Imagem partilhada numa página de Facebook sobre os lugares mais bonitos do mundo foi retirada de um projeto do arquiteto japonês Sou Fujimoto, mas o conceito era para aplicar na baía de Qianhaiwan, em Shenzhen, nunca no Japão.

Publicação no Facebook que induz a ideia de que torre existe no Japão

O Sou Fujimoto Architects ganhou o New City Centre Landmark com a projeção de uma gigante torre flutuante em Shenzhen, na China. Com uns impressionantes 268 metros de altura e 99 torres individuais. O conceito liga as torres no topo, com um plano horizontal rígido que desaparece à medida que se desce até à superfície da água. O objetivo era “simbolizar o futuro as sociedades na era da diversidade”, retratado pela única torre e o conjunto de várias que a sustentam.

Ainda assim, o projeto não conquistou o primeiro lugar do concurso — que ficou vazio –, tendo arrecadado a classificação máxima no segundo lugar. Com o projeto a alcançar grande popularidade e a tornar-se viral em pouco tempo, o estúdio de arquitetos já fez saber que não tem qualquer intenção de tornar a proposta realidade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Pensada a partir da ideia de criar uma torre que continuasse a captar a atenção de todos ao longo do tempo, como acontece com a Torre Eiffel em Paris, o projeto tornou-se rapidamente viral nas redes sociais.

Conclusão

Ainda que o projeto seja assinado por um atelier japonês foi desenhado para a baía de Qianhaiwan, na China. Outro dos erros, além da localizaçãom reside no facto de não se apontar claramente que se trata apenas de um projeto que venceu um concurso, mas cujos autores já deixaram claro não ter qualquer intenção de realizar. É falso que haja uma torre suspensa sobre as águas no Japão.

Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

IFCN Badge