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Tiago Preguiça, o novo diretor-geral e antigo dirigente da JS foi o último caso, mas há muito que militantes, dirigentes locais, ex-governantes, autarcas ou simples simpatizantes do PS foram ocupando as estruturas da Segurança Social — e quase sempre por nomeação. A cúpula da Segurança Social — o Conselho Diretivo — é quase exclusivamente composto por militantes do PS desde o primeiros meses do Governo Costa I, mas nas estruturas distritais tudo piorou no segundo mandato. Se Vieira da Silva resistiu a fazer grandes mudanças nos primeiros anos, o cenário mudou: apenas 28% dos diretores distritais tinham em 2017 ligações partidárias, enquanto atualmente 67% dos diretores distritais (12 em 18) têm ligações ao PS. Algumas delas ocorreram já em março e abril de 2020, em plena pandemia.
Na maior parte dos casos, o Governo começa por nomear os dirigentes em regime de substituição, que depois ganham vantagem quando são submetidos ao escrutínio da CReSAP. Além disso, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública apenas indica uma short list de três nomes. A escolha final é do membro do Governo que, quase sempre, acaba por escolher um militante do PS.
O primeiro presidente da CReSAP, João Bilhim, explicou em declarações à Rádio Observador que desde 2004 que a lei permite que as pessoas “possam ser nomeadas em regime de substituição, sem ser por comissão de serviço”. Desde 2011, ano de criação da CReSAP, que “o princípio geral é o do concurso, mas ficou este buraquinho [a nomeação em regime de substituição]”.
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