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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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"Faltam 30 horas para nos livrarmos do sanchismo". Em Madrid, Feijóo jogou (quase) em casa e até contou com o apoio de Ayuso

Num evento partidário na capital, o líder do PP apela ao voto e vê nas ruas vontade de mudança. Contou com o apoio sem rodeios de Isabel Díaz Ayuso, que promete "reiniciar Espanha a partir de Madrid".

É fim de tarde num dos principais locais da capital espanhola — a Puente del Rey. Ao descer a rua que vai desde a Praça de Espanha, no coração de Madrid, já se avistam várias bandeiras do Partido Popular (PP) e de Espanha. Muitos — de várias faixas etárias — eram os que esta quinta-feira caminhavam rumo ao evento que prometia reunir os rostos mais emblemáticos da direita espanhola neste momento: aquele que poderá ser o novo chefe de governo, Alberto Núñez Feijóo, a presidente da comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, e ainda o autarca da cidade, José Luis Martínez-Almeida.

E estes três nomes pareciam conhecer muito bem a Puente del Rey, até mesmo aquele que poderia à partida estar mais deslocado — Alberto Núñez Feijóo. No início do discurso, o líder do PP elogiou a “reabilitação realizada” no local. “Isto foi obra do Partido Popular”, declarou, ao mesmo tempo que recebia um aplauso da plateia, onde estavam presentes muitos dos seus companheiros partidários.

No discurso que encerrou o evento, Alberto Núñez Feijóo agradeceu à capital espanhola por o “acolher tão bem”. “Sempre que venho cá, sinto-me como se estivesse em casa”, reiterou, recebendo um aplauso da plateia. Mesmo estando em Madrid, o local em que são eleitos mais deputados, o galego nunca se esqueceu das origens e deu algum destaque à comunidade autónoma que governou durante 14 anos, a Galiza, e onde terminará a campanha, na cidade da Corunha.

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Enquanto criticava as políticas levadas a cabo pelo adversário, o socialista Pedro Sánchez, ouviu-se um grito da plateia. “Este senhor que gritou, sabem, é alguém que me acompanhou sempre”, contou Alberto Núñez Feijóo, explicando que era um feirante que esteve sempre presente nas campanhas na Galiza — e agora em toda a Espanha. “Esteve em todos os comícios, esteve em todas as reuniões”, assegurou, brincando com a situação. “Ele vende coisas de marcas estranhas a preços muito baratos”, disse, arrancando uma gargalhada dos milhares que estavam presentes na plateia. “Eu a essas coisas fecho os olhos”, garantiu, embalado pelo ambiente.

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Falando das sondagens, que deixaram de poder ser publicadas a partir desta segunda-feira, Alberto Núñez Feijóo disse que não é preciso ver os números para entender o desejo de mudança política em Espanha. “Basta sair à rua e perceber o ambiente em todos as aldeias de Espanha”, afirmou, defendendo que existe um cenário de “tensão entre os partidos que ainda estão no governo”. Para o líder popular, não há dúvidas: são as últimas “agitações desesperadas do sanchismo”.

Alberto Núñez Feijóo aspira mudar Espanha politicamente, numa mudança que define como “cordial e sensata”. Para isso, apelou ao votos entre aqueles que estavam presentes. “Não deem por garantido que vamos ganhar”, avisou, adiantando: “Em Madrid, o PP ganha. Mas ganha quase sempre, não sempre”. Depois, tentou piscar ao olho àqueles socialistas que estão desiludidos com a política de Pedro Sánchez. Num tom irónico, o líder popular disse mesmo que, se o PSOE perder estas eleições e se o atual chefe do governo for embora, os socialistas “até [lhe] ficam a dever uma”. “Podiam melhorar e organizar o seu partido e voltar à senda mais constitucional.”

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Criticando duramente os adversários pelas mentiras que alegadamente contam e por se unirem a partidos que “odeiam Espanha”, Alberto Núñez Feijóo não deixou de mandar uma farpa para a líder do Sumar, Yolanda Díaz, lembrando as suas desavenças com Pablo Iglesias. “Onde é que esse senhor e os seus companheiros [do Unidas Podemos] andam?”, questionou, convidando-os a “votarem no PP”.

Quando falou em Pablo Iglesias, Alberto Núñez Feijóo olhou para Isabel Díaz Ayuso, uma vez que a presidente da comunidade de Madrid enfrentou o líder do Unidas Podemos nas eleições madrilenas de 2021, tendo vencido com maioria absoluta — feito que repetiu em maio deste ano. Olhando nos olhos de Ayuso e de Martínez-Almeida, o líder do PP agradeceu o facto de terem “recuperado a maioria absoluta na cidade de Madrid e na comunidade”.

A “vontade de viver” e “a coragem” de Madrid

Antes daquele que poderá vir a ser o novo presidente do governo de Espanha, Isabel Díaz Ayuso já tinha apoiado sem rodeios o líder do PP, expressando a ideia de que é necessário “reiniciar Espanha”. Em Madrid, realçou, “há vontade de viver e coragem”, assim como “ambição por prosperar e ser melhor”. E arrancou um forte aplauso da plateia. Olhando para Alberto Núñez Feijóo, a presidente comunidade de Madrid garantiu que “vai reiniciar Espanha a partir de Madrid” — e vai garantir a “liberdade”.

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Durante o discurso de 15 minutos, Isabel Díaz Ayuso, que se manteve sempre concentrada a olhar para câmara, deixou duras críticas a Pedro Sánchez: “É normal o cansaço dos espanhóis. Há mentiras e mudanças de opinião constantes por parte desse senhor”. Num tom bastante otimista, a presidente da comunidade de Madrid considera que a campanha está “sentenciada” para o chefe do governo espanhol, independentemente do “que faça”.

Isabel Díaz Ayuso aproveitou o momento para criticar uma das bandeiras de Pedro Sánchez: que se a direita chega ao poder haverá um retrocesso. “Governamos há duas décadas Madrid… E nunca houve mais liberdade, mais alegria e mais prosperidade”, assegurou.

No final do evento, Alberto Núñez Feijóo, Isabel Díaz Ayuso e José Luis Martínez-Almeida juntaram-se para tirar uma fotografia do evento. Sem antes o líder popular ter divulgado a sua agenda até ao cair do pano: uma entrevista na rádio, ida a Málaga e outra à Corunha. “Faltam 30 horas para nos livrarmos do sanchismo”, prometeu. Só as urnas dirão se o galego terá ou não razão.

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