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Antes de ler este email, é melhor parar e respirar fundo. Sente-se numa posição confortável e faça a si próprio/a três perguntas: |
1) Sei mesmo tudo o que devia saber sobre os meus direitos digitais?
2) Trato da minha mente como trato do meu corpo?
3) Tenho andado ocupado/a a gozar a vida ou a gozar com a vida? |
Para responder à primeira pergunta, o João Francisco Gomes dá-lhe uma ajuda. Pegou na recente polémica que se formou à volta do artigo 6.º da Carta dos Direitos Humanos na Era Digital, que define o “direito à proteção contra a desinformação”, e foi investigar o que está em causa. Até aqui nada de errado, certo? O problema parece estar no que se lê a seguir: o Estado “apoia a criação de estruturas de verificação de factos por órgãos de comunicação social devidamente registados e incentiva a atribuição de selos de qualidade por entidades fidedignas dotadas do estatuto de utilidade pública”. E é sobre este ponto que as críticas têm incidido. É censura ou combate à desinformação? O João ouviu os dois lados da barricada e explica o que tem de saber para encontrar a sua resposta. |
Para responder à segunda pergunta, há outra pessoa que pode ajudá-lo: José Neves. O empreendedor que lidera a Farfetch — plataforma de comércio online de moda de luxo que está cotada em Nova Iorque — lançou no ano passado uma fundação à qual se comprometeu doar dois terços da sua fortuna ao longo da vida. Na semana passada, anunciou que em colaboração com a fundação sueca 29K criou a 29KFJN, uma app de saúde mental que pretende potenciar o desenvolvimento pessoal de um milhão de portugueses. Quando o entrevistei, foi ele quem me contou que fazia meditação desde os 13 anos e psicoterapia há mais de 10, quatro horas por semana. |
“Todos temos dificuldades na vida, pessoais e profissionais. Eu tive muitas. Tive altos e baixos e é nestas alturas em que estamos mais vulneráveis, mais fragilizados que precisamos desta ajuda e deste conhecimento, destas ferramentas. E é um trabalho contínuo ao longo da vida, nunca termina. Não é ver um documentário da Netflix ou ler um livro que vai ter um efeito transformador”, disse-me o fundador do primeiro unicórnio com ADN nacional. |
Para o ajudar a responder à última pergunta, vou chamar a esta conversa o psicólogo Eduardo Sá, que numa opinião publicada no Observador, lança mais um tema para discussão: “Porque é que as pessoas inteligentes se matam a trabalhar? Porque o trabalho, à conta do que nos tira, nos torna burros e a gozar com a vida, vezes demais. Em vez de a gozarmos e trabalharmos, ao mesmo tempo. Procurando ser felizes.” |
Ora, antes de rumar na sua busca por equilíbrio, direitos e saúde mental, só lhe peço uma coisa: se for o último a sair, por favor, não apague a internet. |
Tenha uma ótima semana. Até terça! |