Uns minutos de aquecimento para passar ao — fortíssimo — ataque. Aníbal Cavaco Silva foi convidado para falar na Faculdade de Arquitetura de Lisboa sobre o pacote que aprovou há exatamente 30 anos, enquanto primeiro-ministro, para acabar com as barracas e promover habitação digna, e foi os méritos do seu programa que começou por lembrar. Mas não demorou a passar a uma análise muito crítica do Governo — dentro e fora da habitação –, a quem apontou “falhanços”, um historial de promessas incumpridas, falta de credibilidade e propostas “absurdas”.

Com Luís Montenegro e Carlos Moedas na plateia da sessão organizada pela Câmara de Lisboa (ao lado de outros autarcas, alguns do PS), Cavaco Silva lançou-se à análise às medidas do Governo — e não deixou pedra sobre pedra. Logo para começar, criticando o anúncio com “grande estrondo” do novo pacote de medidas da Habitação, para resolver uma crise que, na visão do antigo primeiro-ministro e Presidente da República é “resultado do falhanço da política do Governo no domínio da Habitação nos últimos sete anos”, com elevados “custos sociais”.

“Não faltaram planos ao Governo” — nem faltou ironia a Cavaco Silva — “apresentados à comunicação social com pompa e circunstância, que ficaram no papel e no Powerpoint, sem que um só secretário de Estado assumisse a responsabilidade”, atirou.

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