Aponta a José Luís Carneiro melhores condições para ser primeiro-ministro em tempos de instabilidade e, por oposição a Pedro Nuno Santos, destaca-lhe qualidades como a “ponderação” e “razoabilidade”. É por isso que, apesar de dizer que ambos são “excelentes quadros” do PS, António Lacerda Sales defende em entrevista na Vichyssoise que Carneiro se pode sair melhor a falar a um eleitorado que vota maioritariamente ao centro e em tempos que não favorecem geringonças. E acredita que — apesar de Pedro Nuno ser o claro favorito das estruturas — as bases ainda podem trazer uma surpresa agradável ao seu candidato.
Mas se quando fala na corrida interna do PS o tom é conciliador, o caso muda de figura em relação ao papel do Ministério Público no caso judicial que fez cair o Governo de António Costa. Confessando que “folheia” o Código Penal com frequência, apesar de não ser jurista, Lacerda Sales atira: “Porque é que ainda não houve o arquivamento do processo de acordo com o Código de Processo Penal, artigo 277, número 1? Se me souberem responder agradeço, porque sou cidadão e gostaria de ser esclarecido. Se não me souberem responder, é muito grave e deverão tirar as devidas consequências e ilações”.
“Como cidadão, sinto-me no direito de me pronunciar sobre o funcionamento da Justiça” e de “pedir informações adicionais”, dispara o antigo secretário de Estado da Saúde, que é atualmente deputado. E concorda com o colega de bancada Pedro Nuno nas críticas ao orçamento para a Saúde: é preciso mais despesa estrutural.
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