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Pleez
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A Pleez conta atualmente com uma equipa composta por 37 trabalhadores

Direitos Reservados

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Pleez. A startup que começou numa viagem ao México quer ajudar restaurantes a vender mais nas plataformas sem pedir 'por favor'

Começou com uma solução de menu digital. Agora, quer otimizar as vendas dos restaurantes em plataformas de entregas. A história da startup Pleez, entre uma viagem ao México e planos para investimento.

Licenciou-se em medicina, mas nunca exerceu. Nos seis anos em que estudou para concluir o curso, Afonso Pinheiro já pensava em criar a sua própria empresa. Aliás, no secundário, quando teve de escolher a área que queria seguir no ensino superior, estava “bastante indeciso entre ir para gestão ou para medicina”, mas sabia que “se fosse para medicina poderia ser gestor” enquanto o contrário não seria possível.

Após o fim da licenciatura, Afonso Pinheiro trabalhou alguns anos por conta de outrem, até que uma viagem ao México, onde foi confrontado com elevados tempos de espera em restaurantes, fez com que começasse a ficar “entusiasmado com o setor da restauração”, uma vez que se apercebeu da “falta de otimização” existente. Foi quando surgiu a ideia de criar a Pleez, empresa de que é CEO e que se lançou no mercado em pleno pico da pandemia.

Quando apareceu, a startup disponibilizava aos restaurantes uma solução que, através de um QR Code, permitia que os clientes explorassem o menu, pedissem a refeição e pagassem a partir do próprio telemóvel, sem terem de chamar um funcionário. O empresário afirma que a possibilidade de ver a ementa em formato digital era a que mais interessava às pessoas, ainda que também tivesse vantagens para os negócios. Até porque, diz, há aí “um certo dinamismo”, que se reflete na possibilidade de alterar a carta ao minuto. Por exemplo, “se não tenho camarão, tiro todos os pratos de camarão do menu naquele momento” e essas opções deixam de ser apresentadas aos consumidores.

Atualmente, esse já não é o negócio da Pleez, que decidiu no último ano e meio apostar noutro serviço. Para alavancar as novas metas, a empresa  — que se prepara para mudar de escritório em Lisboa até ao final do ano, algo percetível pelas caixas presentes num canto da sala onde falou com o Observador — prepara uma próxima ronda de investimento na ‘casa’ dos sete dígitos.

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Afonso Pinheiro_CEO Pleez
"Com base nos dados que nós recebemos dos restaurantes damos recomendações do que podem fazer para melhorar."
Afonso Pinheiro, cofundador e CEO da Pleez

De “please” à Pleez,  por terras de Sua Majestade

Foi o “please”, o “por favor” utilizado pelos clientes ao fazerem um pedido num restaurante, que serviu de inspiração para o nome da startup. Se a denominação da empresa não mudou desde que foi criada, o mesmo não acontece com o serviço que oferece. Há cerca de um ano e meio passou a dedicar-se em exclusivo a um algoritmo, que pretende ajudar os restaurantes a otimizar a presença e as vendas nas plataformas de entregas.

A solução tecnológica, que foi desenvolvida pela startup, compila, cruza, compara, analisa e processa informação proveniente, em tempo real, de plataformas como Uber Eats, Bolt Food e Glovo. Desta forma, num dashboard, os restaurantes têm acesso, quase ao minuto, a dados sobre vendas, preços praticados pelos concorrentes e promoções que aqueles têm ativas.

Com base nos dados que nós recebemos dos restaurantes damos recomendações do que podem fazer para melhorar”, afirma Afonso Pinheiro, enquanto mostra que os restaurantes conseguem selecionar quais são os seus concorrentes e “automaticamente têm os preços todos” que são praticados.

Para terem acesso ao dashboard, os restaurantes podem optar por um plano gratuito, que é mais limitado e que apenas apresenta “tendências de mercado”; pelo Standard, que tem um custo de 24,90€/mês e que não lhes permite ter um gestor de conta; ou pelo Pleezium, que custa 59,90€/mês e que dá acesso a “tudo”, incluindo a um gestor “específico para os ajudar”. Este último modelo de subscrição, o mais caro, é, segundo o CEO, usado por “98%” dos clientes da Pleez. As subscrições funcionam “por restaurante, por plataforma”. Desta forma, por exemplo, um estabelecimento que trabalhe com a Uber Eats e a Globo “duplica” o valor pago.

Ainda antes de criar a Pleez, Afonso Pinheiro, que diz que sempre teve “o bichinho de empreendedor”, sabia que queria “fazer uma coisa que potencialmente pudesse ter escala global”. O objetivo continua a ser o mesmo. Por enquanto, está disponível no mercado português, espanhol e britânico. 

A entrada no Reino Unido aconteceu em setembro e, quase dois meses depois, o balanço é positivo: “É interessante ver que em seis semanas chegámos ao mesmo número de restaurantes que demorámos cerca de três, quatro meses [a alcançar] em Espanha”. As próximas prioridades passam pela chegada a França, o “segundo maior mercado” do ramo na Europa, e aos Estados Unidos, por serem “top dois mundial” em termos de vendas de delivery. “Não sei se [essa expansão] será em 2024. Eu diria que o próximo ano vai ser para consolidar os mercados onde já estamos e garantir que somos o número 1 nessas geografias.”

Pleez Dashboard

A plataforma onde a Pleez disponibiliza dados aos restaurantes

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O objetivo de chegar a 1.500 restaurantes e “garantir que o produto é cada vez mais automático”

Com clientes como o grupo Capricciosa e Aruki Sushi, num universo de mais de 400, a primeira “grande meta” que a Pleez traçou para o próximo ano é conseguir “chegar a 1.500 restaurantes no mercado ibérico e Reino Unido”. De seguida, focar-se-á em procurar “garantir que o produto [que oferece] é cada vez mais automático e com cada vez mais funcionalidades que estejam ligadas ao que os restaurantes querem”.

A empresa, que conta com uma equipa de 37 trabalhadores (quatro pessoas no Reino Unido, onde vai abrir um escritório até dezembro, 10 em Espanha e 23 em Portugal), estima que no final deste ano terá conseguido gerir cerca de 28 milhões de euros em vendas e um milhão de pedidos. O “grande objetivo” é que no próximo ano seja possível triplicar esse valores, chegando aos 100 milhões de euros em vendas e aos três milhões de pedidos.

Numa altura em que procura contratar um “gestor de conta júnior” em Espanha, após ter fechado outras 12 vagas recentemente, a Pleez começou a “preparar os planos de investimento, dos quais, potencialmente, uma ronda fará parte” e terá, em princípio, uma extensão de sete dígitos. A concretizar-se, a ronda de financiamento juntar-se-á a duas que foram fechadas no ano passado. Em abril, a startup captou 1,5 milhões de euros para se expandir para o mercado espanhol e, depois, em novembro, 2 milhões para “cimentar a sua presença no mercado ibérico”.

Startup portuguesa Pleez capta investimento de dois milhões e quer chegar às 60 pessoas

Questionado pelo Observador sobre se teme que a situação económica do país e os despedimentos que foram sendo feitos por várias tecnológicas possam afetar o angariar de financiamento, Afonso Pinheiro diz não estar “com esse medo”. “Vou ser sincero, nós começámos agora a preparação e o feedback tem sido bastante positivo (…) uma coisa de que nos orgulhamos bastante é que nunca fizemos nenhum lay-off na Pleez.”

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