempo que andamos a contribuir construtivamente com ideias para o Benfica. Seria no mínimo difícil de perceber porque é que, na altura das eleições, onde se discute o Benfica, nós não aparecíamos”, detalha o empresário.

Em 2020, Francisco Benítez acabou por desistir e apoiar João Noronha Lopes e foi candidato a presidente da Mesa da Assembleia-Geral na lista que foi a segunda mais votada

Filipe Amorim / Global Imagens

De adepto a sócio, de sócio a atleta, de atleta a candidato

Mas a relação de Francisco Benítez com o clube da Luz começou quando este era ainda criança. Neto, filho e irmão de benfiquistas, começou a frequentar a zona do estádio ainda muito novo e depressa percebeu que queria integrar o universo encarnado e não apenas assistir de fora. “Muitas vezes, ia com o meu pai e o meu irmão ao Estádio da Luz fazer o chamado ‘dia à Benfica’. Íamos de manhã ver as modalidades, depois víamos o jogo no estádio e depois as outras modalidades à noite. Fazíamos o dia todo. Víamos o hóquei em campo ou o que houvesse de manhã, almoçávamos num restaurante no estádio, assistíamos ao jogo e ainda ficávamos a ver o hóquei ou o basquetebol à noite. É a minha primeira memória, é a primeira vez que me lembro de perceber a grandeza do Benfica. Chegava a casa, a minha mãe perguntava como tinha corrido o dia e eu gritava: ‘Mãe, ganhámos tudo! Ganhámos tudo”, porque havia dias em que ganhávamos mesmo tudo. Isso é que me deu esta alma benfiquista que depois fez com que eu quisesse servir o Benfica como adepto, como sócio e também como atleta”, recorda.

Benítez foi jogador de râguebi no Benfica, uma modalidade que agora pretende fazer regressar à Luz depois de aquilo que diz terem sido “20 anos de abandono”, e em 2013 deu o primeiro passo mais sério a nível institucional. Juntamente com vários sócios, fundou a Associação de Adeptos Benfiquistas, uma organização onde ainda exerce o cargo de presidente e que tem o objetivo de promover uma maior participação dos adeptos na vida do clube. Esse objetivo é o fio condutor de toda a linha de discurso do empresário, que apanha a boleia da auditoria forense recentemente anunciada por Rui Costa para sublinhar a forma como o Benfica tem afastado os sócios nos últimos anos.

"Todos os adeptos que, durante este tempo, não têm estado de acordo com rumo que o Benfica tem tomado não poderiam chegar às eleições e não ter alternativa. Chegaram às eleições e votavam em branco? Porquê? Não há alternativas no Benfica, não há ninguém no Benfica que o possa servir melhor do que a lista A?".
Francisco Benítez

“Essa auditoria é a demonstração de que, mais uma vez, os hábitos do antigamente vão continuar a existir. Continuamos a fazer as coisas nas costas dos sócios, ninguém diz nada e fazem-se as coisas sem ninguém saber se efetivamente está a ser feito. Ninguém nos diz quem é a empresa, quanto tempo é que vai demorar, em que é que vai incidir, quando é que vão aparecer os resultados e como é que vão ser divulgados aos sócios. É dito agora de repente que está a ser feita uma auditoria… Eu também posso dizer que vou pintar o céu de branco e não dizer quando. Nós queremos fazer uma auditoria, mas vamos dizer aos sócios quem é que a vai fazer, como é que se vai processar, quando é que vai terminar e em que Assembleia Geral é que vamos dizer quais foram os resultados, doa a quem doer (…) E as Assembleias Gerais têm de ser a um sábado. Normalmente são a quintas ou sextas-feiras à noite, exatamente para afastar os sócios do Benfica. Um sócio de Braga, para vir a uma Assembleia às 21h, chega a casa às quatro ou cinco da manhã. Isto é querer afastar os sócios da vida do Benfica”, ataca Francisco Benítez.

“Conivente, cúmplice ou, no limite, distraído”. Os recados a Rui Costa

Ainda assim, e apesar de nunca se limitar nas críticas à gestão e governação de Luís Filipe Vieira — e de nunca esquecer a “conivência” de Rui Costa –, o candidato da lista B garante que pretende “manter o que está bem” se for eleito. “Vamos manter tudo o que está a funcionar e há coisas que funcionam bem, como o futebol feminino. Aí só temos de ajudar e garantir que continua a funcionar bem. No que está a funcionar mal, como as modalidades no masculino, temos de perceber como podemos intervir para que as coisas corram melhor”, explica. O futebol feminino é, aliás, um ponto de discórdia entre os dois candidatos: Rui Costa pretende incluir a modalidade na futura Cidade Desportiva das Modalidades, Francisco Benítez quer colocá-la no Seixal, junto ao futebol masculino, abrir-lhe a porta da Luz e integrá-la na SAD.

"Houve uma conivência do outro candidato com tudo isto e isso não se pode apagar. Não podemos apagar 13 anos de história de alguém que agora se vai candidatar mas que foi conivente, cúmplice ou, no limite, distraído relativamente a esta governação. E estes adjetivos não são bons para um presidente do Benfica".
Francisco Benítez

SAD onde a maioria do clube é “uma linha vermelhíssima” para o empresário, que garante que o clube “deixaria de ser o Benfica” se a perdesse. Ainda assim, Benítez mostra-se “aberto” a falar com potenciais investidores, como John Textor, excluindo apenas aqueles que queiram “usar o Benfica para especular”. Surpreendido com o facto de Rui Costa ter mantido praticamente todos os nomes que estavam nos órgãos sociais de Luís Filipe Vieira, à exceção dos elementos que decidiram afastar-se, o candidato recorda o discurso de tomada de posse do então presidente interino depois da demissão de Luís Filipe Vieira. “Quando há o discurso da auto-proclamação de presidente, há palavras que têm o seu peso e que depois deviam ser refletidas em termos de atitude. Quando se fala em transparência… Eu acreditei que havia da parte de Rui Costa a vontade de mudar o Benfica. Agora, se mantemos a mesma equipa, as mesmas ideias, os resultados vão ser rigorosamente os mesmos. Não há hipótese de mudar as coisas”, atira, explorando depois a “cumplicidade” de Costa com Vieira.

“Pertenceu a uma equipa de gestão que fez coisas boas mas que também fez coisas muito más. Houve uma OPA que nunca foi explicada aos benfiquistas, nunca se explicou o porquê de ter existido, essa equipa de gestão não disse rigorosamente nada. Temos um pentacampeonato que perdemos [em 2017/18] e o próprio diretor desportivo acabou por não dizer nada. O nosso grande rival no Norte entra no nosso estádio para se vangloriar de ter ganho um Campeonato ali e nós não dizemos nada, achamos tudo normal. Comigo, isso nunca aconteceria. São três coisas que nunca deixaria passar em claro. Daria um murro na mesa. Houve uma conivência do outro candidato com tudo isto e isso não se pode apagar. Não podemos apagar 13 anos de história de alguém que agora se vai candidatar mas que foi conivente, cúmplice ou, no limite, distraído relativamente a esta governação. E estes adjetivos não são bons para um presidente do Benfica”, acusa Francisco Benítez, nas linhas de discurso mais duras que acaba por proferir.

Apesar de nunca se limitar nas críticas à gestão e governação de Luís Filipe Vieira — e de nunca esquecer a "conivência" de Rui Costa —, o candidato da lista B garante que pretende "manter o que está bem" se for eleito. "Vamos manter tudo o que está a funcionar e há coisas que funcionam bem, como o futebol feminino", diz.

O empresário quer criar um “perfil de jogo à Benfica” a partir dos Sub-15, reforçar o departamento de scouting para fomentar um investimento contínuo e consistente na formação e terminar com a “navegação à vista” no futebol. Quer também acabar com os intermediários nas transferências e emagrecer o plantel para encurtar igualmente a folha salarial. No meio de tudo isto, onde é que fica Jorge Jesus? “Vai cumprir contrato. O que digo é que, dentro do plano estratégico que vamos fazer, vão existir premissas e compromissos. E esses compromissos têm a ver com perfil de jogo, de treinadores, jogadores, todas as condicionantes que são necessárias para atingir o objetivo que queremos. Aí, será Jorge Jesus que terá de dizer se se compromete com aquele plano ou não. Podem existir situações que nós vamos definir no plano que Jesus não vai aceitar. Nesse caso, não fará parte do projeto. Se aceitar os compromissos que vamos impor, fará parte do projeto”, garante Benítez.

O candidato da lista B à presidência do Benfica quer ainda encontrar um patrocinador global para as cinco modalidades de pavilhão do clube (hóquei em patins, andebol, futsal, voleibol e basquetebol), procurar um parceiro que torne exequível o regresso competitivo do ciclismo e melhorar o interior da Luz no que toca à comodidade e à tecnologia. Não esconde que não conta com Domingos Soares de Oliveira, alguém que “não é benfiquista” e que diz que “não respeita” o dinheiro dos encarnados, e já tem planos para domingo, o dia seguinte às eleições — independentemente de ser ou não eleito. “Se ganhar, entrarei logo no Estádio da Luz para começar a inteirar-me rapidamente e anunciarei desde logo as pessoas que vão compor a SAD, será um dia preenchido. Se perder, será um dia em família porque já não vejo a família há muito tempo e eles também merecem”, termina. Afinal, é hora de sair para um curto almoço antes de preparar a terceira entrevista do dia e o derradeiro debate daí a pouco mais de 24 horas.

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