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Colin Mayer é membro do Conselho Consultivo do ISEG e já participou em cursos de formação de executivos em Lisboa. FOTO: ISEG (DR)
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Colin Mayer é membro do Conselho Consultivo do ISEG e já participou em cursos de formação de executivos em Lisboa. FOTO: ISEG (DR)

Ana Sofia Serra

Colin Mayer é membro do Conselho Consultivo do ISEG e já participou em cursos de formação de executivos em Lisboa. FOTO: ISEG (DR)

Ana Sofia Serra

"Empresas não podem continuar a lucrar às custas de todos nós", diz Colin Mayer, ex-reitor em Oxford

Empresas têm "dever" de "não lucrar às nossas custas", à custa do meio-ambiente e da coesão social. Mas as badaladas metas ESG (Ambiente, Sociedade e Governação) não são solução, defende Colin Mayer.

As empresas, de um modo geral, têm usado as chamadas metas de ESG para mostrar ao mundo que desenvolvem o negócio com respeito pelo meio-ambiente (o E de environment), pela coesão social (o S de social) e com práticas empresariais responsáveis (o G de governance). Mas Colin Mayer, ex-reitor da escola de gestão de Oxford, argumenta que estas metas ESG são “vagas”, “complexas” e difíceis de aplicar e escrutinar. Por isso, são apenas “uma infeliz distração” face àquilo que as empresas têm realmente de fazer, que é “não lucrar às nossas custas“.

Colin Mayer deu uma entrevista ao Observador poucos dias antes de viajar até Lisboa para apresentar, nesta sexta-feira, o seu novo livro no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). “Capitalism and Crises: How to Fix Them” é a mais recente obra do professor emérito da Blavatnik School of Government e da Saïd Business School (Universidade de Oxford), da qual é fundador e ex-reitor. É neste livro que o académico explica como salvar o capitalismo, modelo do qual é defensor acérrimo. Como? Com ideias que, garante, não são “apenas utopias fantasiosas de um académico”.

O seu novo livro é sobre o capitalismo e sobre as crises que assolaram os países onde este sistema existe. Reconhece que essas crises abalaram o nível de confiança de muitas pessoas em relação ao próprio capitalismo como modelo, mas defende que as pessoas devem acreditar no capitalismo?
Com certeza que as pessoas devem acreditar no capitalismo. Assim que este sistema surgiu, em meados do século XIX, quando as empresas passaram a ser livres de se constituir como entidades privadas (e não restringidas pelo Estado, como acontecia anteriormente), a partir desse momento o mundo em geral desfrutou de uma imensa prosperidade e alívio da pobreza. No entanto, reconhecemos cada vez mais que o capitalismo também tem sido uma causa crescente de degradação ambiental, perda de biodiversidade, desigualdade e exclusão social.

É possível fazer melhor?
O problema é que as empresas, quando trabalham para gerar lucro para si mesmas, para os seus investidores, têm uma ideia errada do que é esse lucro e de onde deve vir esse lucro. Chegámos a um ponto em que temos crises reais e crises crescentes porque os objetivos das empresas se tornaram cada vez mais contrários aos nossos interesses enquanto indivíduos, enquanto sociedade e para o próprio mundo natural. E estamos a atingir os limites do que o meio-ambiente pode tolerar, bem como o limite daquilo que as sociedades podem tolerar em termos de desigualdade e exclusão social. E estamos, também, a atingir os limites daquilo que os sistemas democráticos em todo o mundo conseguem tolerar.

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No seu livro diz que as empresas apresentam os seus resultados – anualmente, por exemplo – mas esses resultados apenas representam as receitas subtraídas dos custos, como custos com matérias-primas e salariais. Defende que essa é uma forma deficiente de avaliar os resultados de uma empresa, porque há custos que estão omissos. É assim?
Sim, defendo que a forma tradicional de avaliar o lucro, como sendo simplesmente a diferença entre as receitas e os custos (operacionais e de capital), não tem em conta o impacto que as empresas têm sobre os outros. Por exemplo, o impacto que têm quando pagam aos seus funcionários um valor abaixo de um salário digno ou pagam aos fornecedores um preço que nada tem de comércio justo. Ou quando as empresas poluem o ambiente ou emitem gases que provocam o aquecimento global. Se as empresas não se responsabilizarem pelos custos de evitar esses problemas – isto é, aquilo que têm de gastar para limpar a sujeira que fazem – então não estão a apresentar os seus verdadeiros custos e os seus verdadeiros lucros. Não são verdadeiros lucros quando não são deduzidos os custos de evitar os impactos negativos que muitas empresas estão a ter, causando degradação ambiental, perda de biodiversidade, desigualdade, exclusão social e desconfiança nas instituições.

Como é que se estimam esses custos?
Fazendo aquilo que as empresas bem geridas fazem, que é identificar o impacto que estão a ter nos seus colaboradores, nos seus fornecedores, no ambiente – o primeiro passo é reconhecer esses impactos negativos e, depois, admitir que têm uma responsabilidade de evitar ou mitigar esses problemas. Os custos a que me refiro são os custos que as empresas devem ter na mitigação dos impactos negativos.

"Se as empresas não se responsabilizarem pelos custos de evitar esses problemas – aquilo que têm de gastar para limpar a sujeira que fazem – então não estão a apresentar os seus verdadeiros lucros."

Ana Sofia Serra

Quer dar exemplos de como é que isso funciona, na prática? Presumo que varie de setor para setor…
Sim. Por exemplo, no setor da energia. As empresas de petróleo e gás têm vindo a reconhecer que não são apenas empresas de combustíveis fósseis, mas sim de energia. No fundo, empresas que existem para garantir que dispomos de energia acessível mas de uma forma que cause o menor grau de dano ambiental possível. Esse estava a ser o caminho feito pelas empresas de energia até que se deu a invasão russa da Ucrânia. Desde que isso aconteceu, elas viraram-se outra vez para os combustíveis fósseis e, com isso, tiveram lucros imensos com a venda desses produtos num contexto de aumento dos preços da energia. Para mim, o problema é que a resposta deles não foi dizer “ora bem, estes lucros extraordinários que estamos a conseguir devemos, claro, reinvesti-los na empresa para acelerar a transição para fontes renováveis de energia”. Nem foi trabalhar para aumentar o acesso a energia em locais mais desfavorecidos, em algumas zonas do mundo. Não fizeram nada disso. De um modo geral, pegaram em grande parte dos lucros e distribuíram-nos aos acionistas através de dividendos ou, então, usaram o dinheiro para recomprar ações [outra forma de beneficiar acionistas já que se reduz o número de ações em circulação e, com isso, impulsiona-se o valor das ações]. Isto leva-nos a crer que estas empresas não reconhecem, suficientemente, o impacto que provoca o recurso aos combustíveis fósseis, que foi razoável dadas as circunstâncias [risco de escassez provocado pela invasão da Ucrânia].

Como é que se leva as empresas a reconhecer isso? E a investir em alternativas energéticas, por exemplo?
O principal fator que irá impulsionar esta mudança é a queda dos custos das energias renováveis em relação a outras fontes de energia. O potencial para realmente acelerar a transição está a melhorar constantemente, à medida que a tecnologia torna as fontes alternativas muito mais acessíveis. Mas é preciso que elas invistam nessa área, que assumam os tais custos de promover uma mudança, sacrificando parte daquilo que hoje chamam de “lucros”.

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E que papel podem ter os Estados nesse processo? Como devem promover essa mudança?
Pode ser importante haver alguma forma de subsídio, subsídio público, para conseguir baixar os preços das alternativas renováveis. Mas o que quero dizer é que, atualmente, dada a posição das empresas de energia não se trata de um problema de acessibilidade, porque na verdade estas empresas estão a colher lucros substanciais neste momento. É uma questão de saber que uso está a ser feito desses ganhos.

Mas qual é, então, o incentivo que as empresas têm para fazer essa mudança? Os acionistas querem remuneração, os conselhos de administração querem agradar aos acionistas, como se pode criar incentivos para que as coisas sejam diferentes?
É exatamente sobre isso que falo no livro. O motor desta agenda é aquele em que as empresas reconhecem a razão pela qual existem, porque é que o negócio existe, o propósito do negócio. O propósito de um negócio não é simplesmente obter o maior retorno possível para os seus investidores, mas sim reconhecer que não é apenas o tamanho do lucro que importa, mas também a fonte desse lucro, e que o lucro deve ser obtido diretamente da resolução de problemas, e não da criação de problemas para outros. A palavra “lucro” (profit, em inglês) vem do latim “proficere profectus”, que significa avançar e progredir, e essa deve ser a fonte de onde derivam os lucros. O lucro deveria provir do avanço e do progresso e, neste sentido, o avanço e o progresso consistem em resolver os problemas que todos nós enfrentamos como indivíduos, como sociedades e como mundo natural, fazendo-o, é claro, de uma forma que seja sustentavelmente lucrativa. É esse o dever que todos os gestores têm, é assim que têm de pensar.

Temos crises reais e crises crescentes porque os objetivos das empresas se tornaram cada vez mais contrários aos nossos interesses enquanto indivíduos, enquanto sociedade e para o próprio mundo natural. E estamos a atingir os limites do que o meio-ambiente pode tolerar, bem como o limite daquilo que as sociedades podem tolerar em termos de desigualdade e exclusão social. E estamos, também, a atingir os limites daquilo que os sistemas democráticos em todo o mundo conseguem tolerar.

Essa cultura não tem de partir, também, dos acionistas, e não apenas dos gestores? Porque os acionistas vão sempre querer mais resultados e vão pressionar os gestores para que os obtenham…
Os acionistas devem refletir sobre a forma como a lei define o papel de uma empresa. É a lei que determina isso, que diz porque é que as pessoas são livres de formar empresas e qual é a função das empresas. A lei define que os empresários têm o dever de promover o sucesso da empresa. Mas “sucesso” da empresa não significa lucros a todo o custo, para entregar aos acionistas. Cada vez mais se reconhece que a interpretação que é feita da própria lei, sobre a missão das empresas, tem de incluir o benefício que a existência dessas empresas cria para os outros, para a sociedade como um todo. Temos de pensar porque é que criamos empresas, porque é que estas questões são tão importantes hoje em dia, e porque é que a interpretação que tem vindo a ser feita da lei – no que diz respeito à missão das empresas – é uma interpretação que nos colocou perante uma crise ambiental de proporções existenciais, divisões sociais, populismo político. Na base de muito do que está a acontecer está a perceção de que as empresas estão a ser negligentes em relação às formas como podem prejudicar as nossas sociedades.

Mas voltando ao papel do Estado, e já que fala na lei, de que forma é que os poderes públicos podem promover essa mudança?
Pode ser necessária uma mudança na lei apenas para tornar mais claro o que expliquei. Não é preciso uma revolução. Trata-se apenas de saber como se interpreta a missão legalmente prevista do objeto social das empresas. O que se entende por sucesso da empresa? Atualmente, como disse, é simplesmente interpretado como sendo a noção de lucro e de aumento do lucro da empresa. Podemos mudar a lei para tornar mais explícito que não é só isso. Mas também é, em parte, uma questão de como os tribunais de todo o mundo interpretam a palavra sucesso. Uma das coisas que tenho feito é trabalhar com os tribunais comerciais e alguns dos juízes mais influentes para levá-los, simplesmente, a pensar sobre estas questões. Quando se muda a forma como a lei é interpretada, e quando os tribunais fazem a mesma interpretação, então isso coloca o ónus da responsabilidade sobre os gestores das empresas e os conselhos de administração, para garantir que a conduta é correta.

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Na realidade, porém, se perguntar a qualquer empresa se está a fazer mais pelo ambiente, ou em outras matérias, todas as empresas vão dizer que sim, que definiram ambiciosas metas ESG e que estão a ter um cumprimento fantástico dessas metas. É disto que estamos a falar?
Se é isso que está a acontecer, isso é ótimo – significa que as empresas têm noção de que têm uma responsabilidade ambiental e social. Já é alguma coisa. Mas não sei se tem visto as notícias no Reino Unido, recentemente, e a polémica com empresas como a Thames Water e outras têm estado no centro da controvérsia porque despejaram enormes quantidades de esgotos não-tratados nos rios, lagos, costa marítima etc. Estas empresas estão a enfrentar dificuldades financeiras graves, porque entregaram os seus lucros aos acionistas e não quiseram investir em melhorias e modernizações na forma como promovem a sua atividade. Agora estão a pagar o preço por isso, porque estão à beira do colapso, algumas delas. Essa é a consequência.

Os acionistas devem refletir sobre a forma como a lei define o papel de uma empresa. É a lei que determina isso, que diz porque é que as pessoas são livres de formar empresas e qual é a função das empresas. A lei define que os empresários têm o dever de promover o sucesso da empresa. Mas “sucesso” da empresa não significa lucros a todo o custo, para entregar aos acionistas.

Mas o que pensa sobre esta tendência ESG, que se disseminou nos últimos anos, em que todas as empresas querem mostrar ter boas práticas ambientais, sociais e de governação? É algo positivo, com benefícios importantes, ou é apenas marketing e, em alguns casos, “greenwashing”?
O ESG tem sido uma distração muito infeliz face àquilo que é realmente necessário para resolver esta questão.

Porquê?
Porque estes fatores ESG (Ambientais, Sociais e Governação) são uma forma de as empresas mostrarem que as suas atividades não estão a criar problemas ambientais, sociais e de governação – mas sempre a partir de um prisma que é avaliar os riscos para os seus investidores. É assim que, globalmente, o ESG tem funcionado. Está sempre subjacente a ideia de que se as empresas provocarem danos ao ambiente ou às sociedades, isso poderá mais tarde prejudicar as empresas, levando a que estejam sujeitas a uma maior regulação, por exemplo, ou a sua reputação sofrer consequências – e, portanto, os investidores nessas empresas irão sofrer. Essa é a base sobre a qual o ESG está a ser adotado em todo o mundo.

Não era assim que devia funcionar?
A forma como as pessoas pensavam que o ESG iria funcionar era, na verdade, encorajar as empresas a evitarem criar danos ambientais, a evitarem efeitos negativos nas sociedades em todo o mundo. Mas não é dessa forma que o ESG é interpretado pelos investidores. É simplesmente mais uma categoria de risco que os investidores devem ter em conta. Portanto, o ESG tem sido fonte de imensa confusão e é um sistema incrivelmente complexo. Por isso é que tem sido alvo de ataques crescentes por serem, na sua essência, “greenwashing” ou capitalismo “woke”. São críticas que, na minha opinião, têm muito fundamento.

Mas é um problema de conceito ou de aplicação?
As metas de ESG são uma coisa muito vaga, não são devidamente medidas e escrutinadas, não há auditorias ou verificação da qualidade da informação que é prestada. O que é necessário é algo muito mais direto, algo que está ao alcance de qualquer pessoa entender. E o que qualquer pessoa é capaz de entender é que as empresas não devem lucrar às nossas custas. É só isso. Nenhuma empresa deve poder lucrar com o despejo de esgoto não-tratado nas águas, nos lagos e nos rios. Nem devem poder lucrar com a emissão de CO2 ou tornando a energia um bem inacessível para muitas pessoas. Devem reconhecer os custos associados a não causar esses prejuízos e devem incorrer nesses custos. Ponto final, parágrafo.

"O que qualquer pessoa é capaz de entender é que as empresas não devem lucrar às nossas custas. É só isso"

Ana Sofia Serra

No livro cita alguns exemplos de empresas que já estão a atuar desta forma, para mostrar que aquilo que propõe é realista?
Há muitos exemplos, aliás eu irei a Lisboa na sexta-feira para falar destes assuntos no ISEG, onde faço parte do conselho consultivo. Dei cursos executivos lá para explicar como isto não é apenas um sonho de académicos, uma utopia fantasiosa. Não, esta é uma realidade concreta, porque é exatamente isso que as melhores empresas do mundo estão a fazer. Um exemplo que refiro no livro é a empresa que tem atualmente a maior capitalização bolsista de qualquer empresa na Europa, a Novo Nordisk. É uma empresa farmacêutica dinamarquesa que fabrica insulina. E ao longo dos últimos 10 anos, a Novo Nordisk reavaliou o seu propósito. Começou por pensar “bem, o nosso objetivo é simplesmente fazer com que a insulina seja usada no tratamento da diabetes”, produzir insulina e vendê-la ao preço mais alto possível e ganhar o máximo de dinheiro possível com isso. Mas aí eles perceberam que, na verdade, havia um problema com isso porque 80% da população mundial está em países pobres, onde a maioria das pessoas não tem dinheiro para comprar a sua insulina. Então, a empresa começou a repensar o seu propósito e mudou-o para ajudar as pessoas a tratar a diabetes e, se possível, evitar ter diabetes, em primeiro lugar, em particular através da mudança dos estilos de vida e dos seus hábitos nutricionais. E fez isso sem comprometer o seu negócio principal que é a venda de insulina.

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Como é que isso ajudou a empresa?
O reconhecimento deste novo propósito impulsionou realmente o sucesso comercial da empresa, porque, como eu disse, um dos elementos-chave para evitar a diabetes (ou geri-la se a tiver) é pensar em nutrição e na questão do peso. Então, quando estava a desenvolver produtos farmacêuticos nessa perspetiva, a Novo Nordisk reconheceu que os medicamentos que estava a usar para tratar a diabetes também poderiam ser a fonte de medicamentos para perder peso. E, assim, ao longo dos últimos anos, a Novo Nordisk tem comercializado um produto chamado Wegovy (Ozempic), que é um medicamento para perder peso que se tornou um sucesso absoluto e agora as pessoas reconhecem que, na verdade, não só é uma boa maneira de evitar ter diabetes ou perder peso, mas também que pode ser usado no tratamento de uma série de outras coisas. Isto ilustra como, se as empresas mudarem a sua mentalidade de apenas estar lá para criar o maior lucro possível, reconhecerem que na verdade o que estão lá para fazer é resolver problemas, isso então criará uma mentalidade inovadora que as pessoas que trabalham na organização consideram inspiradora e motivadora. E isso realmente pode impulsionar o sucesso comercial de um negócio.

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