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Nuno Melo na chegada ao XXIX Congresso do CDS
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Nuno Melo na chegada ao XXIX Congresso do CDS

(Rui Oliveira/Observador)

Nuno Melo na chegada ao XXIX Congresso do CDS

(Rui Oliveira/Observador)

Portismo na direção de Melo. Núncio e Telmo Correia vices, Nuno Magalhães cabeça de lista ao Conselho Nacional

A porta-voz do partido será a antiga deputada Isabel Galriça Neto. O antigo líder parlamentar Nuno Magalhães encabeça a lista de Nuno Melo ao Conselho Nacional.

Nuno Melo, cuja moção conseguiu 73% dos votos no congresso, já apresentou as listas aos órgãos nacionais, e a tendência é clara: há muitos rostos do portismo de volta. O futuro líder do CDS terá como vice-presidentes um dos artilheiros de Portas, Telmo Correia, a mulher de confiança e subsecretária de Estado de Portas na PàF, Vânia Dias da Silva e ainda o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio. O antigo vice-presidente da câmara municipal do Porto, Álvaro Castello-Branco, o médico e ex-vice-presidente do Benfica Varandas FernandesMaria Luísa Aldim, e os líderes regionais de Madeira e Açores.

Para fechar o núcleo duro, Melo chamou ainda um dos eleitos pela coligação Novos Tempos em Lisboa, Diogo Moura, e Ana Clara Birrento ex-diretora do Instituto de Segurança Social.

O cabeça da lista de Melo ao Conselho Nacional, também é outro rosto do portismo recuperado pelo eurodeputado: Nuno Magalhães, líder parlamentar durante todo o período da troika. Já a Mesa do Congresso vai para a Madeira e para o seu principal rosto durante os anos do portismo, José Manuel Rodrigues. A porta-voz escolhida por Nuno Melo é Isabel Galriça Neto.

Telmo Correia: o amigo de Melo que estava em guerra com Rodrigues dos Santos

Vice-presidente

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, usa da palavra, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, em Lisboa, 03 de junho de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

É um dos ex-líderes parlamentares com que Nuno Melo irá contar na direção do partido. Sempre foi uma das caras associadas à sucessão da linha portista. Candidatou-se à liderança do partido em 2009, tendo perdido para Ribeiro e Castro. Apesar de ser o grande favorito, a vitória escapou-lhe num Congresso que podia ter ganho de bandeja. Parlamentar experiente, foi também ministro do Turismo entre 2004 e 2005 ou vereador da Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo.

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Na vida interna mais recente do partido foi uma das vozes que publicamente mais vezes se mostrou contra a direção de Francisco Rodrigues dos Santos, contra a qual bateu de frente. Nas últimas jornadas parlamentares, organizadas por Telmo Correia, foi Nuno Melo o nome escolhido por Correia para um painel específico sobre oposição.

Perante o claro incómodo causado à direção do partido, nas mãos de Rodrigues dos Santos, Telmo Correia justificou, na altura o convite como uma “decisão pessoal”, lembrando Nuno Melo como “um amigo pelo qual tem muita estima”. Também se pegaram quando Rodrigues dos Santos criticou Telmo Correia por integrar a comissão de honra de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Aí, a guerra já era aberta entre ambos.

No Congresso que levou Rodrigues dos Santos à liderança, a moção apresentada por Nuno Melo já contava com o apoio expresso de Telmo Correia. Seria inevitável que, depois de tantos anos de trabalho em conjunto no partido não fosse um dos nomes escolhidos para apoiar a presidência de Melo.

Telmo Correia é dos melhores amigos de Nuno Melo no CDS. Não raras vezes “fizeram política” juntos. O antigo vice-presidente e antigo líder parlamentar não participou no Congresso porque está a recuperar por uma infeção com Covid-19.

Álvaro Castello-Branco: o ex-vice de Rio que alinha com Portas

Vice-presidente

Se Telmo Correia é o amigo que estava em guerra com Rodrigues dos Santos, Álvaro Castello-Branco é o terceiro elemento nessa relação. Ao lado também de Núncio somou-se, em 2020, ao apoio à moção que Nuno Melo e Telmo Correia apresentaram ao Congresso. Não foi em 2020, mas parece que ‘Direita Autêntica’ (nome da moção apresentada na altura) se vai mesmo cumprir a partir de agora. É que parte dos subscritores dessa moção integram agora as listas apresentadas por Nuno Melo.

Álvaro Castello-Branco foi, tal como Telmo Correia, uma das vozes que se levantaram — embora com menos projeção mediática — contra a direção de Rodrigues dos Santos, tendo sido um dos 25 conselheiros nacionais do partido a acusar publicamente a direção de “atropelar regras e procedimentos” em outubro último, quando não avançou com um Congresso antecipado.

Embora com vários cargos no CDS a nível nacional, é conhecido por ter sido o homem forte do aparelho no Porto — foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto (e presidente da Assembleia Municipal), coordenador nacional autárquico do partido e presidiu à comissão política distrital do Porto. Foi, aliás, com a sua saída, em 2018, que se tornaram evidentes as brechas no partido — a sucessora natural seria Cecília Meireles, que foi derrotada por Fernando Barbosa, apoiante de Francisco Rodrigues dos Santos.

No Parlamento, foi deputado em quatro legislaturas onde integrou comissões desde a Defesa Nacional à Parlamentar de Inquério à Tragédia de Camarate.

Castello-Branco, que integrou a comissão executiva do CDS quando Paulo Portas era líder, também não surpreendeu quando no Conselho Nacional de 2021 — onde Adolfo Mesquita Nunes desafiou Rodrigues dos Santos —  confirmou publicamente o apoio a Mesquita Nunes.

Paulo Núncio: O homem do fisco durante a troika

Vice-presidente

Ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Nuncio ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa esta tarde na Assembleia da República em Lisboa, 17 de maio de 2017. MIGUEL A. LOPES/LUSA

MIGUEL A. LOPES/LUSA

É um dos nomes do CDS que contam com experiência governativa – embora não é isenta de polémica. Paulo Núncio foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no Governo de Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015. Mas em 2017, com a notícia do “apagão” de informação sobre transferências de dinheiro para offshores, assumiu a responsabilidade política e deixou as suas funções na comissão política do CDS, apesar de um relatório da Inspeção Geral das Finanças o ter ilibado de culpas. É advogado e voltou à profissão quando saiu do Governo. Fez parte da equipa do CDS-PP que esteve reunida com a troika para negociar o programa de ajuda externa a Portugal.

Vânia Dias da Silva: a mulher de confiança de Portas

Vice-presidente

Vânia Dias da Silva tem um percurso político indissociável de Paulo Portas, de quem foi subsecretária de Estado Adjunta durante o Governo PSD-CDS. Ocupou o cargo tanto no Ministério dos Negócios Estrangeiros, como quando Portas foi para vice-primeiro-ministro, sendo uma mulher da confiança do antigo líder do CDS. No partido, foi dirigente em várias estruturas locais e distritais no CDS no Porto e chegou a ser autarca na junta de freguesia de Massarelos. Foi ainda assessora do vereador do CDS, Manuel Pimentel na Câmara do Porto, no segundo mandato de Rui Rio à frente da autarquia portuense.

Vânia Dias da Silva chegou a ameaçar abandonar o partido quando António Pires de Lima e Adolfo Mesquita Nunes o fizeram em protesto por Francisco Rodrigues dos Santos se recusar ir a votos antes das eleições legislativas. Passa de quase desfiliada, a vice-presidente. Onde está Vânia Dias da Silva, já se sabe, está Paulo Portas.

É jurista, vimaranense e foi eleita pelo círculo de Braga em 2015. Ficou no Parlamento até 2018, mas acabou por sair. O líder já não era Paulo Portas, era Assunção Cristas.

Maria Luís Aldim: uma “Cecília Meireles” de Lisboa

Vice-presidente

Melo prometeu neste congresso trazer o resto das “Cecílias Meireles” do CDS, que não têm destaque na linha da frente do partido porque ainda não lhes foi dada essa oportunidade, para os principais órgãos do partido. E este pode ser um esforço nesse sentido. Maria Luísa Aldim, gestora que trabalha em startups financeiras, não é conhecida fora do partido; no entanto, no seu currículo conta com vários mandatos como deputada municipal em Lisboa, uma candidatura à junta de freguesia do Areeiro e o cargo de vice-presidente do CDS/Lisboa. Além dos cargos locais, tem assento no Conselho Nacional do partido. No ano passado, quando Nuno Melo quis ir a votos contra Francisco Rodrigues dos Santos – intenção travada pelo Conselho Nacional, mais afeto ao líder cessante – manifestou claramente o seu apoio a Melo, num artigo de opinião publicado no semanário Novo. No mesmo texto, acusava a direção de Rodrigues dos Santos de “fugir ao confronto democrático” e “optar por enfraquecer o partido, ao adiar e cristalizar a decisão dos militantes”. Agora, o apoio a Melo traduz-se num lugar na cúpula do CDS.

Varandas Fernandes: O benfiquista envolvido em polémica com André Ventura

Vice-presidente

Varandas Fernandes (esq) e Luís Filipe Vieira em 2018

João Girão / Global Imagens

Varandas Fernandes, médico, ex-vice-presidente do Benfica onde chegou em 2012 depois de em 2009 juntamente com José Veiga, Rui Rangel e Fernandes Tavares, ter sido um dos rostos mais visíveis do movimento ‘Benfica vencer, vencer’, em oposição ao então presidente Luís Filipe Vieira. A oposição, no entanto, haveria de ficar-se por aí e desde então Varandas Fernandes foi vice-presidente de Vieira tendo defendido o dirigente encarnado até no momento da despedida.

Com experiência também em gestão hospitalar, durante vários anos Varandas Fernandes foi um dos destacados membros do gabinete de estudos do CDS para a área da Saúde. Em 2017 viu-se envolvido numa polémica relacionada com o, à data, candidato apoiado pelo PSD à câmara de Loures: André Ventura. Varandas Fernandes era presidente da comissão de honra de André Ventura, mas abandonou o cargo depois das declarações de Ventura sobre ciganos em duas entrevistas.

Diogo Moura: o vice-presidente que é trunfo autárquico em Lisboa

Vice-presidente

Foi uma das grandes vitórias aclamadas por Francisco Rodrigues dos Santos, a conquista da autarquia lisboeta através da coligação PSD-CDS, mas isso não significa que o vereador Diogo Moura fosse sequer apoiante da direção do partido. Os Novos Tempos instalaram-se nos Paços do Concelho de Lisboa e Moura ficou com as pastas da Cultura, Educação e Economia, mas continuou a dar voz às críticas a Rodrigues dos Santos.

Presidente da concelhia de Lisboa, em 2017 assumiu a liderança da bancada do CDS na Assembleia Municipal de Lisboa depois dos bons resultados conquistados por Assunção Cristas nas autárquicas desse ano. Não terá dificuldade em articular-se com Maria Luísa Aldim, com quem trabalhou na Assembleia Municipal.

Ana Clara Birrento: de ‘desconhecida’ lançada por Portas às europeias de 2014 a vice-presidente de Melo em 2022

Vice-presidente

Quando Paulo Portas escolheu esta professora universitária de Évora para integrar as listas às europeias de 2014, a surpresa foi tal que o então presidente do CDS veio várias vezes a público justificar a escolha. A “social cristã” que Portas considerava ser um “testemunho” da área política do CDS-PP acabou por ficar mesmo fora da eleição (era a oitava na lista, a coligação conseguiu eleger os primeiros sete).

Apesar de fora do partido não ser conhecida, Birrento é dirigente do CDS de longa data. Foi escolhida por Pedro Mota Soares para presidir ao Instituto de Segurança Social, onde chegou depois de quatro anos como diretora do centro distrital da Segurança Social de Setúbal, mas esteve menos de um ano em funções com a mudança de mãos do governo.

Nuno Magalhães: o homem que segurou a bancada dos tempos da troika

Primeiro da lista ao CN

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Nuno Magalhães era o braço de Paulo Portas no Parlamento durante todo o período da troika. Foi ele o líder parlamentar, responsável pelas negociações em maioria com o PS, durante toda a governação do Governo PSD-CDS. No Parlamento, era conhecida a sua boa relação com aquele que pode ser o próximo líder do PSD, Luís Montenegro, com quem definia a estratégia parlamentar da maioria — sempre em coordenação com Portas e Passos.

Nuno Magalhães tem também experiência governativa, tendo sido secretária de Estado da Administração Interna no Governo de Durão Barroso. Assume-se um portista, de Portas, “com orgulho”, considerando essa ligação “currículo e não cadastro”.

Quando Paulo Portas promoveu a transição suave da liderança para Assunção Cristas, Nuno Magalhães foi um dos maiores defensores de Assunção Cristas, de quem foi vice-presidente (ao lado de Nuno Melo, que assumia as funções de primeiro vice-presidente).

Saiu do Parlamento no primeiro grande desastre do partido, quando Assunção Cristas, nas Legislativas de 2019, só conseguiu eleger cinco deputados. Um dos círculos onde o CDS não elegeu foi Setúbal, onde Nuno Magalhães era o cabeça de lista.

Com a chegada de Francisco Rodrigues dos Santos, afastou-se ainda mais partido, embora não seja dos que mais criticou publicamente o líder centrista.

Isabel Galriça Neto: o rosto do partido contra a eutanásia

Porta-voz

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A nova porta-voz do partido será mais uma mulher: Isabel Galriça Neto, cara conhecida do CDS e do Parlamento, será a responsável por transmitir as posições do partido. Galriça esteve três legislaturas no Parlamento e foi o rosto das políticas de Saúde no CDS, assumindo sempre a liderança da oposição à despenalização da eutanásia. A democrata-cristã é, aliás, médica com especialização na área dos cuidados paliativos. Em Lisboa, tem assento na assembleia municipal, depois de ter sido a candidata proposta pela coligação encabeçada por Carlos Moedas (que acabou por ser liderada pelo PS).

José Manuel Rodrigues: de opositor de Jardim a líder da ALRAM

Presidente da Mesa do Congresso

Lisboa,16/02/2015- José; Manuel Rodrigues - (Paulo Spranger/ Global Imagens)

Paulo Spranger

José Manuel Rodrigues foi durante muitos o rosto do CDS na Madeira e conseguiu, por duas vezes, ser a segunda força em regionais como cabeça de lista. Os tempos como candidato e líder regional coincidiram com os mandatos de Paulo Portas à frente do CDS. Apesar de ter tido os melhores resultados centristas na região, José Manuel Rodrigues nunca conseguiu evitar uma maioria absoluta do PSD à frente do CDS/Madeira e foi sempre oposição ao jardinismo.

Em 2015, abandonou a liderança do CDS Madeira, dando lugar a António Lopes da Fonseca, que depois seria substituído por Rui Barreto, o atual líder. Apesar disso, José Manuel Rodrigues nunca deixou de ter influência no CDS/Madeira. Nas últimas regionais, o CDS perdeu votação, mas o PSD perdeu a maioria, o que permitiu ao partido ir para o Governo e negociar cargos que haviam sido sempre dominados pelo PSD.

Se o líder do CDS/Madeira, Rui Barreto, foi para o Governo Regional, a José Manuel Rodrigues foi dado um cargo de senador: presidente da Assembleia Legislativa da Madeira. É ele a segunda figura da região autónoma, logo a seguir ao presidente do Governo regional.

Nas Presidenciais de 1986 foi um dos mandatários jovens da candidatura de Diogo Freitas do Amaral. Foi o cabeça de lista do CDS na Madeira à Assembleia da República em 1995, falhando a eleição. No ano seguinte, foi eleito para a Assembleia Legislativa e chegou a presidente do CDS/Madeira pela primeira vez. Ocuparia o cargo durante vários anos, com alguns intervalos.

Conseguiu a eleição como deputado — difícil tendo em conta a hegemonia do PSD — em 2009 e 2011 e chegou a ser vice-presidente da bancada do CDS. Mesmo contra aquilo que era a vontade do Governo PSD/CDS, votou contra o Plano de Ajustamento Financeiro para a Madeira.

Artigo atualizado às 10h30 com a composição final das listas aos órgãos nacionais

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