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Cirilo I lidera a maior Igreja Ortodoxa do mundo, o Patriarcado de Moscovo, com 90 milhões de fiéis

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Cirilo I lidera a maior Igreja Ortodoxa do mundo, o Patriarcado de Moscovo, com 90 milhões de fiéis

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Patriarca Cirilo I. O bispo amigo de Putin que terá passado pelo KGB e que está na mira das sanções europeias

Nasceu Vladimir, pensou estudar física e acredita-se que colaborou com o KGB, o que o terá ajudado a subir na carreira eclesiástica. Quem é Cirilo I, o Patriarca de Moscovo na mira das sanções da UE?

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“Qualquer guerra tem de ter armas e ideias. Nesta guerra, o Kremlin forneceu as armas e acredito que a Igreja está a fornecer as ideias.” As palavras são do padre ortodoxo ucraniano Cyril Hovorun, professor de eclesiologia, relações internacionais e ecumenismo na Universidade de Estocolmo, ao jornal norte-americano The Washington Post — e resumem de modo particularmente incisivo as relações entre o regime de Vladimir Putin e a Igreja Ortodoxa Russa.

Há vários anos que o Patriarcado de Moscovo, a maior Igreja Ortodoxa do mundo, com 90 milhões de fiéis, tem vindo a usar a sua enorme influência popular para consolidar junto do povo russo a narrativa de que o Kremlin está empenhado num esforço sagrado de combate contra um Ocidente perverso e moralmente fracassado, com o objetivo de defender os valores tradicionais do Cristianismo. Vladimir Putin não hesitou em associar-se a esta narrativa, repetindo vários argumentos religiosos e apoiando-se na Igreja Ortodoxa para justificar a guerra na Ucrânia.

No centro da Igreja Ortodoxa Russa está um homem controverso: o Patriarca Cirilo I, uma figura com um passado como informador do KGB que lidera o Patriarcado de Moscovo desde 2009 e que se transformou num dos homens mais poderosos do círculo de Vladimir Putin. Apesar das suas pontes para o Ocidente — foi ele quem, em 2016, quebrou o historial de um milénio sem contactos com Roma, ao reunir-se com o Papa Francisco em Cuba —, Cirilo I está novamente de costas voltadas para o Ocidente depois de se ter envolvido numa troca de acusações com o líder da Igreja Católica.

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Cirilo I é um dos grandes aliados de Vladimir Putin

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No mesmo dia em que a Igreja Ortodoxa reagia em tom crítico à forma como Francisco se referiu à conversa com Cirilo I, em março (e que levou ao resfriar das relações), o Politico escrevia que o líder religioso russo estava na mira de Bruxelas quanto ao alargamento da lista de indivíduos russos que serão alvo de sanções em retaliação pela invasão russa da Ucrânia. Documentos internos citados pelo jornal europeu caracterizam Cirilo I como “um dos mais proeminentes apoiantes da agressão militar russa contra a Ucrânia” e como uma das principais vozes envolvidas na difusão da retórica de guerra de Putin.

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O Politico não descreve o tipo de sanções que a Comissão Europeia pretende aplicar ao Patriarca Cirilo, no âmbito do sexto pacote de medidas aplicadas a figuras de relevo associadas ao regime de Vladimir Putin. E a verdade é que não há informações oficiais disponíveis sobre todo o património detido pelo líder da Igreja Ortodoxa. Mas, ao longo dos anos, várias investigações jornalísticas foram procurando levantar esse véu, com destaque para um trabalho do jornal Proekt. Um artigo publicado em 2020 apontava para um património imobiliário, em Moscovo e noutros pontos da Rússia, avaliado em cerca de 225 milhões de rublos — ou 3,2 milhões de euros.

Mas já no ano anterior o Novaya Gazeta apontava a outro valor, resultado de uma investigação mais alargada ao universo do líder da Igreja Ortodoxa: uma fortuna de entre 3.800 e 7.600 milhões de euros, se considerados os negócios na área da joalharia, petróleo e pescas, além do património móvel de Cirilo I. Realidades e valores que o Patriarca de Moscovo foi sempre negando.

Agora, Bruxelas juntou-o ao rol de milionários, políticos, militares e instituições na mira das sanções aplicadas ao regime de Vladmir Putin, um universo em que Cirilo se consolidou como uma das figuras de maior destaque. Quem é, afinal, o Patriarca de Moscovo?

Do seminário ao KGB

Cirilo I nasceu em novembro de 1946 em Leninegrado — o nome da cidade de São Petersburgo durante o tempo da União Soviética — e foi batizado como Vladimir Mikhailovich Gundyaev. A teologia ortodoxa seria o caminho natural, uma vez que era esse o percurso da sua família, como conta a biografia oficial do Patriarca. O pai, Mikhail, era sacerdote. O avô, Vasiliy, também. E o seu irmão mais velho, Nikolay, seguiria a mesma via.

Aos 16 anos de idade, enquanto frequentava o ensino secundário, o jovem Gundyaev trabalhou como cartógrafo para a administração geológica soviética e ainda pensou estudar Física na Universidade de Leninegrado — mas esse desvio da teologia durou poucos anos, por influência do irmão mais velho. Em 1965, entrou no Seminário de Teologia de Leninegrado, onde se graduou com distinção em 1970. Um ano antes de receber a primeira ordenação diaconal, Gundyaev adotou aquele que seria o seu nome religioso daí em diante: Cirilo.

A partir da ordenação, Cirilo percorreu uma carreira religiosa que o levou a praticamente todos os lugares de poder dentro da hierarquia da Igreja Ortodoxa Russa. Foi professor universitário de teologia, representante do Patriarcado de Moscovo no Conselho Mundial de Igrejas em Geneva, bispo e arcebispo antes de, em 1989, ser nomeado para liderar o departamento de relações exteriores do Patriarcado — um dos lugares de maior relevo da estrutura ortodoxa russa e frequentemente apontado como o lugar do sucessor do Patriarca.

Em 2009, tornou-se no primeiro Patriarca de Moscovo eleito após a queda da União Soviética, recebendo o título de Cirilo I e sucedendo no lugar a Alexey II, que havia sido eleito em 1990.

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Durante a sua pujante carreira religiosa, Cirilo terá tido uma vida dupla como informador — ou mesmo espião — do KGB, a polícia secreta soviética, de acordo com relatos que vieram a público ao longo dos últimos vinte anos comprometendo não só o atual Patriarca de Moscovo mas também o seu antecessor e várias outras importantes figuras da hierarquia ortodoxa russa.

Os primeiros indícios de que o antigo Patriarca de Moscovo, Alexey II, teria sido um informador do KGB surgiram no início da década de 1990, quando o primeiro Presidente russo pós-URSS, Boris Yeltsin, permitiu que uma comissão parlamentar tivesse acesso a partes dos arquivos soviéticos. A investigação durou pouco tempo, mas o padre ortodoxo Gleb Yakunin, um dissidente do Patriarcado de Moscovo que entretanto se tornara deputado, afirmou ter encontrado várias referências ao agente “Drozdov”, o nome de código do antigo Patriarca ortodoxo. Mais tarde, em 1999, um documento encontrado na Estónia trouxe a confirmação final de que Alexey não tinha sido apenas um mero informador, mas um verdadeiro agente do KGB, tal como vários outros padres e bispos ortodoxos, cujas promoções na carreira eclesiástica teriam sido aceleradas com a ajuda da polícia secreta.

As suspeitas viriam, depois, a recair também sobre Cirilo I, que durante anos foi o braço direito de Alexey II antes de ser eleito Patriarca.

Russian President Vladimir Putin attends Orthodox Churh Conference in Moscow

Vladimir Putin participa regularmente em celebrações ortodoxas junto a Cirilo I

Getty Images

“De acordo com material dos arquivos soviéticos, Cirilo foi um agente do KGB (tal como Alexey). Isto significa que ele foi mais do que um mero informador, dos quais havia milhões na União Soviética. Era um agente ativo da organização”, escreveu em 2009, a propósito da eleição de Cirilo I como Patriarca, o historiador norte-americano David Satter, especialista na história da União Soviética e da Rússia. “Nem Cirilo nem Alexey alguma vez reconheceram ou pediram perdão pelos seus laços com as agências de segurança.”

Uma luta do bem contra o mal

A história da Igreja Ortodoxa Russa é antiga e complexa. O Cristianismo chegou no final do século X àquela região (na altura sem grandes fronteiras que dividissem aquilo que hoje corresponde à Ucrânia, Bielorrússia e Rússia) oriundo do sul, de Constantinopla, pouco antes do grande cisma que dividiu o mundo cristão entre Ocidente e Oriente. A comunidade cristã foi elevada à dignidade de Patriarcado autónomo já no século XVI, durante a Rússia dos czares, junto da qual a Igreja Ortodoxa foi sempre bastante influente. Em 1721, o czar Pedro I proclamou-se imperador e inaugurou o Império Russo — e quis acabar com a influência eclesiástica no regime.

Se, até então, a Igreja Ortodoxa Russa era liderada pelo Patriarca de Moscovo, a partir daí o imperador quis acabar com a influência eclesiástica externa no regime político de Moscovo e cessou a autonomia da Igreja em relação ao Estado. Pedro, o Grande destituiu o Patriarca e criou um Santo Sínodo, um organismo dirigido por um leigo, para governar a Igreja a partir do Estado. A promiscuidade total entre a Igreja Ortodoxa e o Império Russo perdurou até 1917 — e a partir daí a Igreja foi largamente reprimida pela doutrina ateísta da União Soviética.

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A queda da União Soviética, em 1991, abriu as portas a um ressurgimento da Igreja Ortodoxa, que encontrou novamente espaço para se afirmar como elemento central da identidade russa. A partir de 2000, já com a Rússia sob a liderança de Vladimir Putin, o peso da Igreja Ortodoxa Russa foi reforçado e a instituição aproximou-se gradualmente do poder político, tornando-se numa ferramenta útil a Putin na sua busca pela recuperação do império perdido.

O Presidente russo encontrou na narrativa da Igreja Ortodoxa Russa um argumentário adequado à justificação das suas pretensões militares e territoriais — e encontrou no Patriarca Cirilo I um parceiro à altura.

Tal como Putin tem procurado enquadrar a sua política externa como uma de defesa da integridade russa contra o expansionismo militar do Ocidente que ameaça a sua sobrevivência, também Cirilo I tem usado uma versão religiosa do mesmo discurso, classificando o embate entre a Rússia e o Ocidente como uma luta do bem contra o mal.

Este posicionamento não é novo. No mesmo artigo de 2009, o historiador americano David Satter lembrava como já em 2006, antes de ser eleito Patriarca de Moscovo, o então metropolita Cirilo já falava publicamente contra o Ocidente, afirmando que as democracias ocidentais agiam como “ditaduras” na imposição de direitos como a homossexualidade ou a eutanásia, contrários à doutrina ortodoxa. O agora Patriarca voltaria a este tema já depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, num sermão dominical em Moscovo no início de março: “As paradas do orgulho gay são concebidas para demonstrar que o pecado é uma variação do comportamento humano. É por isso que, para se juntar ao clube desses países [ocidentais], é preciso ter uma parada do orgulho gay.”

Cirilo I afirmava mesmo que este era um argumento que justificava a operação militar russa na Ucrânia. “Há oito anos que tem havido tentativas de destruir o que existe em Donbass. Em Donbass há uma rejeição, uma rejeição fundamental, dos chamados valores que são oferecidos por aqueles que alegam deter o poder mundial.”

Com uma enorme influência espiritual sobre os cerca de 90 milhões de fiéis (cerca de dois terços da população do país), a Igreja Ortodoxa Russa tornou-se numa peça-chave para a difusão da narrativa de Vladimir Putin junto da população russa. Ao classificar insistentemente o Ocidente como um sinal do demónio que tem de ser duramente combatido pelos esforços sagrados de uma Rússia apostada em defender os valores tradicionais, Cirilo I usa os seus sermões para criar na população russa a ideia de que a guerra na Ucrânia é um ato de Deus em defesa do bem contra o mal — e leva os seus padres e bispos a fazer o mesmo.

A 6 de março deste ano, quando a Rússia já tinha invadido a Ucrânia e aberto as portas à guerra na Europa, o Patriarca Cirilo I falou em Moscovo sobre o lugar ocupado por esta guerra num plano mais alargado. “Entrámos numa luta que tem um significado não físico, mas metafísico”, disse o líder ortodoxo russo.

A crise Rússia-Ucrânia também se joga nas igrejas. Pode a intervenção do Papa ajudar?

“Hoje há um teste à lealdade a esta nova ordem mundial, uma espécie de passaporte para esse mundo ‘feliz’, um mundo de consumo excessivo, o mundo da falsa ‘liberdade’. Sabem que teste é este? É um teste muito simples e ao mesmo tempo terrível — a parada gay”, continuou, sugerindo que o povo de Donbass estava a sofrer a fúria do Ocidente por recusar a realização de paradas gay e que a Rússia tinha de libertar aquelas populações. Cinco anos antes, em 2017, Cirilo I tinha ido mais longe e comparado as leis dos países europeus que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo com as leis “imorais” da Alemanha nazi.

Este foco de Cirilo I nos valores tradicionais da família e da moral cristã foi instrumental para que Putin se aproximasse da Igreja Ortodoxa e consolidasse a ideia de uma Igreja nacional, em que os valores da pátria e da religião se confundem — e em que a defesa de uma é a defesa da outra. Basta olhar para o que têm sido as decisões políticas de Putin nestas matérias, proibindo a “propaganda das relações sexuais não-tradicionais”, formalizando a proibição dos casamentos homossexuais ou até descriminalizando a violência doméstica.

O “acólito de Putin”

O discurso de Cirilo I não é novo, mas intensificou-se desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. O Patriarca de Moscovo tem-se multiplicado em elogios à ofensiva militar russa e aos soldados de Moscovo, tendo inclusivamente presidido a celebrações de bênção dos militares, onde apelou a que a inspiração divina descesse sobre os “jovens soldados que fazem o juramento e embarcam no caminho da defesa da pátria”. Dentro da própria Igreja Ortodoxa Russa, este posicionamento a favor da guerra na Ucrânia já está a causar desconforto: em março, quase 200 clérigos ortodoxos publicaram uma carta aberta pedindo a Cirilo I que se pronunciasse publicamente contra a guerra na Ucrânia.

No plano internacional, Cirilo I chegou a ser equacionado como um interlocutor de excelência para uma possível mediação bem sucedida do conflito. Por um lado, é um dos aliados mais poderosos de Putin — e um dos homens com maior influência sobre o Presidente russo. Mas, por outro lado, Cirilo I vinha desde a sua eleição em 2009 a trilhar um caminho de aproximação ao Vaticano, com quem os ortodoxos estão de costas voltadas desde o século XI.

Em 2016, por exemplo, o Patriarca Cirilo I e o Papa Francisco reuniram-se no aeroporto de Havana, em Cuba, naquela que foi a primeira vez que um Patriarca de Moscovo e um Papa católico se encontraram (no que toca ao diálogo ecuménico, Moscovo era até então o patriarcado ortodoxo mais reticente em estabelecer o contacto com Roma). Desse encontro nasceu uma relação de maior proximidade entre Roma e Moscovo, entretanto confirmada por encontros de nível mais baixo entre outras figuras das hierarquias católica e ortodoxa.

Rencontre du pape François et du patriarche orthodoxe Kirill - Cuba

O Papa Francisco e o Patriarca Cirilo I reuniram-se em Cuba em 2016

Gamma-Rapho via Getty Images

Mesmo quando, em 2018, o mundo ortodoxo entrou em cisma, a relação entre Cirilo I e Francisco manteve-se à tona de água. Na altura, a decisão do Patriarca de Constantinopla, o primus inter pares dos ortodoxos, de reconhecer a independência de uma Igreja Ortodoxa Ucraniana (deixando de aceitar a soberania religiosa de Moscovo sobre aquele território) levou o Patriarca de Moscovo a romper as ligações com Constantinopla, partindo o universo ortodoxo em dois. Ainda assim, Roma e Moscovo continuaram a comunicar — e, quando estalou a guerra na Ucrânia, foi até colocada em cima da mesa a possibilidade de uma intervenção diplomática do Papa Francisco junto de Cirilo I poder contribuir para serenar a crise.

Mas Cirilo I recusou intervir em nome da paz, continuando a posicionar-se incondicionalmente do lado de Vladimir Putin. Nos últimos dias, as relações entre Francisco e Cirilo I parecem ter azedado de vez.

No centro da discórdia está o modo como ambos os líderes religiosos retrataram o que aconteceu durante o seu segundo encontro, que decorreu em março através de videoconferência e que levaria à mais recente troca de argumentos em público. Na altura, Moscovo e Vaticano tinham divulgado dois comunicados com as suas versões do diálogo.

“A conversa incluiu uma discussão detalhada da situação em solo ucraniano. Foi dada atenção especial aos aspetos humanitários da atual crise e às ações da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Católica Romana para ultrapassar as suas consequências”, lia-se no comunicado do Patriarcado de Moscovo. “As duas partes sublinharam a importância primordial do atual processo de negociação, expressando a esperança de que uma paz justa possa ser alcançada o mais rapidamente possível.”

Segundo o comunicado do Vaticano, os dois líderes concordaram que “a Igreja não deve usar a linguagem da política, mas a linguagem de Jesus” — e discutiram “o papel dos cristãos e dos seus pastores para fazerem todos os possíveis para garantir que a paz prevalece”. O Papa Francisco disse a Cirilo que ambos teriam de assumir o seu papel como líderes cristãos e acrescentou: “Houve um tempo, até nas nossas Igrejas, em que as pessoas falavam de guerra santa ou guerra justa. Hoje, não podemos falar assim. Foi desenvolvida uma noção cristã da importância da paz.”

Patriarca de Moscovo ataca Papa Francisco, que lhe chamou “acólito de Putin”

Mais recentemente, porém, o Papa Francisco deu uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera na qual descreveu num tom mais duro a conversa com Cirilo I. Segundo Francisco, os primeiros 20 minutos da conversa foram passados por Cirilo I a dar “justificações” para a guerra na Ucrânia. O Papa considerou ainda que “o Patriarca não se pode considerar no acólito de Putin” — palavras que caíram mal em Moscovo.

Num comunicado publicado esta semana, o Patriarcado de Moscovo considerou “lamentável que um mês e meio depois da conversa com o Patriarca Cirilo, o Papa Francisco tenha escolhido um tom errado para relatar esta conversa”. E acrescentou: “Declarações destas dificilmente contribuem para que se estabeleça um diálogo construtivo entre as Igrejas Católica Romana e Ortodoxa Russa, que é particularmente necessário neste momento.”

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