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Valerio Pennicino - UEFA

Valerio Pennicino - UEFA

Mais participantes, uma liga de 36 equipas, a fase a eliminar inspirada no ténis: os desafios nacionais na revolução das provas UEFA

Novo formato de Champions, Liga Europa e Liga Conferência a partir de 24/25 pode parecer complexo mas no final percebe-se bem. Tem mais equipas, mais jogos, mais prémios e mais desafios para Portugal.

Vinte anos depois, com a curiosidade dessa fronteira ser marcada pelo último triunfo de uma equipa nacional na competição (FC Porto), a Liga dos Campeões e todas as provas da UEFA vão mudar para o próximo triénio 2024/2027. Porquê? É certo que há agora um novo fantasma neste futebol do Velho Continente chamado Superliga Europeia, algo que todos sabem existir mas ninguém ao certo conhece a forma, os participantes e os objetivos, mas a UEFA quis sobretudo mudar antes da necessidade de mudança (e com ou sem fantasma).

Liga dos Campeões alargada para 36 equipas em liga única de oito jogos para cada

Cenário atual: olhando apenas para a Champions, o atual modelo faz com que alguns dos grupos estejam decididos ou perto disso entre a quarta e a quinta jornadas das fases de grupo (na passagem e na eliminação, havendo depois a luta pelo mal menor do terceiro lugar) e, salvo algumas exceções, só tem os grandes duelos a partir da fase a eliminar. Assim, e depois de várias reuniões mantidas com federações, associações, clubes, treinadores e jogadores, além dos inevitáveis adeptos que estão no centro das abordagem e que com o passar dos anos foram mudando a forma como consomem futebol, foi aprovado pelo Comité de Competições da UEFA um novo modelo competitivo para as três competições europeias. Ideia? Ser melhor. Ser melhor na competitividade, no espectáculo, na imprevisibilidade, na qualidade, na experiência, na diversidade – e, com tudo isso, como não poderia deixar de ser, ser também comercialmente mais relevante do que nesta fase.

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Assim, e depois da passagem por todos os passos do processo, o modelo foi aprovado, tendo logo à partida um ponto importante no contexto de todo o futebol num continente com 55 associações diferentes: entre as 237 equipas que participam nas provas a partir da fase de qualificação, há mais 12 conjuntos presentes na fase de grupos (passa de 96 para 108) e terá sempre 37 a 40 países representados nesse momento, mais do que na atual realidade. Nem tudo é fácil de perceber à primeira vista como no atual formato mais “instintivo” mas o futuro vai escrever-se entre um modelo mais parecido com um Campeonato ou uma fase inicial da Euroliga de basquetebol (para quem segue) e termina com parecenças com os sorteios… no ténis.

Quantas equipas serão apuradas para a fase principal de cada prova?

Nesta altura, Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência têm um total de 32 equipas cada, que se dividem na primeira fase em oito grupos de quatro com os dois primeiros a passarem à ronda a eliminar e o terceiro a seguirem para o playoff. Ou seja, 96 equipas. Agora, passarão a ser 36 equipas em cada competição num total de 108 com aquela que será a grande mudança a partir da próxima temporada: em vez de grupos, há uma única liga a juntar 36 clubes que realizam um total de oito jogos (já lá iremos). As novas vagas, essas, terão “passaportes” diferentes que convém agora explicar para se perceber quem entra onde.

Liga dos Campeões (de 32 para 36 equipas)

  • 1 vencedor da Liga Europa
  • 25 equipas qualificadas de forma direta mediante o ranking das associações
  • 2 equipas apuradas via playoff pelo Caminho das Liga
  • 4 equipas apuradas via playoff pelo Caminho dos Campeões
  • 1 vaga extra para a associação que ocupe o quinto lugar do ranking
  • 1 vaga extra para as equipas apuradas via playoff pelo Caminho dos Campeões
  • 2 vagas extra para as associações que tiverem a melhor pontuação na época anterior

Marselha, terceiro classificado da Ligue 1, caiu na terceira pré-eliminatória da Champions com o Panathinaikos. No atual formato, teria entrado direto porque França ocupa quinto lugar do ranking

Liga Europa (de 32 para 36 equipas)

  • 1 vencedor da Liga Conferência
  • 11 equipas qualificadas de forma direta mediante o ranking das associações
  • 10 equipas qualificadas após derrotas na qualificação ou playoff da Liga dos Campeões
  • 10 equipas apuradas via playoff
  • 1 vaga extra para equipas apuradas via playoff dos derrotados da Liga dos Campeões
  • 1 vaga extra para a associação que ocupe o sétimo lugar do ranking (entrada direta)
  • 2 vagas extra via fase de qualificação

Liga Conferência (de 32 para 36 equipas)

  • 10 equipas eliminadas do playoff da Liga Europa
  • 5 equipas qualificadas via playoff do Caminho dos Campeões
  • 17 equipas qualificadas via playoff da Liga Conferência
  • 2 vagas extra para as equipas eliminadas do playoff da Liga Europa
  • 2 vagas extra para as equipas qualificadas via playoff da Liga Conferência
Portugal ainda pode ter três equipas diretas na Liga dos Campeões em 2024/25. Como? Caso FC Porto, Benfica ou Sporting ganhem a Champions ou a Liga Europa mas não fiquem nos dois primeiros lugares do Campeonato

Neste particular, e olhando para a realidade nacional, há uma outra alteração que no melhor dos cenários poderia ter impacto no número de equipas qualificadas para a Liga dos Campeões. Como? Portugal ocupa nesta altura a sétima posição do ranking da UEFA, um posto que irá manter na próxima época de 2023/24. Com isso, terá o campeão direto na Champions, o segundo na terceira pré-eliminatória da Champions, o vencedor da Taça de Portugal ou terceiro classificado entra direto na Liga Europa e depois há duas vagas na segunda pré-eliminatória da Liga Europa e da Liga Conferência. No entanto, ainda pode haver três equipas diretas na Liga dos Campeões, caso uma equipa portuguesa ganhe a Champions ou a Liga Europa e não fique nos dois primeiros lugares do Campeonato. Tendo em conta que a vaga que se abre será atribuída pelo melhor coeficiente, Benfica ou FC Porto estariam garantidos, ao passo que o Sporting teria de esperar que outras equipas em melhor posição nesse particular como Shakhtar ou Rangers não se apurassem.

Como vai funcionar o novo formato de uma única liga?

As vitórias ainda continuam a valer três pontos, o empate um, a derrota nenhum. Até aqui, tudo igual. E no sorteio praticamente puro continuarão a existir quatro potes, neste caso de nove e não oito equipas. Também tudo igual. A partir deste momento, tudo muda em relação ao que conhecemos de Liga dos Campeões e Liga Europa (Liga Conferência tem algumas nuances, mas já lá vamos). Para quem segue a Euroliga que junta as melhores equipas de basquetebol, há muitas semelhanças; depois, o modelo é replicado… do ténis.

Diferença 1: as equipas ficam organizadas nos potes sem hierarquia como atualmente, em que os campeões de Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália, França, Países Baixos e Portugal, a par do vencedor da Liga Europa da época anterior entravam no pote 1, e a única base para distribuir as equipas é o coeficiente da UEFA (neste caso, FC Porto e Benfica, 19.º e 20.º desse ranking, estão mais “salvaguardados” do que o Sporting, que é 34.º). Diferença 2, provavelmente a maior de todas: todas as equipas passam a fazer oito jogos e não seis, contra duas formações no pote 1 (um em casa, outro fora), duas do pote 2 (um em casa, outro fora), duas do pote 3 (um em casa, outro fora) e duas do pote 4 (um em casa, outro fora). Neste contexto, a única restrição passa pelo facto de nenhuma equipa poder jogar com mais do que dois adversários do mesmo país.

A base do sorteio, tendo conta as condicionantes existentes, terá sempre de recorrer à Inteligência Artificial – caso contrário, estaríamos a falar de cerca de 3.000 bolas para andar a tirar e abrir para se fazer um simples calendário de jogos. Dois pontos importantes, que estão garantidos: o número de encontros entre equipas de pote 1 e 2 passa de 33% para 50%, o que abre espaço a um maior volume de “jogos grandes”; o número de jogos de uma equipa que entre no pote 4 contra conjuntos do mesmo pote passa de 0% para 25%, aumentando dessa forma a possibilidade de conseguir mais pontos para a qualificação para a fase seguinte.

Em relação à Liga Conferência, apesar de ter também 36 equipas como a Liga dos Campeões e a Liga Europa, haverá seis potes de seis equipas, com todos os conjuntos a fazerem uma partida contra um opositor do pote 1, um do pote 2, um do pote 3, um do pote 4, um do pote 5 e um do pote 6, num total de seis partidas para cada e não oito como acontece nas duas principais competições. No entanto, a UEFA não vê nisso um sinal de que se trata de uma prova “menor”, acreditando que como qualquer nova aposta demora mais tempo a ficar de vez consolidada mas que nas duas edições correu bem (triunfos de Roma e West Ham).

UEFA Europa Conference League FINAL"AS Roma v Feyenoord Rotterdam"

Roma orientada por José Mourinho e com Rui Patrício e Sérgio Oliveira no plantel ganhou a primeira edição da Liga Conferência

ANP via Getty Images

O que vai mudar a nível de datas no novo calendário europeu?

O acrescento de duas jornadas na fase grupos que passa a liga vai também ter implicações no calendário de provas na Europa, sobretudo até se chegar ao momento a eliminar dos oitavos em que nos encontramos neste momento. E, qual efeito dominó, isso deverá depois ter impacto noutras realidades fora das quatro linhas como o mercado de transferências de inverno, a começar e a acabar mais tarde mantendo as mesmas quatro semanas (de recordar que a FIFA permitiu que estivesse aberto numa janela de seis semanas).

Último dia do mercado de transferências: FC Porto anuncia Otávio, Koindredi é oficial no Sporting e Prestianni reforça Benfica

Uma das grandes novidades logo à cabeça é a existência de uma semana “única” para cada prova. Ou seja, em setembro, quando arrancar, só haverá Liga dos Campeões nessa semana e, depois, só haverá Liga Europa na semana seguinte (na Liga Conferência esse momento será apenas em dezembro, na última jornada). Depois, tudo igual ao que se passa agora: duas rondas em outubro, duas em novembro, uma em dezembro que são duas na Liga Conferência que encerra nessa fase. Depois, chega outro dos destaques entre as mudanças que estão previstas pela UEFA: as últimas duas jornadas da Champions e da Liga Europa serão jogadas já em janeiro, o que muito provavelmente fará com que o mercado comece e acabe mais tarde. A partir daí, há uma “normalização” face ao que existe e nos fomos habituando com o tempo: playoff em fevereiro, oitavos em março, quartos em abril, meias em maio e a decisão no final desse mês.

Quem fica apurado e porque é tão diferente ser primeiro, quinto ou oitavo na primeira fase?

Como seria de esperar, a UEFA tem feito várias experiências e simulações teóricas a este novo modelo dentro do possível e sempre colocando resultados “previsíveis” sem existir esse fator surpresa como as três vitórias do Club Brugge no início da fase de grupos da última temporada (uma por 4-0 no Dragão com o FC Porto). Por exemplo, uma pontuação média de 7.2 em oito partidas pode dar acesso aos oitavos, uma participação com 17 muito provavelmente garante um dos oito primeiros lugares. Isso é importante? Sim. A posição entre os oito primeiros também? Ainda mais. E é aqui que entronca o modelo do ténis no futebol.

  • 1.º a 8.º classificados: qualificados de forma direta para os oitavos
  • 9.º a 24.º classificados: qualificados para o playoff de acesso aos oitavos
  • 25.º a 36.º classificados: eliminados das provas europeias

É por isso que até o número de golos marcados e sofridos em cada encontro será importante, tendo em conta que se trata do primeiro fator de desempate em caso de igualdade pontual (se depois tiverem uma diferença igual de golos e os mesmos golos marcados, o desempate passa para o número de pontos que os adversários diretos fizeram). É por isso que a última jornada será um autêntico carrossel de emoções, tendo em conta que qualquer golo marcado em qualquer campo corre o risco de afetar a classificação de várias equipas. Por isso, acabar em primeiro, terceiro, quinto, sétimo ou oitavo é diferente para os cruzamentos seguintes: tal como acontece no ténis, o primeiro classificado fica como clube número 1 do ranking, o segundo será o número 2 e assim sucessivamente. Depois o sorteio é só para colocar num ou noutro lado do alinhamento, com essa garantia de que os dois primeiros, na melhor das hipóteses, poderão apenas cruzar-se na final. Vejamos então uma simulação de como serão organizados os oitavos da Champions e da Liga Europa.

  • 1.º ou 2.º encontra o vencedor do 15.º ou 16.º contra o 17.º ou 18.º
  • 3.º ou 4.º encontra o vencedor do 13.º ou 14.º contra o 19.º ou 20.º
  • 5.º ou 6.º encontra o vencedor do 11.º ou 12.º contra o 21.º ou 22.º
  • 7.º ou 8.º encontra o vencedor do 9.º ou 10.º contra o 23.º ou 24.º

A partir desse sorteio, toda a fase a eliminar fica traçada, com qualquer equipa que entre nos oitavos a saber de forma antecipada com quem pode cruzar nos quartos e nas meias no caminho até à final.

Quais serão os dividendos previstos para quem entre na Champions?

De forma inevitável, a questão do dinheiro surge inevitavelmente como um dos principais pontos de relevo entre todas estas mudanças mas, para já, ainda não existe um valor consolidado global em que se possa dizer de forma concreta ‘Vai ganhar x, y ou z’. O prémio de entrada nesta fase da Liga dos Campeões passará de 15,6 milhões para 18,1 milhões de euros, a que se junta depois a verba conseguida a nível de performance com a vitória a valer 2,1 milhões de euros e o empate 700 mil euros (fora qualificação para fases seguintes). Isso é uma garantia: o rendimento desportivo terá muito maior impacto nos ganhos. Mas não só.

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Nos últimos anos, o bolo total de verbas, fora os contributos para os não participantes, a Youth League ou o futebol feminino, entre outros (que vão crescer de forma acentuada) e também os custos que a organização tem, era dividido entre prémio presença, performance, coeficiente e market pool relativo aos direitos de transmissão televisiva. Agora, perante as diferenças demasiado acentuadas entre alguns clubes e ligas, haverá uma ponderação entre coeficiente e market pool num só ponto com a devida ponderação. Em breve serão conhecidos mais pormenores de todo o desenho financeiro, com a certeza de que a remodelação irá aumentar de forma exponencial as receitas e que as receitas estarão muito assentes nos resultados.

Os problemas e desafios de Portugal perante todas estas mudanças

Olhando à primeira vista, e refletindo sobre o posicionamento de Portugal e das equipas nacionais a nível de provas europeias, tudo parece uma situação win-win. Pode não ser assim. Clubes como FC Porto, Benfica, Sporting ou Sp. Braga podem ganhar com este novo formato, assim mantenham o rendimento habitual (ou em alguns casos recente) nas provas da UEFA. Todavia, sobram três grandes desafios para o futuro.

Desafio 1: Portugal consegue manter o nível competitivo dos atuais plantéis? Em condições normais sim mas terá de enfrentar novos dilemas. Em condições normais, tendo em conta a densidade competitiva e o facto de entrarem no calendário mais dois encontros europeus que podem ter impacto na classificação e consequente melhor caminho até às fases decisivas, é provável que os principais conjuntos optem por aumentar com mais um ou dois jogadores os seus plantéis. Ou seja, “sobram” menos jogadores no mercado e, num efeito dominó, menos opções para as equipas nacionais. Jogadores como Pablo Sarabia, Julian Draxler, Gonçalo Guedes, Nico González e Juan Bernat podem na mesma chegar à Liga portuguesa mas pode não ser tão fácil.

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LUSA

Desafio 2: o calendário nacional poderá continuar igual? Olhando para a atual temporada como exemplo e vendo os problemas que têm existido para encontrar datas para marcar jogos, acrescentando a isso mais dois jogos (que podem ser quatro, em caso de passagem pelo playoff da Liga dos Campeões que antes não havia) europeus até janeiro, é muito provável que Federação, Liga, clubes e demais intervenientes possam voltar a reunir para perceber que hipóteses existem para aliviar o calendário, até para próprio benefício de quem está nas provas da UEFA a somar pontos para o ranking nacional. Nesse sentido, as possibilidades de alterar algo entroncam numa (nova) reformulação da Taça da Liga ou numa diminuição da Liga para 16 equipas.

Desafio 3: os atuais plantéis estão preparados para esta reformulação a nível de número de jogadores? Neste caso sim mas com tendência para reforçar uma inevitabilidade para uma realidade como a portuguesa: a aposta nos jovens jogadores das equipas B ou Sub-23 deverá ser cada vez mais frequente, algo que tem acontecido em vários casos esta época perante lesões, necessidades ou carências na equipa principal. Tendo em conta que as realidades financeiras não permitem grandes investimentos ou folhas salariais muito maiores do que as atuais, o caminho para conseguir conciliar tudo passa por chamadas cada vez mais frequentes de elementos da formação, que podem ganhar outro espaço para se “apresentarem”.

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