O Partido Social Democrata sustenta que a adesão da Guiné-Equatorial vai “alargar os horizontes da CPLP” e destaca a importância da localização do país. Por outro lado, António Rodrigues admite que há a “consciência de que tem havido atropelos aos direitos humanos naquele espaço”, assumindo preocupação com isso.
O Partido Socialista não nega que a possível adesão da Guiné-Equatorial está envolta em “alguma polémica”, o que levou Portugal a impor algumas condições, mas Paulo Pisco sublinha que “Portugal não pode ficar isolado” nesta questão.
Hélder Amaral, do CDS/PP considera que uma eventual adesão terá a “vantagem de trazer mais um país para a boa governação, para valores da democracia, para valores de direitos humanos e de economia sustentável”.
A secção em Portugal da Amnistia Internacional diz que a decisão da adesão ou não é algo para ser decidido pelos países e nisso não se pode imiscuir, mas Teresa Pina sublinha que a preocupação da Amnistia se prende com “a situação dos direitos humanos no país, designadamente a pena de morte”.
João Paulo Batalha sublinha que a Guiné Equatorial é uma das “ditaduras mais brutais e corruptas do mundo”. O membro da Associação Cívica Transparência e Integridade lembra os processos que correm na justiça internacional contra o presidente Obiang e a família.
A Plataforma das Organizações não Governamentais (ONG) para o Desenvolvimento vê a eventual adesão da Guiné Equatorial como algo que “descaracteriza a CPLP como é e aquele que era o seu espírito fundacional”. Pedro Krupenski considera que o país não reúne as condições para se poder juntar à CPLP.
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Nota: o Observador também contactou o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE) para registar um depoimento em vídeo, mas em ambos os casos não obteve uma resposta em tempo útil.