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"Pedro Nuno Santos, até se distanciar, é um deputado de uma maioria que empobrece o País"

Dirigente do BE diz que o principal adversário do partido é a maioria do PS. Recusa cenarizar um PS liderado por Pedro Nuno Santos e diz que Mortágua tem muitos adversários "pelas razões certas".

O dirigente nacional do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, rejeita que haja menos espaço para os críticos internos do partido e diz que ninguém compreenderia que a direção do BE não se voltasse a submeter a votos depois da derrota de 2022.

Em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, o dirigente bloquista diz que o principal adversário do Bloco de Esquerda é “a maioria do PS” de António Costa e diz que o PCP “há muito tempo que, em vários temas centrais”, percorre “o mesmo caminho” que o BE, mas “em bicicletas diferentes”.

Fabian Figueiredo, que é um dos subscritores da moção A, que apresenta Mariana Mortágua como candidata, faz rasgados elogios à deputada bloquista, que considera ser “a pessoa certa na hora certa para encabeçar essa alternativa.”

[Ouça aqui o programa Vichyssoise desta semana na íntegra:]

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Lula doce, o fantasma Passos e a culpa do La Féria

Como é que Mariana Mortágua, que tal como o Fabian Figueiredo faz parte da mesma direção que teve um ciclo eleitoral muito mau, pode dar a volta à situação do Bloco?
A Mariana apresentou esta semana a proposta da moção A, que é subscrita por mais de 1300 militantes do Bloco de Esquerda. Nós estamos a entrar num novo ciclo político que é marcado pela degradação da maioria absoluta do Partido Socialista, com crescendo das mobilizações sociais, em que se nota as insuficiências das opções orçamentais tomadas pelo PS, portanto a situação é nova e há novos desafios para o Bloco de Esquerda. E o grande desafio do Bloco de Esquerda é ser o porta-voz do país que não aceita pagar mais uma crise, que não acha que seja tolerável as pessoas que vivem do rendimento do seu trabalho ou que trabalharam toda a vida empobrecem, enquanto os grupos económicos maioritários deste país registam lucros extraordinários. É esse o grande desafio do BE e creio que a Mariana é a pessoa certa na hora certa para encabeçar essa alternativa.

Não é mau sinal não se ler nada na moção sobre balanços do mandato passado? Não é importante refletir sobre o que falhou?
O Bloco fez um longo e maturado processo de reflexão sobre os vários ciclos eleitorais. Vários deles deram lugar certamente a notícias do Observador, que esteve presente na conferência nacional que o BE organizou só para analisar as eleições e ver como saí delas. Fez um percurso de assembleias distritais e concelhias. Tivemos um grande debate sobre o debate eleitoral que sofremos nas últimas eleições legislativas. Como é hábito, no Bloco essa reflexão não fica dentro de muros. Nós partilhamo-la com os simpatizantes e as pessoas que acompanham a intervenção política do BE. Esta é uma moção que aponta caminhos para futuro porque é uma moção que visa delinear as opções táticas e estratégicas que o Bloco de Esquerda deve fazer nos próximos dois anos: como se constrói a alternativa social à maioria absoluta, como é que combatemos uma direita em radicalização, qual é a análise que o BE faz da situação nacional e europeia, como se apresenta a eleições europeias, como é que prepara melhor eleições autárquicas. Esse é o grande desafio desta eleição.

Quando dizemos que houve um ciclo eleitoral muito mau não foi só as últimas eleições, foi também as presidenciais, as autárquicas. Não há nenhuma mudança estrutural que deva acontecer? É tudo uma questão de conjuntura política? Os ventos políticos são novos e só isso basta para o BE dar a volta aos resultados?
Eu não sou meteorólogo. Não sou do IPMA. Não sei como ler os ventos. O que posso dizer é que Mariana Mortágua imprimirá o seu próprio estilo de liderança de comunicação ao Bloco de Esquerda, herda uma liderança fortíssima de Catarina Martins, que teve mais de 10 anos de coordenação à frente do Bloco de Esquerda, a Mariana tem o desafio de ser porta-voz de alternativa política que o Bloco protagoniza. Como é evidente que as direções no Bloco são coletivas, agora creio que ninguém perceberá, se me permite a piada, se a seguir a uma derrota eleitoral todos os 80 dirigentes da direção nacional não se apresentassem novamente a dirigir o partido.

E que estilo é esse de Mariana Mortágua que dizia que é muito próprio?
A Mariana é reconhecida por uma pessoa que se prepara muito bem, conhece muito bem os dossiers, conhece muito bem o País, tanto as zonas urbanas como as zonas rurais, tem adversários muito fortes por razões certas. Foi uma voz que se levantou sempre contra a impunidade financeira deste país, por uma economia que dignificasse quem vive dos rendimentos do seu trabalho. Portanto, a Mariana é a melhor pessoa que se podia ter apresentado para coordenar o Bloco de Esquerda.

"O Governo só surpreendeu quem infelizmente foi enganado pelos truques que António Costa apresentou ao país para ganhar a maioria absoluta"

E tendo em conta os setores que a consideram radical e os anticorpos que tem fora do Bloco, não trazem risco para a escolha?
O Ricardo Salgado nunca votou no Bloco de Esquerda, não votará e creio que Moniz da Maia também nunca votou e não votará. Jardim Gonçalves também não. Portanto, a lista de pessoas que viveram sempre acima das nossas possibilidades não consta na lista de votantes do Bloco de Esquerda.

Mas o Bloco perdeu 14 deputados nas últimas eleições, certamente precisará de crescer e não será dependente do voto de Ricardo Salgado.
Os sinais que existem é que Bloco está a recuperar espaço político e social. Vários indicadores mostram o crescendo…

Sondagens?
Sondagens, barómetros, filiações no Bloco de Esquerda, o ânimo que sentimos entre a militância, o ativismo social a crescer.

Graças aos erros do Governo?
O Governo só surpreendeu quem infelizmente foi enganado pelos truques que António Costa apresentou ao país para ganhar a maioria absoluta. Onde é que já vai o Orçamento mais à esquerda de sempre. O Governo optou por uma política de empobrecimento generalizado, assente em vários truques, na governação da coisa pública, que deixa muito a desejar em medidas de transparência. Portanto, o Governo tem cometido todos os erros que alguém pode cometer, sobretudo quando se apresenta como alguém que quer governar à esquerda. Quem hoje empobrece são as pessoas comuns, quem enriquece é quem sempre ocupou lugares de privilégio na sociedade portuguesa e combina isso com uma gestão atrapalhada da Respública.

E já passou tempo suficiente para o Bloco se distanciar disso? É que o Bloco apoiou um Governo socialista, até dois Governos do PS, que tomaram algumas dessas medidas que agora o Bloco verifica que contribuíram para o empobrecimento do país.
O Bloco fez parte de uma maioria parlamentar em 2015, que derrotou a direita, que abriu um horizonte de esperança, de recuperação, de rendimentos das pessoas, que ficaram com mais salário, mais pensão, mais direitos sociais. O que nós temos hoje é o inverso: não há um horizonte de esperança. Há greves nos transportes, na escola pública, mobilizações sociais em nome de uma vida justa, há inflação que corrói os salários e as pensões. A situação social é completamente diferente. O Bloco nunca fez parte de uma maioria social que canibalizasse salários e pensões, como está a acontecer agora.

"O adversário do BE é a maioria absoluta do PS. O PCP não é um adversário do Bloco de Esquerda, apesar de haver pontos de divergência"

E é uma maioria social que o Bloco pretende também capitalizar na rua? Nesta primeira intervenção, Mariana Mortágua já disse que o partido não prevê ficar sossegado ou dar sossego. No entanto, na moção o BE também admite que a taxa de sindicalização é baixa e até decrescente: como vão fazer esse equilíbrio quando a taxa de sindicalização é baixa?
São coisas diferentes. O Parlamento está trancado por uma maioria absoluta que funciona como rolo compressor. Por isso, muito dificilmente, se o PS insistir nesta política de empobrecimento, sairá da Assembleia da República uma alternativa que recupere salários e pensões, que resolva o problema da habitação. Por isso, é a mobilização social que tem que abrir a alternativa política pelo país. Eu valorizo muito o conjunto de cidadãos e cidadãs que se têm juntado, muitas delas pela primeira vez, para construir uma manifestação pelo direito à habitação no dia 1 de Abril.

Nesse espaço, o PCP acaba por ser o principal adversário do BE?
O adversário do BE é a maioria absoluta do PS. O PCP não é um adversário do Bloco de Esquerda, apesar de haver pontos de divergência.

Mas disputam eleitorado.
O Bloco e o PCP há muito tempo que, em vários temas centrais, percorrem o mesmo caminho em bicicletas diferentes. É assim desde a fundação do Bloco de Esquerda e continuará a ser assim certamente nos próximos dois anos.

Nessa moção falam numa convergência de setores da esquerda mas dizem que há conhecidas diferenças, por exemplo nas “práticas que prejudicam o desenvolvimento dos movimentos sociais, em particular o sindical”. Estão a falar de quê exatamente?
Olhamos com muita preocupação o crescimento da dessindicalização de quem trabalha em Portugal. Esse é um problema. A esquerda tem obrigação, pela sua ligação ao mundo do trabalho, de encontrar novas formas de representatividade social, de articular setores que estão de costas voltadas.

Mas é o PCP que está a afastar os trabalhadores dos sindicatos?
Há estruturas sindicais com proximidades partidárias e outras não. Mas o problema é mais vasto e não pode ser atribuído a um só partido. Há um modelo de representatividade sindical que tem de ser repensado.

Vocês têm mão no S.T.O.P.?
Quem tem mão no S.T.O.P. são os sindicalizados e os professores.

Mas não têm uma ligação direta ao S.T.O.P?
A ligação que o Bloco de Esquerda tem ao S.T.O.P. é de participação nas mobilizações conjuntas em que nós estamos de acordo. É essa a natureza da nossa ligação.

Mas vê o S.T.O.P. como uma forma de suprir algumas das lacunas que estava a identificar no sindicalismo tradicional?
Há várias formúlas de mobilização social que trouxeram no passar dos últimos anos milhares de pessoas para a rua e que souberam representar muito mais do que as pessoas que a constituíam. Ontem fez 10 anos a manifestação do ‘Que se lixe a troika’ , que trouxe milhares de pessoas deste país contra a política de destruição da direita. E foi uma fórmula que soube representar muita gente. Nós, nestes tempos, temos de encontrar essas fórmulas, como creio que a Vida Justa tem tentado e outros movimentos pelo direito à habitação que dia 1 de abril sairão à rua, mas também estruturas sindicais que consigam recuperar uma horizontalidade de decisão, que consigam ter maior proximidade aos postos de trabalho, isso é um desafio da democracia portuguesa.

A questão de serem necessárias mais assinaturas para que um grupo de militantes apresente uma moção, num partido que defende tanto as minorias e os direitos das minorias e teve sempre uma grande efervescência interna, com movimentos como o Rutura ou a Lista R que davam pluralidade ao BE, não acaba por ser incoerente a linha maioritária impor mais assinaturas para apresentar uma moção?
A efervescência do Bloco de Esquerda continuará e tem passado pelo auditório da rádio Observador e é assim que deve ser nos partidos democráticos e é assim que nos sentimos bem. O Bloco fez um debate interno e o próprio Observador escreveu que a dita oposição interna participou nessa reflexão e que no passado sugeriram que as regras fossem alteradas para fazer distinção entre plataformas e moções. E foi isso que fizemos. A moção que a Convergência dinamiza foi subscrita por muitos militantes acima do limite mínimo e há várias plataformas locais que estão a ser construídas e que se expressarão democraticamente na Convenção.

Do ponto de vista da lógica mediática, quando se organiza um congresso os candidatos às liderança que são os primeiros subscritores ou promotores das moções têm mais atenção mediática e, se houvesse outra moções, várias pessoas podiam ser ouvidas nesse palco maior. Assim reduz a dois, porque há menos possibilidade desses movimentos aparecerem…
Não reduz a dois. Até agora só conheço uma candidata a coordenadora que é Mariana Mortágua e a outra moção não apresenta nenhum candidato a coordenador, ou ainda vai anunciar. Cada um faz as suas opções. Agora, na própria Convenção, as plataformas têm espaço de intervenção própria, têm tempo reservado para intervir no debate das moções políticas. A única diferença é que, não sendo moções, não apresentam listas à direção e não participam na sessão de abertura e de encerramento do debate de moções.

Como interpreta essa opção de a única lista crítica da atual direção não apresentar uma cara para porta-voz?
Faz parte da liberdade de associação que sempre existiu no BE de as pessoas proporem as formas de representação pública mais diversas que o BE deve ter. Foi assim que me habituei sempre a estar no BE.

Não convinha a quem vai escolher saber com quem conta?
Haverá interlocutores mais qualificados para responder a essa pergunta. Eu represento a moção A e em nome dela que tenho mandato para falar e não de outras que apresentam outras alternativas.

Como é que o BE evita que se repita o cenário desta campanha em que o PS agitou o papão do Chega e voltou a pôr os eleitores de esquerda entre a espada e a parede?
Quem tenta construir barragens como base numa ideia de mal menor, a curto e médio prazo terá de lidar com uma explosão à direita que será de gestão muito difícil. As pessoas à esquerda que votaram no PS por causa do papão da direita, estarão certamente arrependidas. O papel da esquerda é construir um projeto político alternativo que suplante a ideia de mal menor. Ele está a correr muito mal em França e não creio que em Portugal se deva repetir o mesmo cenário.

Já teve muitas pessoas a dizer-lhe que estão arrependidas por não terem votado no BE?
Tive pessoas que se filiaram no BE depois da noite das legislativas e muitas delas hoje estão arrependidas por o PS ter tido maioria absoluta. Nota-se a diferença que é quando o BE tem capacidade de intervenção política, quando a agenda política da esquerda influencia a agenda governativa do país e quando é o PS com maioria absoluta. Significa tapete estendido para a especulação imobiliária, salários e pensões a pagar a crise e uma defesa férrea dos lucros extraordinários.

Já deu para perceber que tem saudades da geringonça…
Não foi isso que eu disse… isso é uma interpretação sua… o que o BE tem saudades é de ver um horizonte de esperança em Portugal e que salários se valorizarem.

Mariana Mortágua já disse, em entrevista ao Público e à Renascença, que não exclui acordos à esquerda. Se o PS vier a ser liderado por Pedro Nuno Santos, será mais fácil isso acontecer?
Não sei quem vai liderar o PS no futuro. O BE confronta-se com o PS liderado por António Costa e por uma maioria absoluta a que faz oposição. Não me peça para fazer cenário que ninguém sabe se vão acontecer ou não.

No PS não há quem duvide… é o partido que está mais qualificado para saber…
Sobre a vida interna do BE poderei dar respostas qualificadas.

Não quer falar sobre o futuro…
Podem fazer todas as perguntas sobre o futuro mas o futuro que eu tenho capacidade de influenciar ou sobre qual posso dar cenário plausível. Não voto nas eleições internas do PS.

Pedro Nuno Santos disse que Mariana Mortágua vai dar “contributo inestimável ao futuro da esquerda portuguesa”. O BE também acha que Pedro Nuno dará esse contributo?Subscrevo essa afirmação de Pedro Nuno Santos.

Mas há relação facilitada com este socialista em particular?
Pedro Nuno Santos neste momento é deputado com mandato suspenso, caberá a ele distanciar-se e mostrar se quer diferenciar-se da maioria absoluta do PS. Até lá, como os restantes deputados, faz parte de uma maioria absoluta que tem feito empobrecer o país.

Vêm aí eleições Europeias, Catarina Martins seria uma boa opção para encabeçar a lista?
É precipitado falar sobre isso. O que posso dizer sobre a Catarina Martins é que deverá continuar a travar os combates todos que a esquerda tem pela frente da forma que ela entender que possa dar o melhor contributo.

O BE tem feito várias críticas à reforma da habitação proposta pelo Governo. O que foi apresentado é melhor do que não fazer nada?
O que foi apresentado fica muito aquém do que é preciso fazer

Nos quatro anos em que o BE deu apoio parlamentar ao PS não conseguiu melhor…
O BE conseguiu uma lei de bases da habitação, que devia ter ido mais longe. Conseguiu rever a lei do arrendamento, impor algumas medidas de apoio durante a pandemia. Mas o que é preciso fazer no mercado do imobiliário fica muito aquém de tudo o que já foi feito. Hoje em dia só com 34 anos a maioria dos jovens começa a sair da casa dos pais. Isto é impensável. A geração dos nossos país, entre os 18 e os 20 anos, estava a emancipar-se. A nossa geração está confrontada com a realidade de ter de ficar a viver na casa dos pais ou, ficar até aos 40, continuar a arrendar um T3 ou um T4 com amigos. Isto não é futuro, chegámos a uma situação-limite, por isso precisamos de medidas corajosas. Este pacote do Governo, descontando a vozearia que promoveu à volta de medidas que não têm nenhuma eficácia, não vai ao cerne da questão que é baixar o custo da habitação, no arrendamento e no crédito à habitação.

Agora a parte do Carne ou Peixe, onde tem de escolher uma de duas opções. Preferia que Loures tivesse André Ventura como presidente da câmara ou o país voltasse a ter Passos Coelho como primeiro-ministro?
André Ventura e Passos Coelho fizeram parte do mesmo grupo em Loures, felizmente não estamos confrontados com essa realidade.

Preferia ser ministro, indicado pelo Bloco, num governo de coligação liderado por Pedro Nuno Santos ou Paulo Raimundo?
Seja tanto um governo como um outro, se tiver um programa político com o qual o BE se possa identificar, o que importa são as intenções desse Governo, mais do que quem o lidera.

Se só pudesse ter um lugar livre na direção do Bloco: Boaventura Sousa Santos (foi seu professor em Coimbra) ou Pedro Soares?
Creio que Boaventura Sousa Santos teve um percurso estimável, foi meu professor, é um importante intelectual da esquerda portuguesa, o Pedro Soares se quiser fazer parte da direção do BE apresentar-se-á como candidato e certamente será eleito.

Se tivesse de organizar uma sessão do candidato do BE às Europeias no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, preferia que fosse Rui Tavares ou Joana Amaral Dias?
Ambos foram candidatos do BE, optaram por deixar de o ser, estão na sua liberdade. É muito improvável os dois apresentarem-se no mesmo sítio ou qualquer um deles voltar a ser candidato pelo BE.

 
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