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Europa Press via Getty Images

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"As pessoas seguem o conteúdo". SkyShowtime defende que "ainda há muito espaço para o streaming" e admite produzir em Portugal

A SkyShowtime acredita que ainda há “espaço” no mercado de streaming na Europa. Para já, a plataforma, que anunciou uma parceria com a Meo, não equaciona aumentar o preço da mensalidade (4,99€).

O serviço de streaming SkyShowtime chegou a Portugal em outubro do ano passado com um catálogo composto por filmes e séries de plataformas e estúdios como Paramount, Universal, DreamWorks, Nickelodeon ou Peacock. Cerca de oito meses depois, o CEO Monty Sarhan não revela o número de assinantes, dispostos a pagar 4,99€ por mês após usufruírem de sete dias gratuitos, que já conseguiu conquistar.

Numa Europa repleta de opções de streaming, a plataforma acredita que ainda “há espaço” e afirma que o conteúdo que oferece — com filmes como “Top Gun: Maverick”, “Mundo Jurássico: Domínio” ou “Mínimos: A Ascensão de Gru” — a um “ótimo preço” a diferenciam das concorrentes. Quando comparada com Netflix, Disney+, HBO Max ou Prime Video, a SkyShowtime apresenta a mensalidade mais barata. O CEO garante que, neste momento, não está a ser equacionado o aumento dos preços, apesar da conjuntura, mas não descarta a possibilidade de os valores subirem no futuro.

A SkyShowtime é uma joint venture da Comcast e da Paramount Global, duas gigantes do entretenimento, e está disponível em 22 mercados europeus. Na semana em que anuncia uma parceria com a Meo para disponibilizar o serviço de streaming na plataforma da empresa de telecomunicações com quem estava em contacto desde o ano passado, Monty Sarhan, CEO da SkyShowtime, revela ao Observador que se encontra a avaliar a possibilidade de produzir e gravar conteúdos originais em Portugal, algo que, por exemplo, a Netflix tem vindo a fazer.

Os 22 mercados onde a SkyShowtime está disponível

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A SkyShowtime encontra-se disponível em 22 mercados europeus: Albânia, Andorra, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, República Checa, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Kosovo, Montenegro, Países Baixos, Macedónia do Norte, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Suécia.

“Estamos muito entusiasmados por estar em Portugal”

A SkyShowtime chegou a Portugal em outubro do ano passado. Cerca de oito meses depois, que balanço que faz do lançamento  e quantos subscritores têm no país?
Não falamos publicamente sobre números de subscritores, mas devo dizer que a resposta dos consumidores tem sido incrível e superou as nossas expectativas e projeções para o mercado português. Estamos muito entusiasmados por estar em Portugal. Sentimos que há aí uma grande oportunidade e estamos especialmente entusiasmados com esta nova parceria com a Meo. São líderes de mercado e acreditamos no poder das parcerias. Então, é extremamente importante para nós estarmos com eles [com a Meo] e estamos orgulhosos.

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Falando uma vez mais de números. Têm uma equipa em Portugal? Quantas pessoas trabalham para a SkyShowtime no país?
Ainda estamos a fechar a nossa equipa. Nós começámos no ano passado. Por volta desta altura, no ano passado, tínhamos cerca de 20 ou 30 pessoas. Agora, estamos com 200 pessoas. Temos uma equipa que cobre Espanha e Portugal e ainda estamos a fechar esse escritório.

Têm 200 pessoas para cobrir o mercado português e espanhol?
Não. São 200 pessoas no total, em toda a empresa. Temos um escritório em Madrid e um número considerável de pessoas aí, na distribuição, nas parcerias, no marketing e na programação, [área] que estamos a fechar agora. Ainda estamos a contratar para [o departamento de] programação.

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Monty Sarhan é o CEO da SkyShowtime

Getty Images for SkyShowtime

“Acreditamos que há espaço no mercado europeu de streaming

Pensando no mercado de streaming europeu como um todo, considera que há espaço para todas as plataformas? Há muita oferta e diferentes conteúdos em diferentes serviços… Será que isso leva os portugueses a optar entre serviços porque não têm possibilidades para subscrever todos?
Primeiro, acredito que a concorrência é sempre uma coisa boa. Acho que a concorrência é muito boa para o consumidor. Queremos dar aos consumidores a possibilidade de escolha. Nós acreditamos, em absoluto, que há espaço no mercado europeu de streaming. De facto, se olharmos para o streaming no geral, como uma indústria, tem apenas cerca de 15 ou 16 anos. Se olharmos para o número de assinaturas por residência na Europa, só está a crescer. O streaming só está a crescer. Nós tivemos isso em consideração e pensámos que era uma ótima altura para lançarmos [a plataforma] e foi por isso que decidimos entrar nestes mercados.

Estamos também conscientes de que os consumidores são muito sensíveis aos preços, porque o custo dos serviços de streaming tem aumentado, porque há mais serviços de streaming, porque há uma certa crise de custo de vida e inflação. Tomámos a decisão muito consciente de [termos] um preço acessível. Essa é uma parte importante da identidade da SkyShowtime. Queremos oferecer bom entretenimento a um ótimo preço. Por isso, a nossa mensalidade é de 4,99€, menos do que a Netflix, menos do que a Disney+, menos do que a HBO Max. E fazemo-lo porque queremos ser uma opção acessível para os consumidores, pensamos que isso é muito importante.

Disse que o “streaming só está a crescer”, mas, ultimamente, alguns serviços têm tido dificuldades em aumentar o número de utilizadores. Então, esta não é a realidade da SkyShowtime?
O streaming está a crescer porque os hábitos de consumo estão a mudar e as pessoas querem ver conteúdos nessas plataformas. Tens de ter o conteúdo que as pessoas querem e é aí que eu penso que a SkyShowtime brilha realmente. Como somos uma joint venture de duas das maiores empresas de entretenimento [Comcast e Paramount Global] temos grandes filmes provenientes da Paramount e da Universal, dois dos mais antigos estúdios de Hollywood. São também dois dos maiores estúdios de Hollywood, por isso temos um grande fluxo de novos filmes que chegam [à plataforma] pouco depois de saírem do cinema. E vêm exclusivamente para nós. Ainda na semana passada estreámos o ‘Ticket to Paradise’, com George Clooney e Julia Roberts, em Portugal. No final deste ano teremos o ‘Babyloon’, com Brad Pitt e Margot Robbie, a chegar ao serviço. E teremos também o [filme] ‘M3GAN’. A segunda coisa que temos são séries fantásticas e isso, por si só, vai atrair as pessoas e fazer com que queiram subscrever. As pessoas seguem o conteúdo. Sumner Redstone tinha uma frase fantástica, que proferiu há muito tempo, que é: “O conteúdo é rei”. Para que um serviço de streaming seja bem-sucedido é necessário ter uma grande reserva de conteúdos fantásticos que as pessoas queiram ver. É essa a proposta de valor que trazemos.

"A SkyShowtime oferece uma subscrição por residência."
Monty Sarhan, CEO da SkyShowtime

Sentiu mais pressão para ter sucesso na chegada a Portugal face à quantidade de serviços de streaming que já estavam no país antes da SkyShowtime?
Nós olhámos para Portugal como uma grande oportunidade. Há cerca de 10 milhões de pessoas em Portugal, há 4,5 milhões de residências com televisão paga e ainda há muito espaço para o streaming.

Uma vez que mencionou as residências, ultimamente tem-se falado muito sobre a partilhas de contas. Queria saber se o permitem ou não e porquê?
A SkyShowtime oferece uma subscrição por [cada] residência. Permitimos às pessoas terem perfis e três streams em simultâneo. Consideramos que oferecemos uma grande flexibilidade às pessoas que querem usufruir do serviço.

Mas as pessoas não podem partilhar a password…
É uma subscrição por residência. As pessoas desse lar podem assistir [aos conteúdos da plataforma].

Se eu partilhar a minha password, mesmo que seja proibido, o que é que fazem? Têm medidas para combater a partilha?
É uma subscrição por residência para que muitas pessoas nesse lar possam ver e desfrutar da SkyShowtime. Esta é a nossa política.

“Os preços podem subir no futuro, mas não estamos a considerar um aumento neste momento”

Mencionou, anteriormente, a crise económica. Sente os efeitos da inflação e do menor poder de compra na atividade da SkyShowtime em Portugal?
Estamos certamente sensíveis a isso. Nós temos tido um desempenho extremamente bom desde o nosso lançamento em outubro e creio que isso se deve principalmente a um preço muito atrativo: 4,99 euros/mês. Quando lançámos tínhamos também uma oferta muito atrativa de metade do preço para toda a vida [50% de desconto no valor da assinatura mensal para sempre para aqueles que subscreveram até ao final do dia 6 de dezembro de 2022]. Se pensarmos bem sobre isso, arrancámos em força e atraímos as pessoas para o serviço porque oferecíamos um ótimo valor. Se nos comparassem com qualquer outro serviço de streaming, éramos o melhor na relação qualidade/preço. Continuamos a ser os melhores nessa relação e penso que isso nos ajudou a continuar a ser uma opção muito boa e acessível, apesar da crise de custo de vida que as pessoas estão a experienciar.

"Os preços podem subir no futuro, mas não estamos a considerar um aumento de preços neste momento."
Monty Sarhan, CEO da SkyShowtime

Por isso, não estão a considerar um aumento de preço?
Não neste momento. Obviamente, a inflação… e os preços podem subir no futuro, mas não estamos a considerar um aumento de preços neste momento.

Li que estavam a considerar lançar conteúdos originais. Se o fizerem terão de aumentar os preços, por exemplo, por causa dos custos de produção?
Nós já lançámos séries originais. Temos dez séries originais a estrear este ano, o que é notável para um serviço que tem menos de um ano [foi oficialmente lançado em setembro de 2022]. E penso que isto mostra realmente o valor da equipa e a rapidez com que avançámos. Assim, a programação original já faz parte da nossa proposta de valor para os consumidores e, no lançamento, apresentámos uma programação original a este preço.

Consideram produzir e gravar esses conteúdos originais em Portugal?
Potencialmente. Ainda estamos a avaliar, ainda estamos a formar a equipa que vai cobrir o mercado português. Estamos sempre à procura de histórias boas e bem contadas, histórias que importam para o mercado. Por isso, ainda estamos a avaliar.

“Estamos entusiasmados por levar a SkyShowtime a milhões de novas residências em Portugal”

Sobre a parceria que fecharam com a Meo. Como é que surgiu e quando é que a SkyShowtime vai estar disponível para os utilizadores nos equipamentos dessa empresa?
Vai estar em funcionamento esta semana. Está disponível numa base ‘à la carte’ e também vai ser uma opção para os pacotes de Fibra M3 e M4 [pacotes de telecomunicações da Meo onde a SkyShowTime ficará disponível por mais 1 euro/mês]. Assim, será uma opção que [os clientes] poderão adicionar. Estamos extremamente entusiasmados por trabalhar com a Meo, começámos a falar com eles no ano passado, são um parceiro fantástico, são líderes de mercados em Portugal, têm uma experiência fantástica para os subscritores com a sua set-top box. Portanto, criámos uma experiência integrada e contínua para os assinantes. Estamos entusiasmados por levar a SkyShowtime a milhões de novas residências em Portugal e estamos empolgados com a forma como vamos comercializar o nosso serviço junto dos seus clientes.

"Estamos sempre à procura de histórias boas e bem contadas, histórias que importam."
Monty Sarhan, CEO da SkyShowtime

O que diria para convencer essas pessoas a subscreverem à SkyShowtime?
Mais filmes, grandes séries, tudo a um ótimo preço. Nós somos a ‘casa’ exclusiva para o universo Taylor Sheridan, então temos grandes programas como ‘Yellowstone’, ‘Tulsa King’, temos a ‘Special Ops: Lioness’ a chegar mais tarde este ano — é uma série com Nicole Kidman, Zoë Saldaña e Morgan Freeman. Somos a ‘casa’ exclusiva de Poker Face, que é um original SkyShowtime protagonizado por Natasha Lyonne, um grande blockbuster que estamos entusiasmados por trazer para Portugal. Vamos também trazer o ‘The Curse’, que é um novo original da SkyShowtime, que conta com a participação de Emma Stone. E esse é o tipo de conteúdo que não tens em mais lado nenhum.

Ou seja, diria que o conteúdo e o preço são o que diferenciam a SkyShowtime da concorrência?
Sim.

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