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Temido assumiu a pasta em 2018. Voltou a entrar no governo em 2019 e agora após as eleições de janeiro
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Temido assumiu a pasta em 2018. Voltou a entrar no governo em 2019 e agora após as eleições de janeiro

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Temido assumiu a pasta em 2018. Voltou a entrar no governo em 2019 e agora após as eleições de janeiro

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Marta Temido "não aguentou mais". Agora, PS já olha para Fernando Araújo, o novo preferido

Socialistas ficaram surpreendidos com o timing da ministra, mas reconhecem desgaste e dificuldades óbvias. Costa avisou que precisava de tempo. Fernando Araújo é o nome mais falado no partido.

O anúncio da madrugada apanhou socialistas e governantes de surpresa. Mas apenas pelo timing, porque o conteúdo estava já a rebentar pelas costuras. “Todos sabíamos que a Marta estava farta”, resume um socialista. António Costa também e sabia mais. Sabia que a ministra da Saúde tinha uma “linha vermelha”: mais uma morte num serviço sob a sua tutela. Aconteceu e foi a “gota de água”. A partir daí, Costa tentou aplacar ondas de choque, apareceu em mangas de camisa, descontraído, no jardim de São Bento para falar aos jornalistas, enquanto o ministro das Finanças chegava para uma reunião — normalmente, os encontros do primeiro-ministro fora da agenda não são conhecidos — sobre o pacote de medidas de apoio às famílias. A tentativa de uma aparência de normalidade no meio de uma baixa de peso ao fim de apenas cinco meses de maioria absoluta. Quem se segue? No PS há um preferido.

Acabado de chegar de férias e embrenhado na rentrée que quer centrada em medidas de resposta à crise, acabou por rebentar uma bomba nas mãos de Costa que se tornou pública madrugada dentro, já que só aí foi possível informar o Presidente da República da intenção de Marta Temido de sair do Governo. Um socialista ouvido pelo Observador nota as formalidades: primeiro a ministra deu nota da demissão, depois o primeiro-ministro veio dar conta de ter aceitado, o que mostra como era mais vontade de um do que de outro (ver mais abaixo). O problema que se segue é a substituição de Temido, numa altura em que os socialistas reconhecem a pouca atratividade que a pasta da Saúde apresenta, em plena crise das urgências hospitalares e num pós-pandemia com problemas de gestão, de cansaço e com um sentimento de desvalorização à flor da pele no sector.

Costa garante ainda não ter pensado nisso e nem sequer aceitou falar num perfil preferido, quando foi questionado durante a tarde. Mas no PS praticamente não há quem não atire de imediato para a mesa o nome de Fernando Araújo, atualmente presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João. Em dezembro passado, em plena preparação do Programa Eleitoral do partido, o líder socialista chamou a sociedade civil ao Fórum Nacional do PS, que se reuniu no Porto — e o médico lá estava, entre o padre Lino Maia e a investigadora Elvira Fortunato, que havia de virar ministra da Ciência e Ensino Superior meses depois. Existia a mesma expectativa em relação a Araújo, que os socialistas colocam como uma espécie de mago da gestão hospitalar por estar à frente de um exemplo que apresenta níveis de eficiência superiores aos de outras no país e numa área sensível para o Governo.

“Fernando Araújo cumpre o perfil. Percebe o problema dos hospitais porque gere um e não é um qualquer. E gere com resultados positivos”. Além disso, refere o mesmo deputado socialista, “conhece a máquina política”, já foi secretário de Estado do ministro Adalberto Campos Fernandes, de quem é próximo, e com quem comunga críticas à gestão da era Temido. Tem, aliás, tornado públicas essas mesmas divergências em artigos de opinião no Jornal de Notícias. Nos últimos meses é possível ler vários sobre os problemas nos hospitais e também sobre como  é  “i-na-pli-cá-vel” o diploma do Governo para a valorização das horas extraordinárias. Uma das últimas negociações de Marta Temido, já entre promessas a curto ou médio prazo para responder a um SNS em colapso.

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“A expectativa que foi gerada aos médicos, como o grande instrumento para permitir evitar problemas nos serviços de urgência, será genericamente impossível de implementar”, queixou-se, apontando o dedo à incapacidade da tutela em dar autonomia aos hospitais. Costa já o podia ter escolhido antes, diz um ex-governante e vários dos socialistas contactados pelo Observador. O ex-membro de um dos executivos de Costa diz que esse pode ser um problema. “A nomeação do Fernando Araújo seria a assunção de um falhanço e de quatro anos perdidos.” Uma deputada acrescenta outra dúvida: “Será que não perdeu já esse capital de surpresa e mudança de que a Saúde precisa?”.

Mas a esmagadora maioria vê esta como a mais provável primeira opção de António Costa e até detetam sinais dessa mesma vontade nesta opção inusitada de pedir a Temido para ficar mais uns dias para fechar a regulamentação da nova direção executiva do SNS. E isto porque quem conhece Araújo não garante que esteja interessado e que possa ser preciso tempo para o convencer. Um socialista mais próximo adianta que, pelo menos nos últimos tempos, o diretor do Hospital São João “não mostrou estar especialmente motivado para agarrar o lugar”. E um ex-governante socialista acrescenta ao Observador que “Fernando Araújo é a melhor opção — mas pode ter razões pessoais ou não querer pegar nisto como está agora”. É uma pasta que queima e nem mesmo o seguro político que uma maioria absoluta significa foi suficiente para evitar uma crise tremenda no setor.

Foi este mesmo cenário que fez com que, mal a demissão de Marta Temido foi conhecida, no PS houvesse avisos imediatos para a necessidade de uma substituição rápida. Mas António Costa fez logo saber que isso não seria possível. Sem perder tempo, na manhã depois da demissão de Temido tornou essa sua ideia pública através do seu gabinete: não seria uma substituição rápida. Nunca antes da visita oficial a Moçambique, que começa esta quarta-feira e da qual só regressará no sábado.

Fernando Araújo com António Costa

ESTELA SILVA/LUSA

“Não há vazio”, diz um socialista, que garante: “É uma decisão que tem de ser pensada com cabeça, tronco e membros”. Uma coisa ficou certa com este pedido de tempo extra deixado pelo primeiro-ministro: nomes do meio socialista que também são posicionados nesta frente, como António Lacerda Sales (atual secretário de Estado) ou Manuel Pizarro, não são a prioridade.

Se a primeira opção de Costa fosse entregar o poder a Lacerda Sales — o que chegou a ser falado quando o secretário de Estado ganhou palco durante a pandemia e se notava já cansaço de Temido –, essa decisão já estaria fechada e selada. “Esse é o plano Z“, atira um socialista pouco convencido da capacidade do nome para estar na primeira linha. Outro acrescenta que, se essa escolha tivesse sido feita depois da conquista da maioria absoluta, era uma coisa. Agora, seria outra: “Escolher o António Sales nesta fase seria um sinal de fechamento do Governo.”

“A maioria absoluta exigia que Costa tivesse feito um Governo novo logo na altura”, acrescenta noutra frente um socialista preocupado com o desgaste que o Executivo apresenta quando ainda tem mais quatro anos pela frente.

Um perfil político forte é reclamado dentro do PS nesta altura. Há quem veja essa autoridade em Manuel Pizarro e também outra característica: “É mais moldável à visão do primeiro-ministro”. O líder do PS-Porto já esteve na pasta como secretário de Estado, era José Sócrates primeiro-ministro e Ana Jorge ministra da Saúde, em 2008. “Pode ter essa densidade mais política que mobiliza o aparelho do partido e tem peso junto das administrações hospitalares”, por isso mesmo. No entanto, até quem o refere volta a Fernando Araújo: “Esse tem autoridade própria”.

No Parlamento, uma deputada aponta que é preciso que o primeiro-ministro escolha alguém que “conheça o setor, que o possa apaziguar e ter meios”. “Tem de ser alguém pragmático, operacional e com sensibilidade política. Não tem de ser alguém do aparelho necessariamente, mas tem de ter sensibilidade política para negociar . Um Correia de Campos, mas sem a conflitualidade que ele tinha”, desenha um deputado do partido.

Quinze dias fragilizada ou quinze dias importantes para Costa?

Quase tudo causou estranheza na forma como Marta Temido acabou por sair repentinamente: da hora – o comunicado chegou aos jornais já passava da uma da manhã – ao dia escolhido, uma vez que, por um lado, o caso da grávida ainda mal estava esclarecido, e, por outro, há mudanças importantes a serem preparadas na pasta da Saúde, com o estatuto do SNS à cabeça.

É, aliás, por isso mesmo que António Costa, apanhado de surpresa pelo timing da decisão da ministra, frisou desde logo que a substituição não seria assim tão rápida. O primeiro-ministro quer que seja Temido a finalizar a regulamentação da nova direção executiva do SNS, que considera uma das “peças fundamentais” da reforma desta área – e a aprovação dessa regulamentação só estaria prevista para o Conselho de Ministros de dia 15 de setembro, pelo que Temido teria de ficar até esse dia.

Lembrando que vai estar, nos próximos dias, em viagem oficial a Moçambique e que tem em mãos a preparação do pacote de ajuda a famílias e empresas para combater os efeitos da inflação. Costa admitiu, ainda assim, esta terça-feira, que as decisões sobre o SNS possam ser antecipadas, para que Temido possa sair mais cedo. De qualquer forma, contas feitas, a ministra demissionária terá sempre de continuar em funções por mais uns dias.

Uma decisão que pareceu “esdrúxula” a alguns socialistas, como descreve um deputado, ou “ridícula”, como considera outro. E ainda outro vê nesta opção a possibilidade de minar a “autoridade” da ministra nesta reta finalíssima, esvaziada de poder mas obrigada a apresentar um diploma que já não irá aplicar nem executar.

Mesmo assim, há quem perceba o raciocínio de Costa e até veja na decisão algumas vantagens. “Dadas as circunstâncias, e não tendo saído em contencioso, não vejo inconveniente”, explica um alto dirigente, antecipando que Temido se possa fazer substituir por um secretário de Estado na reunião do Conselho de Ministros. Até porque a saída de uma ministra em particular não minará a reforma em si, defende: “Seguramente não se perde tempo nem se volta a um ponto zero ou recuado”.

Outro socialista concorda e garante que a solução encontrada “protege toda a gente”. Por um lado, porque “liberta” a ministra da ligação direta a esta última morte (pela qual ninguém no partido a responsabiliza). Por outro, porque oferece o tal tempo extra a Costa. De qualquer forma, na tarde desta terça-feira, quando falou publicamente do caso, Costa admitiu que este tempo possa ser encurtado e a aprovação da reforma possa ser feita antes do dia 15, libertando Temido mais cedo.

A aparente normalidade em que Costa aposta

No intervalo, o primeiro-ministro está fora do país e esta terça-feira fez questão de passar a ideia de não estar centrado nesse assunto nesta altura. Só assim se percebe que os jornalistas tenham apanhado um ministro em São Bento numa reunião fora da agenda. Normalmente são privadas, mas desta vez o primeiro-ministro quis que se soubesse que o ministro das Finanças estava a chegar para ultimarem o pacote de medidas de apoio às famílias que quer aprovar no Conselho de Ministros extraordinário da próxima segunda-feira.

Quando António Costa se preparava para falar aos jornalistas, em plena zona exterior onde normalmente param os automóveis de quem vai encontrar-se com o primeiro-ministro, apareceu um carro nas suas costas a transportar Fernando Medina. O ministro ainda deu meia volta, para não estacionar no meio do momento do dia, e o carro acabou por parar mais atrás, com Medina a entrar por outra porta que não a principal, mas sem grande segredo feito em São Bento. Aliás, horas depois António Costa fazia publicar nas suas redes sociais uma fotografia de uma reunião com três ministros (Ambiente, Presidência e Finanças) e um secretário de Estado (o dos Assuntos Fiscais).

Na legenda, aproveitou para agradecer a Temido e garantir, mais uma vez,  que “o Governo prosseguirá as reformas em curso tendo em vista fortalecer o SNS e a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos portugueses.” E lá no meio a frase que verdadeiramente queria fazer passar: “Continuamos a trabalhar”.

O desgaste de Marta Temido saltava à vista nas reuniões do Governo

O sentimento de quem acompanhou Marta Temido no partido e no Governo é um: a demissão por vontade própria é surpreendente, sim, mas apenas no timing – pelo dia em que acontece e até pela hora inusitada. De resto, a saída seria, tendo em conta as sucessivas notícias sobre o estado do SNS e das urgências nas últimas semanas, uma inevitabilidade à espera de acontecer, apesar de no PS se manter uma imagem positiva e de gratidão à ministra, sobretudo pelos tempos de pandemia que enfrentou. No entanto, se a saída não acontecesse na sequência deste caso, garantem dirigentes e deputados do PS ao Observador, a hora de Temido, visivelmente cansada, chegaria com o próximo obstáculo.

“Tinha os dias contados desde que aceitou ficar”, sugere um antigo colega de Governo. Dentro do PS, mas também no setor da Saúde e noutras fontes partidárias, a decisão de continuar na difícil pasta da Saúde depois da fase mais aguda da pandemia tinha surpreendido: Temido tinha tido nas mãos a hipótese de fazer um brilharete, garantindo uma saída pela porta grande, com uma popularidade em alta e alguns feitos – nem todos atribuíveis diretamente à ministra –, como a alta taxa de vacinação, no currículo. Mas decidiu ficar – e, com isso, passou a ser responsável e responsabilizada pelos buracos no SNS, cada vez mais evidentes uma vez que os holofotes se desviaram dos problemas da pandemia.

Já depois de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa terem vindo a público segurar a ministra, no início do verão, e com os novos buracos cada vez mais evidentes – e as más notícias em áreas particularmente sensíveis, da obstetrícia e ginecologia, a multiplicarem-se durante este verão, semana após semana, sem solução à vista – foi-se instalando no PS durante as últimas semanas a ideia de que a ministra estava a ficar esgotada. “Não aguentou mais”, resume um alto dirigente. “Não tinha força, estava cansada e sem soluções e isso notava-se nalgumas reuniões no Governo”, acrescenta outro.

E se isto era claro para os socialistas que iam acompanhando a sucessão de polémicas à volta de Temido, também deveria ter sido para Costa, acredita-se no partido. “Podia ter poupado a Marta a isto. Mas ele funciona assim… drena todos e depois lavra o louvor”, ironiza um deputado.

A descrição não encaixa apenas na situação de Temido mas, para muitos, num padrão, recordando outros ministros que saíram no limite, quando já funcionavam como uma espécie de para-raios do Governo. Basta lembrar os últimos casos na Administração Interna, com a saída in extremis de Eduardo Cabrita ou de Constança Urbano de Sousa, que na sua carta de demissão revelava que já tinha pedido para sair antes e comunicava a Costa que dessa vez “teria” mesmo de a aceitar. Também Temido, acabou por revelar Costa numa referência subtil, esta terça-feira, já teria pedido para sair do Governo: “Desta vez”, o primeiro-ministro aceitou, revelou o próprio, deixando perceber que terá tentado abandonar o executivo mais cedo.

A verdade é que o verão quente de Temido, depois da popularidade que atingiu durante a pandemia, viria expor falhas nas soluções necessárias para melhorar o SNS e para o reformar de forma estrutural. “Não tinha ideias para o setor que o pudessem melhorar” e, depois de “muitos anos a gerir o dia-a-dia, é difícil pensar no futuro”, lamenta o mesmo antigo ministro.

Por isso, e apesar de uma grande parte do PS admitir simpatia pela figura de Temido – vários socialistas descrevem ao Observador a saída, nestas circunstâncias, como “injusta” ou até “uma tristeza” – começou nos últimos tempos a instalar-se a consciência de que, para virar a página da pandemia e apresentar soluções novas, seria melhor encontrar um rosto fresco.

Isto a juntar a outro argumento: há muito que os socialistas acreditam que um dos grandes problemas de Temido é não ser médica e não contar com o apoio do setor – que hostilizou, e com o qual comprou guerras, por várias vezes durante o seu consulado, tendo chegado a pedir desculpas tanto a médicos como a enfermeiros depois de ter dito que era preciso que os primeiros tivessem mais resiliência e de ter comparado os segundos, durante uma greve, a “criminosos” e “infratores”.

Os altos e baixos (e as polémicas) que marcaram os 1.414 dias de governo de Marta Temido

Seria, além disso, preciso uma ministra com mais “conhecimento do país”, uma ministra que fosse “não do SNS, mas do sistema nacional de Saúde, que inclui os privados e o setor social”, acrescenta um dirigente socialista. “Tem de ser alguém que possa apaziguar o setor e ter meios”, concorda outro. Tudo requisitos que, acabada a era Temido – em que foi acarinhada pelo partido e chegou a receber o cartão de militante das mãos de António Costa, sob ovação dos socialistas –, começam a desenhar para o senhor, ou senhora, que se seguirá.

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